quinta-feira, outubro 05, 2017

Prefeitura do Recife lança edital de contratações unificadas de artistas para os ciclos festivos

Para desburocratizar e assegurar ainda mais transparência ao processo de contratações para os ciclos festivos da cidade de tantos ritmos e tradições culturais, surge um novo formato de convocatória artística: uma convocatória que contempla três dos maiores ciclos festivos da cidade num edital único. De acordo com o chamamento, podem ser inscritas, até o próximo dia 31 de outubro, propostas artísticas para o Natal de 2017, o Carnaval e o São João de 2018.


As inscrições deverão ser feitas no site www.culturarecife.com.br. Ao fazer a inscrição na página, cada proponente receberá informações sobre data e local para entrega presencial da documentação exigida, num prazo máximo de cinco dias.

“Nessa convocatória, habilitaremos separadamente os artistas/produtores de seus respectivos projetos. Assim, um mesmo artista ou produtor não precisa entregar sua documentação jurídica mais de uma vez”, explica o presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife, Diego Rocha. “Ele fica habilitado juridicamente para toda a vigência da convocatória, bastando apresentar as propostas de espetáculo para cada ciclo, nas datas definidas pelo edital.”

As próximas etapas definidas pelo edital são: no dia 16 de novembro, serão divulgados os artistas habilitados para os três ciclos; Do próprio dia 16 até o dia 30 de novembro, deverão ser entregues os projetos artísticos para o Ciclo Natalino 2017 e Ciclo Carnavalesco 2018; No dia 7 de dezembro, serão anunciadas as propostas artísticas habilitadas para o Ciclo Natalino; No dia 28 de dezembro, serão divulgadas as propostas habilitadas para o Ciclo Carnavalesco; De 2 a 19 de abril, haverá a entrega de propostas artísticas para o Ciclo Junino 2018; E, no dia 11 de maio, serão publicadas as propostas habilitadas.

A avaliação artística dos projetos inscritos será feita por uma comissão formada por representantes da Prefeitura do Recife e do Conselho Municipal de Política Cultural, a partir de critérios como a trajetória do artista, sua representatividade, criatividade e adequação ao ciclo a que o projeto se destina. A convocatória também está disponível no site da Prefeitura do Recife (http://www2.recife.pe.gov.br/pagina/secretaria-de-cultura)

Vamos parar de chamar malvadeza de barbárie?

Imagem: Divulgação
O uso de termos equivocados no dia a dia só contribuem para dificultar o entendimento dos fatos.
Todo dia o Brasil e o mundo produzem dezenas de fatos chocantes para os quais não encontramos explicações  aparentes e imediatas.


Diante de uma tragédia humanitária, de um atentado terrorista, das crueldades que emergem de guerras, de massacres executados por indivíduos, grupos políticos ou religiosos; de uma rebelião de presos; uma ação espetacular de bandidos; ou mesmo um trivial assalto seguido de morte no subúrbio,  a reação de quase todas as pessoas é a mesma.


"Uma barbaridade" é o que mais frequentemente se diz.


O adjetivo externa indignação  ou perplexidade mas em nada ajuda a explicar os acontecimentos. E muito menos a interpretar os motivos reais que se escondem por trás das aparências.


Ao invés de nos aproximar do entendimento, ajuda a nos remeter para um mundo de sombras, onde nada que nos atormenta parece fazer sentido.

Barbaridade ou barbárie é uma expressão milenar. tão duradoura quanto equivocada.


"Bárbaro", no mundo antigo, era aquele que não falava grego ou latim e cuja língua parecia aos ouvidos "cultos" algo como o balbuciar de uma criança. Ou seja, povos que viviam além das fronteiras do Império. Ou, simplesmente, estrangeiros.


Depois de séculos sendo submetidos ao domínio do Império Romano, com seus territórios invadidos, suas aldeias incendiadas, suas riquezas roubadas, suas populações exterminadas ou escravizadas, os Bárbaros deram o troco.


Rebelaram-se e, aproveitando a decadência do Império, devolveram na mesma moeda aos seus opressores.


Saquearam  a própria cidade de Roma seguidas vezes.
Quando os romanos massacravam os homens e estupravam as mulheres dos que viviam fora de suas fronteiras, impondo a paz dos cemitérios, isso era considerado como "civilização".


Quando os oprimidos fizeram o mesmo, isso passou a ser tratado como "barbárie".


Este artigo não pretende ser parte do chato policiamento dito "politicamente correto".


Sua motivação é que quando alguém classifica um ato como "barbaridade", além de expressar e reforçar um arraigado preconceito, nada de positivo está acrescentando.


Adjetivar desse modo só contribui para que todos os acontecimentos inconvenientes e incômodos permaneçam nessa condição nebulosa. Chocantes porém incompreendidos. Sem explicações, logo facilmente rotulados de absurdo e seus incontáveis sinônimos.


Partes do quebra-cabeças de um quotidiano que acaba parecendo como simplesmente um pesadelo.


Desse modo, o obscurantismo se sobrepõe ao entendimento.


E em plena época do mais intenso desenvolvimento tecnológico que a sociedade jamais conheceu; na era da informação globalizada; no tempo da interação democrática e sem fronteiras das redes sociais, o ser humano, usa muito mal a linguagem, o seu mais precioso instrumento de comunicação. Assim, permanece cada vez mais desconectado da sua própria realidade.


Banir termos equivocados das análises não resolve mas pode ser um primeiro passo.

José Nivaldo Junior
Publicitário. Historiador.
Da Academia Pernambucana de Letras

quarta-feira, outubro 04, 2017

Livro com olhar particular sobre o Bairro do Recife será lançado nesta quinta (5), no Museu da Cidade

Nesta quinta-feira (5), das 19h às 22h, será lançado, no Museu da Cidade do Recife – Forte das Cinco Pontas, o livro Bairro do Recife – Sentidos, Imaginação e Emoção, do escritor e arquiteto José Roberto Gouveia.
                  
A publicação é
Foto: Divulgação
uma proposta de e
stímulo à sensibilidade. Além de histórias, os lugares apontados pela observação pessoal do arquiteto que, carregam em si, possibilidades sensoriais, imaginativas e afetivas, completamente singulares a quem o lê. O autor sugere aos leitores um desafio: atravessar as primeiras impressões e a visão moldada pelo hábito, até conseguir enxergar, de fato, aquele cenário icônico, inspirador e tão rico em história, tradição e arquitetura. “O bairro é pulsante. Nele, as coisas acontecem: pessoas trabalham, saem para almoçar, se encontram, festejam. Então, há um movimento que mostra que ele é vivo. Eu sinto muita energia no Recife Antigo, algo diferente do que se passa com outros pontos do centro da cidade”, enfatiza o autor da obra, para quem as instâncias temporais de passado, presente e futuro não se entrechocam ou contradizem naquelas paisagens, mas se interpenetram, reconstruindo o bairro a cada instante.

“Neste livro, trago muitas fotos de prédios restaurados e não restaurados, de edifícios seculares e contemporâneos, de construções em ruínas, onde a vegetação brota e se espalha pela fachada, e de recortes mais conceituais, registros que fiz pelo próprio fato de me deixar levar pela experiência, sem racionalizar, e que não foram submetidos ao filtro de um juízo crítico. O que predominou foi um espírito de liberdade”, destaca o arquiteto.

O projeto iniciou há três anos quando o autor começou a fotografar a área, onde fixou seu escritório. A partir daí, tudo foi se desenvolvendo naturalmente. Nem ele mesmo sabia o caminho que iria trilhar com a ideia. “Tudo começou com a observação desses elementos que iam me chamando a atenção na minha interação cada vez maior com o Bairro do Recife. Foi quando comecei a fazer fotos para registrar aqueles instantes. Fui capturando aquilo que de algum modo me tocava. Se havia alguma regra, era essa”, concluiu Gouveia.

Serviço

Lançamento do livro Bairro do Recife – Sentidos, Imaginação e Emoção
Quando: Quinta-feira, 5 de outubro
Horário: das 19h às 22h
Onde: Museu da Cidade do Recife- Forte das Cinco Pontas, São José

Gratuito: espetáculo teatral inicia circuito de encenações em terreiros de candomblé e umbanda

De forma pioneira em Pernambuco, o Grupo Teatral Ariano Suassuna, de Igarassu-PE, começou a realizar um circuito de encenações que chegará a oito Terreiros de Candomblé e Umbanda da Região Metropolitana do Recife (RMR). A iniciativa é do produtor cultural e Dramaturgo, Albemar Araújo, com o espetáculo “GANGA MEU GANGA, O REI”. A peça conta com oito atores e dois músicos; e tem como palco os próprios espaços religiosos. Em cena, música ao vivo para falar de romance e drama, dentro da perspectiva da religião de matriz africana. O objetivo é desmistificar o preconceito religioso, levando o público a conhecer a influência africana no Estado, já que as apresentações são abertas a todos os públicos. Ao fim de cada espetáculo, um debate com a plateia sobre a religião de matriz africana. A entrada é gratuita.

 
Foto: Divulgação
           A próxima apresentação vai ser no domingo (08), às 19h, no Centro Espírita Palácio de Iemanjá, em Araçoiaba-PE  - Rua João José de Freitas, nº 40, Centro. Para assistir, basta comparecer ao local sem confirmação prévia. Cada uma das encenações será acompanhada por um intérprete de libras.  A direção é de André Ramos e Albanita Almeida. No elenco: os diretores, Lucrécia Forcioni, Kattianny Torres, Manoel Teixeira, Aristone Ramos, Joelma Andrade, João Ferreira, Ana Beatriz e Alisson Arruda. Designer de Luz: João Paulo; figurinos: Kattianny Torres e cenário: André Ramos.

            O circuito tem incentivo do Governo de Pernambuco, através do Funcultura, Fundarpe e Secretaria de Cultura do Estado e acontecerá durante todos os domingos de outubro (01, 08, 15, 22 e 29) e novembro (05,12 e 26). A estreia foi realizada no Centro Espírita de Janaína, em Igarassu. Os próximos municípios visitados serão: Araçoiaba, Abreu e Lima, Itamaracá, Itapissuma, Jaboatão dos Guararapes, Olinda e Paulista.

PROGRAMAÇÃO


08 DE OUTUBRO – às 19h
CENTRO ESPÍRITA PALÁCIO DE IEMANJÁ
Rua João José De Freitas, Nº 40, Centro.
ARAÇOIABA/PE.

15 DE OUTUBRO – às 19h
AXÉ LAYRA OMIM KAIA LOFIM
Rua transamazônica, nº 575

22 DE OUTUBRO – às 19h
ILÊ AXÉ OMÔ OGUNDÊ
Travessa Joaquim Távora, 794.
PAULISTA/PE.

29 DE OUTUBRO – (a definir: local e horário)
OLINDA/PE

Gratuito: festa circense e show musical no Poço da Panela neste sábado (07)

Graças a uma parceria com o Grupo Anjos do Poço, o Festival de Circo do Brasil volta ao Poço da Panela, na Zona Norte do Recife, pelo 2º ano consecutivo. Neste sábado (7), em frente à Igreja-matriz da localidade, os circenses levam ao bairro a programação “Festejo do Circo”, evento popular e gratuito que contará, também, com show musical, além de barracas de artesanato, comidas, bebidas típicas e muita diversão para quem estiver por lá. A festa começa às 17h30, com o “Projeto Orquestrando
”, do Conservatório Pernambucano de Música, junto crianças do Poço. A partir das 18h, é vez
Espetáculo circense “É Nóis na Xita” (SP). Foto: Paulo Bar
do espetáculo de palhaçaria “É Nóis na Xita!”, com
Grupo Namakaca (SP), que mostra a disputa entre os palhaços Cara de Pau, Montanha e Cafi querendo arrancar risadas do público em meio a números de acrobacia, equilibrismo e música. Às 20h30, o encerramento é com o cantor e compositor Silvério Pessoa
 animando a plateia com seu show “Do Terreiro Pro Asfalto”, mix de canções de sua autoria com clássicos da música popular e pérolas de Jackson do Pandeiro. O evento também terá parque de diversões com touro mecânico, guerra de cotonetes, pula-pula e tombo legal, além de barracas com bebidas, comidas e artesanato. Um programa para toda a família.

segunda-feira, outubro 02, 2017

Senhora de Engenho - Entre a Cruz e a Torá aporta em Olinda, durante o Outubro ou Nada

O espetáculo Senhora de Engenho – Entre a Cruz e a Torá volta à cena em Pernambuco, nos palcos do projeto OUTUBRO OU NADA/ 2° mostra de Teatro Alternativo do Recife. A apresentação será na próxima sexta-feira (06), às 20h, no Solar da Marquesa, que fica no Largo do Varadouro, nº 05, em Olinda.
Foto: Divulgação
O texto é baseado na história real, quase lendária, da portuguesa Branca Dias, e da sua luta para se manter fiel a sua fé judaica, enfrentando tanto a santa inquisição em Portugal, o que lhe rendeu uma passagem pelo cárcere, quanto o preconceito e a intolerância lhe tiraram a liberdade.
Fugida de Portugal encontra abrigo em Pernambuco, no Brasil colônia, em 1550. Em meio a conflitos familiares, Branca Dias torna-se a primeira mulher a dar aulas e também assume o comando do Engenho Camaragibe.
Senhora de Engenho, participou de vários projetos e já viajou pro Chile, Rio de Janeiro, Caicó/RN e cidades do interior pernambucano. Participou do VIII Festival Internacional de Teatro do Chile, Janeiro de Grandes Espetáculos/Festival Internacional de Artes Cênicas de Pernambuco, I Festival de Teatro Hermilo Borba Filho (Palmares-PE), Todos Verão Teatro, Festival de Teatro de Igarassu, Festival de Teatro de Olinda e o Festival de Teatro do Sertão do Pajeú.


Serviço:

Peça: Senhora de Engenho – Entre a Cruz e a Torá
Local: Solar da Marquesa, Largo do Varadouro, n 05, Varadouro, Olinda, Pernambuco
Data: 06 de Outubro, sexta-feira
Horário: 20h
Duração: 80 min
Ingressos: Inteira R$20,00 Meia R$10,00
Informações: 99729-9589 / 99536-4746

Ficha Técnica

Realização: OUTUBRO OU NADA/ 2° Mostra de Teatro Alternativo do Recife
Produção: Companhia Popular de Teatro de Camaragibe
Produtora: Patrícia Assunção
Produção Executiva: Juvino Agner
Texto: Miriam Halfim
Encenação, Programação Visual e Seleção Musical: Emanuel David D’Lucard
Assistente de Encenação e Operadora de Som: Fabiana de Souza
Direção de Arte: Lupercio Kallabar e Bernardo Junior
Preparação Corporal: Anderson Henry
Divulgação: Pedro Dias
Contrarregras: Edson Rodrigues e Naldinho Alves
Assessoria e Consultoria Histórica e Religiosa: Tânia Kafman e Suzana Veiga
Figurino, Pesquisa e Execução: Francis de Souza
Designer de Luz: João Paulo e Geraldo Cosmo
Confecção do Cenário e Adereços: Bernardo Junior
Operador de Luz: João Paulo
Fotografia: Pedro Portugal e Carlos Kamara
Filmagem/Edição: Sérgio Gusmão e Ambar Produções
Plano de Maquiagem: Cláudia Alves
Execução do Projeto: Lúcio Fábio
No Elenco: Barbara Warner, Claudia Alves, Dul Santos, Euclides Farias, Francis de Souza, Geraldo Cosmo, Lom Paz, Maria Eduarda Salustiano, Patrícia Assunção, Pedro Dias, Yah Vasconcelos, Wanderson Oliveira e William Gomes

Inscrições abertas: oficina gratuita "Fortebrincar" para uma aventura com a garotada

Uma diversão cultural legal para a garotada no próximo dia 12 de outubro, é descobrir, com muita brincadeira e diversão, como foi construído o Forte das Cinco Pontas e qual a sua importância para a cidade. Na oficina gratuita "Fortebrincar", os pequenos também serão convidados a construir o seu próprio forte, usando papelão, papel colorido e tinta guache. A oficina, voltada para crianças a partir dos 7 anos, acontece das 14h às 16h. São oferecidas 25 vagas e os interessados devem se inscrever pelo e-mail educativomcr@gmail.com.

Foto: divulgação
Mas não foi à toa que o forte foi escolhido como mote para a oficina no mês das crianças. No dia 25 de outubro, a construção faz "aniversário". Foi nesta mesma data, no ano de 1630, que o Príncipe de Orange, o Forte Frederik Hendrik, autorizou o início das obras do Forte, projetado pelo comandante Diederik Van Waerdemburgh e construído pelo engenheiro Commeresteyn. A construção de taipa e em formato pentagonal foi localizada estrategicamente para proteger as cacimbas de água doce e impedir que os navios inimigos circulassem pelas águas do braço direito do rio Capibaribe e chegassem até a Barreta dos Afogados, falha existente na muralha natural de arrecifes que protegia o porto, por onde poderiam se evadir com os barcos carregados de açúcar.


No final do século XVIII, com a expansão da cidade, o forte perdeu sua função militar e passou a ser utilizado como quartel e prisão. Esse uso permaneceu durante todo o século XIX. Em 1904, após uma grande reforma, o edifício passou a funcionar como Quartel General do Exército, sendo tombado pelo IPHAN em 24 de maio de 1938. Em seu assentamento constam ainda os nomes de Fortaleza de São Tiago das Cinco Pontas; Fortaleza das Cinco Pontas; Forte das Cacimbas e Forte Frederico Henrique. É propriedade federal e está cedido para a Prefeitura do Recife desde a década de 1980 para o funcionamento do Museu da Cidade do Recife.

Oficina ForteBrincar
Quando: 12/10
Onde: Museu da Cidade do Recife
Horário: 14 às 16h
Vagas: 25
Gratuito
Inscrição e informações: 
educativomcr@gmail.com