sexta-feira, setembro 07, 2007

FALÁCIAS

Algumas coisas são ditas e repetidas, de "boca cheia", com empáfia e sonoridade de verdades definitivas, incontestáveis. E a contraposição é qualificada como fascista, numa desqualificação do contrapositor. Vamos analisa-las:
  1. O Brasil não foi descoberto, pois já existia e pertencia aos índios. Foi sim, invadido e conquistado. O Mundo civilizado, na época, que possuía conhecimento, escrita e registros encontrou uma terra presumida ou desconhecida, habitada por índios, que praticavam a antropofagia, comiam piolhos, não tinham nenhum mecanismo de registro a não ser o verbal e em alguns casos raros o pictórico. Foi encontrada, descoberta e como ocorre sempre dominada, coptada, miscigenada, absorvida e; ou destruída. Foi assim com Roma em relação aos povos da Europa e outros povos mais. É História, não podemos reescrevê-la. Podemos sim impedir que ocorra novamente, mas não temos como impedir a absorção de uma cultura por outra que tenha alguns "valores" mais atraentes. Quem faz dounláund, come xisburguer, compra diins, entra na net, já percebeu isso. Ou foi cooptado e não percebeu.
  2. O Brasil não tem o que comemorar no Sete de Setembro. Pois não houve uma independência. Professores, religiosos, políticos repetem esta falácia sem uma argumentação racional. Ocorreu uma ruptura política e administrativa, consolidada pelas regências e pelo Segundo Império. As tentativas de impedir esta separação foram sufocadas militarmente ou por convencimento. O país passou a ter um governo autônomo, desligado de Portugal. Isso é Independência. Dívidas, empréstimos ocorrem entre países. Se fizemos mal uso dessa autonomia e criamos mecanismos de dependência financeira e política, dos quais não conseguimos ou não queremos nos livrar, isso sim deve ser discutido.
  3. Devemos aprender com os índios a cuidar do meio ambiente. Nem no passado, nem agora Os índios ensinaram aos portugueses a coivara (queimada) e o uso do timbó (cipó que macerado na água dos rios provocava asfixia nos peixes, que assim eram pescados, somente os necessários para a alimentação) Ocorria que eles eram pouco numerosos para o imenso território e quando uma região se tornava menos produtiva, mudavam para outra região. Hoje vendem madeira e ajudam a desmatar, ao arrepio da legislação.

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