quinta-feira, junho 25, 2020

 
Há muito me diziam para fazer lives a partir do meu perfil no Instagran... - Vai, Mariângela , tu tens experiência em 📻 #Rádio ,#TV , é jornalista , tem um bom conhecimento e um considerável número de seguidores... Mas eu respondia sempre negativamente, resistindo àquela ideia. Já cheguei até a participar de lives, como muitos sabem, mas nunca por aqui. E, nas respostas, citava sempre #DomLamartine , braço direito de #DomHelder e que cuidava da administração da #Arquidiocese com muita dedicação e competência, mas sempre dizia: "eu não nasci para ser primeiro". Pois é, sempre fui da produção, dos bastidores, da organização... E sem falar que nunca fui adepta a modismos.

 Mas como o jornalismo é uma cachaça e essa #Pandemia , apesar da reabertura gradativa do comércio, não chegou, ainda, ao pico ascendente da curva, a gente arruma mais uma sarnazinha para se coçar e adota a proposta de poduzir lives por aqui também. Vejo, ultimamente, muitos perfis que estão aqui na rede apenas disseminando ódio. Quem me conhece, sabe que o meu objetivo não é e nem nunca foi esse. Quero mostrar que através dos diálogos nas lives a gente pode #Crescer , #MudarDeOpinião , #AdquirirNovosConhecimentos .

 Para esta #PrimeiraLive , uma das #Incentivadoras , minha chará de lá do #EspíritoSanto , a #Psicanalista e #Sexologa #MariângelaBrinco . E vamos abordar um tema que vem aumentando muito nesta #Quarentena que é a #ViolênciaContraAMulher e o #Feminicídio . Não por , simplesmente, ser #Feminista , mas porque é desesperador vermos os números crescerem mais de 40% só na #AméricaLatina - dados da @onumex. O confinamento em vários países da América Latina para conter a pandemia de #COVID_19 #Disparou os pedidos de ajuda de vítimas de violência doméstica, obrigadas a conviverem com seu agressor em uma região onde a média de #Feminicídios ultrapassa dez por dia. Isso é um reflexo, também, da ausência de #PolíticasPúblicas .

Vamos trocar mais ideias sobre o tema nesta quinta-feira (25), às 20h, pelo perfil @mariangelaborb
 no Instagran. Conto com a sua participação!

quarta-feira, fevereiro 13, 2019

Igreja do Bonfim, em Olinda, é arrombada e quatro imagens de santos são roubadas em Olindá

Foto: Divulgação
Na última terça-feira, 12/02, a administração da  igreja do Bonfim, no Carmo, detectou que a igreja foi arrombada e teve quatro imagens de santos roubadas. Construído em 1707, o templo religioso foi reinaugurado em outubro de 2018, após seis anos fechado por causa de problemas estruturais. Apesar de ter sido reinaugurada ano passado, a igreja estava fechada e a missa de reabertura oficial estava marcada para o próximo sábado (16/02). Segundo o padre Carlos Jerônimo, pároco da igreja São Pedro Mártir de Verona, à qual a igreja do Bonfim é vinculada, duas das imagens roubadas ficavam no altar principal do templo. As outras duas estavam na sacristia. O pároco informou ao site da Arquidiocese de Olinda e Recife que as imagens roubadas foram as de Santo Agostinho, Santo Antônio, Santa Cecília e São Miguel Arcanjo. Conforme relata o padre Carlos Jerônimo, no dia 2 de fevereiro, uma equipe da paróquia foi à igreja do Bonfim para fazer a limpeza e ficou combinado para ser realizada a instalação dos bancos no local no dia 12/02. Desde então, a igreja estava fechada. “Quando a secretária chegou, notou o roubo”, afirma o padre Carlos Jerônimo.
As imagens dos santos são feitas de madeira e, no chão da igreja, foi encontrada a mão de uma delas. Segundo o padre Rinaldo Pereira, Moderador da Arquidiocese e presidente da Comissão de Restauro da Arquidiocese, as imagens dos santos roubados têm valor histórico e artístico. Além dos santos, foram levados pelo menos dois refletores que iluminavam o altar e um chuveiro elétrico do banheiro. De acordo com o padre Carlos Jerônimo, os bandidos provavelmente invadiram a igreja pela lateral do templo. Por ser um patrimônio histórico tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o caso é investigado pela Polícia Federal, através da Delegacia de Combate aos Crimes contra o Meio Ambiente e o Patrimônio Histórico.
Resposta do governo
Por meio de nota, a Secretaria de Defesa Social (SDS) informa que “o Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciods) está fazendo uma busca de imagens que possam ajudar a polícia a chegar ao responsável ou responsáveis pelo furto e dano ao patrimônio da Igreja do Bonfim”. Entretanto, as imagens não serão divulgadas “para não prejudicar as investigações”.
Como a igreja ficou fechada por dez dias em fevereiro, a SDS diz ser possível que o roubo tenha ocorrido nesse período. “A Companhia Independente de Apoio ao Turista (CIAtur), responsável pelo policiamento ostensivo no Sítio Histórico, está ciente do fato e a segurança está reforçada em toda a Cidade Alta para garantir a tranquilidade dos moradores, trabalhadores, turistas e foliões”, traz o texto.
Em nota enviada na quarta (13), a Polícia Federal informou que ficará responsável pelas investigações e que uma equipe foi fazer a perícia do local. Um inquérito policial será instaurado sob a responsabilidade da Delegacia de Repressão aos Crimes contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico.
Reinauguração – A Igreja do Bonfim passou por reformas na torre do sino e na fachada, bem como na cobertura do forro, nos altares e no conjunto de imagens dos santos. A igreja foi interditada em 2012, porque segundo a prefeitura de Olinda, apareceram fissuras no revestimento e partes da decoração começaram a se desprender, causando risco aos frequentadores.
Uma parte do forro desabou e, além disso, falou-se em risco de desabamento da torre, que foi posteriormente descartado. A restauração começou em abril de 2017. No dia 13 de janeiro de 2019, a igreja foi aberta para a lavagem das escadarias durante o cortejo do Águas de Oxalá.
(Com informações do site G1/Fotos: Luna Markman e da Arquidiocese de Olinda e Recife)

terça-feira, fevereiro 12, 2019

“Um repente”, traz cantoria de Viola ao Calidus Bar, no Recife Antigo


Foto: Divulgação
A cultura pernambucana é reconhecida mundialmente por sua diversidade e é por isso mesmo que em fevereiro não dá para se render a uma única proposta: o frevo! E foi pensando nesse público diferenciado que o Calidus Dance Bar, a mais nova proposta de gastronomia e dancing no Recife Antigo, recebe neste próximo domingo (17), a partir das 16h, um festival de repente e cantoria com a dupla Antônio Lisboa e Edmilson Ferreira.
A cantoria de Viola é tida como uma das mais significativas expressões poéticas da cultura nordestina e pode vir a misturar poesias e causos. O show Um Repente, no Calidus Bar, merece ser curtido pelos apreciadores da cultura nordestina e da boa poesia dedilhada na viola. Juntos desde 1991, a dupla Antônio Lisboa e Edmilson Ferreira tornaram-se poetas e repentistas já consagrados e essa parceria já contabilizou muita coisa boa, como 270 primeiros lugares em Festivais de Repentistas por todo o Brasil; 30 CDs no mercado, 18 DVDs; 3 turnês na Europa; 2º lugar nacional no Segundo Festival Nacional da Viola (junho/2012); participação no Fórum Social Mundial, em 2003 (Porto Alegre – RS); apresentações para empresas como Chesf, Creatto, Kibom Sorvane;, Sesc, Tron, Banco Real , ABN Anro Bank, Grupo Caludino, Grupo Martins e Petrobrás; atuação e coordenação na Caravana da Saúde Nordeste
(1994); participação em filme no Muirakitan, do cineasta Sérgio Bernardes; Contrato com a Unesco (2002-2003), para a função de arte-educadores em campanha do Ministério da Saúde; campanha educativa para o Ministério do Trabalho; atuação no projeto “Tirando Verso da Imaginação”, do Ministério da Educação; participação no projeto da TV Escola; produção do projeto “Pernambuco na França: cantadores na terra dos trovadores” (2005-2006); apresentação na abertura do Congresso Internacional de Linguística, em João Pessoa-PB, promovido pela Abralin (2009); participação nas homenagens do Grupo Claudino aos 50 anos dos Armazéns Paraíba (2010); apresentações para a Rede Globo de televisão no lançamento da novela Cordel Encantado (abril/2011); apresentações na Refinaria Abreu e Lima em campanha de conscientização ambiental, organizada pela Petrobrás na Semana do Meio Ambiente (jun/2010 – jun/2011) e apresentações em movimentos sociais, sindicatos, ONGs e associações de classe.

Os ingressos estão sendo vendidos a quarenta reais, na bilheteria da casa de show. O público que participar do evento de cantoria Um Repente, no Calidus Bar, poderá também sugerir motes, temas, gêneros e canções. Para quem ainda não conhece, a casa é uma boate lindamente retrô super charmosa e pertinho de todo mundo, ali na Rio Branco, 66, no coração do bairro do Recife.


Serviço:

Um Repente, no Calidus Bar
Dia: 17/fev – domingo
Horário: 16h
Local: Calidus Bar
Ingressos: R$ 40,00 - Bilheteria do Calidus Bar

Contato com a imprensa:

Mariângela Borba
E-mail: mariangelaborb@hotmail.com

quarta-feira, janeiro 24, 2018

Carnaval de Petrolina homenageia jornalista Inah Torres

Na foto, a primeira dama da comunicação do Vale do São
Francisco, ladeada pelo prefeito Miguel Coelho
.
Neste ano de 2018, o carnaval de Petrolina, terá cinco polos de animação, além de Baile Municipal. Ao todo, 50 atrações devem animar as festividades de momo no município que fica na mesoregião do São Francisco Pernambucano, distante a 712 km a oeste do Recife.
O primeiro pólo do carnaval é a Praça 21 de setembro. O outro, será na região da Petrolina antiga, o pólo Matingueiros. Terão ainda polos nos bairros Areia branca e na Cohab Massangano, além do polo principal na Orla de Petrolina, localizado na Porta do Rio. Cada polo terá uma programação com várias atrações.

De acordo com a prefeitura, a festa terá parceria da iniciativa privada, que vai entrar com a estrutura física do evento. A expectativa é de um público de 30 mil pessoas por noite.

A homenageada do carnaval será a jornalista e colunista social, pioneira da cidade, Inah Torres. Outra novidade é o retorno do Baile Municipal e Concurso de Fantasias, que será realizado no dia 2 de fevereiro na casa de show Coliseu Hall.

Confira a programação completa:


Baile Municipal


Sábado (02) - Philarmonica 21 de Setembro, concurso de fantasias e Silvana Salazar


Polo Orla


Sábado (10) - Fernando Júnior, Taline Clara, Xexéu (ex-Timbalada) e Sem Radar


Domingo (11) - Super Banda, Guerber Pereira, Pedrinho Pegação e Mateus Torres


Segunda (12) - Fabiana Santiago, Trio Granah, Douglas Pegador e Dalmo Natan


Terça (13) - Samba de Mezza, Alan Cleber, Voa Voa e Jonathan Araujo


Polo 21 de Setembro


Sábado (10) - Orquestra de Frevo Skalla, Swing Samba e Orquestra de Frevo Tatu

Domingo (11) - DJ Candite, Orquestra de Frevo Visão Musical e Nilton Freitas

Segunda (12) - Orquestra de Frevo Novo Skema, Dubaia e Babi Castro

Terça (13) - Orquestra de Frevo Aquarela, Antony Sandey e Ana Costa


Polo Matingueiros


Sábado (10) - A cristaleira, Ambrosino e Radiola Serta Alta

Domingo (11) - P1 Rappers, Tainahakã e DJ música mundi

Segunda (12) - Matingueiros, Rafael Valadares e Tributo a Chico Science

Terça (13) - Soda Solta, Marcelo Novaes e Jam do Velho Chico


Polo Areia Branca


Sábado (10) - Nayara Vanyse e Samuel Menino de Rua


Polo Cohab VI

Sábado (10) e domingo (11) - Orquestra Joãozinh
o Maravilha e Cavalo de Fogo

Gratuito: Camila Ribeiro apresenta o espetáculo “Baile Frevo Roots” no Porto Musical

Camila Ribeiro e seu bandolim
Foto: Rafaella Ribeiro
A multiartista musical Camila Ribeiro apresenta o seu espetáculo solo instrumental “Baile Frevo Roots” no próximo dia 01/02 (quinta-feira), às 13h, dentro da programação do Porto Musical 2018, no Paço do Frevo, no Recife Antigo. Na apresentação, a multiartista que toca violão, guitarra, bandolim, compositora e arranjadora, apresenta, junto com sua banda, clássicos do repertório frevístico, músicas de compositores brasileiros que já flertaram com o gênero e temas autorais, numa perspectiva sonora de união com outros sotaques musicais existentes ao redor do mundo. A entrada é gratuita.

Com o seu estilo inconfundível e habilidade em fundir diversos gêneros musicais, Camila busca proporcionar, neste trabalho, o diálogo entre o frevo e a música latino-americana. Um dos seus diferenciais é apostar na união entre os ritmos afro-brasileiros e as mais diversas manifestações culturais populares mundiais. Além disso, a musicista promove o intercâmbio entre intérpretes, compositores e instrumentistas da nova geração do Brasil.

No palco, o público poderá apreciar a atemporalidade e a universalidade do Frevo. Além disso, para Camila, o “Baile Frevo Roots” transmite uma atmosfera de volúpia que envolve o período carnavalesco e promove uma verdadeira experiência sensorial-musical.

Serviço:
Camila & Baile Frevo Roots | Porto Musical
Quando: 01/02 (quinta-feira), às 13h
Onde: Paço do Frevo (Praça do Arsenal da Marinha, S/N – Bairro do Recife)
Entrada: gratuita 

quarta-feira, dezembro 13, 2017

O Sonho de Ent ganha cena no Espaço Fiandeiros


Em meio às atividades do projeto Ser Tão Dramaturgo, promovido pela
Foto: Divulgação
Secult-Fundarpe, nesta quarta-feira (13), será encenada no Espaço Fiandeiros a leitura  dramatizada de O Sonho de Ent, que tem autoria de André Filho e com texto premiado no 1º Prêmio Ariano Suassuna de Cultura Popular e Dramaturgia. A apresentação será Companhia de teatro que carrega o mesmo nome do Espaço e é destaque nacional em produção de dramaturgia para a infância e a juventude. 

Com direção de Daniela Travassos, o enredo conta a história da semente Ent que, em uma viagem encantada, busca descobrir a qual casta de árvore pertence, buscando a razão para a sua existência no mundo dos homens. Após a apresentação, haverá uma roda de diálogo com o diretor e dramaturgo da companhia, André Filho. A apresentação será aberta ao público. 

Sinopse


No mundo das sementes que se preparam para nascer, Ent precisa descobrir a qual casta de árvore pertence. Em uma viagem encantada na qual encontra personagens que lhe guiam para o caminho da criação, do sentido da vida e da criação, a sementinha descobre a razão para a sua existência no mundo dos homens. O Sonho de Ent é uma lúdica reflexão sobre a condição humana e sua capacidade de se perceber num mundo onde rótulos pré-definidos valem mais do que a nossa essência.

Elenco: Daniela Travassos, Sandra Rino, Pascoal Filizola, Anny Rafaella Ferli e Clóvis Moreira.

Iluminação: Charly Jadson

SERVIÇO

Leitura Dramatizada de “O SONHO DE ENT” (vencedor do 1º Prêmio Ariano Suassuna de Cultura Popular e Dramaturgia) com a Companhia de Teatro Fiandeiros/PE + Roda de Conversa sobre Teatro para Infância e Juventude com André Filho/PE
13 de dezembro (quarta-feira), 19h – Recife/PE
Espaço Fiandeiros (Rua da matriz, 46, Boa vista – Recife/PE)

Aberto ao público

quinta-feira, outubro 19, 2017

O Teatro resiste!

Foto: Arquivo/Mariângela Borba
“O teatro é uma arma muito eficiente. Por isso, é necessário lutar por ele”. (Augusto Boal)

Historicamente, a cultura nunca foi prioridade em nenhum governo brasileiro. Ao contrário, os poucos direitos conquistados até hoje foram frutos de intensas batalhas e articulações artísticas políticas. Nossa categoria não se cansa de tentar conquistar políticas culturais que garantam melhorias e que possibilitem o fazer da arte com dignidade no Brasil. Também lutamos pela liberdade e resistimos por meio de nosso ofício. Enfrentamos, nos últimos tempos, um verdadeiro RETROCESSO da Cultura no país, articulado por setores sorrateiros, reacionários e conservadores que decidiram se mobilizar para ditar o que é ou não ARTE e como ela deve ser feita. Esta ação viola completamente os direitos de Liberdade de Expressão Artística, assegurado pela Constituição Federal de 1988. A articulação conservadora e seus movimentos, estão em uma cruel campanha difamatória e descontextualizada contra a classe artística no país, com um único intuito: CRIMINALIZAR os/as trabalhadores/as da cultura do Brasil e provocar na sociedade o desconhecimento e alienação de sujeitos nesta sociedade. A liberdade de expressão é garantia constitucional pelo art. 5º da Constituição da República Federativa do Brasil, junto ao art. 215 “que compete o Estado a garantia de todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais.” A Criminalização da arte e
de artistas só demonstra a fragilidade do sistema democrático e é mais um sintoma do fascismo, antes velado, e já conhecido na política brasileira, principalmente nos tempos da DITADURA MILITAR, no qual artistas eram procurados e submetidos a tortura. Já os torturadores e censores eram amparados por ABSURDAS justificativas legais. Trabalhadores e trabalhadoras das artes em todo país estão tendo seus trabalhos censurados e apreendidos pela polícia. Cada vez mais, a onda progressista dos/as artistas é atacada e desarticulada dando lugar a um obscuro futuro sem cor, sustentado por pilares de autoritarismo, numa sociedade cada vez menos inclusiva para as minorias – que são a grande maioria - onde todas as relações são pleiteadas por disputas de poder por siglas políticas. Por isso, faz-se necessária a livre manifestação do Colegiado Setorial de Teatro, posicionando-se contrariamente a qualquer tipo de CENSURA e garantindo nossa participação ativa contra os RETROCESSOS institucionalizados pelo atual presidente da República, seus aliados e qualquer outra organização e movimento que tente censurar, criminalizar ou ameaçar o fazer artístico e teatral. Brasil, outubro de 2017.

Representantes da Sociedade Civil
do Colegiado Setorial de Teatro do
Conselho Nacional de Políticas Culturais - CNPC/MinC

Festival No Ar Coquetel Molotov terá espaço voltado para tatuagem

Na foto: tatoo de Nando Zevê
O festival No Ar Coquetel Molotov, já conhecido por apresentar novos artistas e projetos que têm despontado na cena musical contemporânea, e por oferecer experiências diversas relacionadas a comportamento e novas tendências, terá mais uma inovação em 2017. A Convenção No Ar de Tatuagem, que acontece dentro do evento, no dia 21 de outubro, no Caxangá Golf Club.


Diferente da praxe de convenções de tatuagens, com caráter competitivo e categorias bem definidas, a Convenção No Ar de Tatuagem procura borrar as fronteiras entre arte e tatuagem e ampliar as possibilidades das técnicas, formas e suportes de criação dos tatuadores. Durante todo o dia, quem visitar o espaço poderá conferir uma exposição com os trabalhos de 11 artistas-tatuadores do Recife, além, claro, levar na pele alguns dos riscos disponíveis.


A curadoria e idealização da iniciativa foi do artista e tatuador pernambucano, Nando Zevê, que vem desenhando em sua trajetória a confluência entre diferentes referências artísticas e a tatuagem. Para a escolha dos tatuadores foi aberto um processo seletivo, em busca de artistas que desenvolvem trabalhos autorais. "Esses tatuadores não são da linha tradicional. Eu busquei perfis com linhas de pesquisa que fugissem do que está pré-definido na tatuagem", explica o artista. O resultado contempla tanto profissionais já consolidados no mercado, como artistas emergentes. Além do próprio Nando, participam da Convenção NoAr de Tatuagem: Ganja Pessoa, Isabelle Santos, Lucas Faustino, Magda Martins, Manoel Mavik, Marcos Duarte, Paulo Victor Skaz, Raone Ferreira, Oliveira Sang e Thales Costa.


De acordo com o curador, o propósito da exposição é experimentar possibilidades e conceitos nos desenhos. "Quero que os artistas mostrem o que eles de fato estão a fim de fazer, sem se basear no que o mercado pede. A gente fica muito amarrado nesse esquema de acompanhar uma tendência, mas a gente tem capacidade de criar a tendência", instiga Zevê.


Nando Zevê 

Provocar o universo das artes visuais é um exercício constante na história de Nando Zevê. Graduado em Artes Plásticas pela UFPE e tatuando desde 2006, Nando é um artista inconformado por excelência. Sempre em busca do novo, direcionou essa energia para a experimentação. Fez residências artísticas nos estúdios Lucky 13, na cidade de Toronto, no Canadá, WiseKid Tattoo and Gallery, em Amsterdã, na Holanda, e Tattoaria, em São Paulo.


Romper com as barreiras da tatuagem tradicional trouxe mais originalidade aos seus trabalhos na pele. Acompanhando o movimento internacional, passou a chamar seus projetos de autorais, campo que hoje já conta com uma cena em ascensão em Pernambuco. "Dessas viagens eu trago ideias e referências novas, de estúdios mais abertos, de trocas entre artistas em trânsito, é isso que estou querendo fazer aqui", diz Zevê.


O desejo de mexer com a cena artística dos tatuadores no estado resultou nas primeiras edições da Mostra de Sketchs - O que vem antes da dor, realizadas em 2012 e 2013, na galeria da extinta Casa do Cachorro Preto. "A ideia era apresentar ao público o processo criativo dos tatuadores, mas o mais importante dessas experiências foi conseguir trazer a tatuagem para um formato de exposição mais tradicional. Aqui em Recife ainda não tinha visto nada parecido", comenta.


Recentemente, interessado em incentivar o ensino e pesquisa sobre a tatuagem dentro da academia, Nando Zevê ministrou uma disciplina eletiva sobre Teoria e Prática da Tatuagem, ligada ao Departamento de Teoria da Arte da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A carência de estudos na área resultou numa grande procura. "Foram 15 vagas disponibilizadas. No primeiro dia de aula a sala devia ter umas 30 pessoas, muitos deles estavam tentando cursar a disciplina como ouvintes. No final das contas, 19 estudantes de Artes Visuais conseguiram se matricular", conta o artista.


Antes da vivência na UFPE, Nando Zevê já havia ministrado dois workshops: um em Fortaleza (2013), a convite do Acidum Project, coletivo de artistas urbanos, e o outro no Edifício Pernambuco, no Recife, em 2015. "Todos os cursos foram voltados para artistas. Eu sempre fiz questão de ensinar pra quem já tivesse uma poética", explica o tatuador, que atualmente orienta alguns aprendizes, como o ilustrador João Lin.


ZV Tattoo e Galeria - Desde 2011 a base de trabalho de Nando Zevê tem sido a Galeria Joana D'Arc, no Pina. Nesse meio tempo, em especial do final de 2016 pra cá, muita coisa mudou. Se antes o artista preferia um estúdio individual, a fim de personalizar o atendimento aos clientes, agora o estúdio é coletivo, se aproximando do universo do coworking. A ideia é fomentar uma cena de tatuagem autoral, estimular a troca de referências, técnicas e interseção de linguagens.


No dia 17 de outubro, o ZV Tattoo assume o seu papel de galeria, com a abertura da Mostra Combustão, de João Lin. "Já que mudamos para um espaço mais amplo, podemos adequar o estúdio para realizar cursos, exposições, rodas de diálogo e residências artísticas", fala Nando Zevê. O espaço procura agregar as variadas formas de manifestação da imagem e se configura como estúdio de tatuagem, galeria de arte, local de cursos e, principalmente, de experimentação.


A proposta é estimular a criatividade, por meio de trocas de experiências entre tatuadores locais, nacionais e internacionais. "Quem faz tatuagem deseja levar consigo uma obra de arte na pele. Antigamente existiam catálogos de tattoos e todo mundo repetia aquelas imagens. Com a evolução da tecnologia, máquinas mais precisas, qualidade das tintas e das agulhas, elevou o nível técnico da tatuagem e os tatuadores estão experimentando cada vez mais. A gente quer discutir onde é que essa nova tatuagem se encaixa. É só tatuagem? Ela começa a entrar pro universo das Artes Visuais? É híbrido?", questiona Zevê.


Além das vivências coletivas, quem integra o coworking tem a estrutura para tatuar e é oferecida a maior parte do material. "A gente trabalha num esquema de parceria. A proposta não é o lucro, mas transformar o espaço em autossustentável, a partir da colaboração de vários artistas", explica Nando. O formato ainda está em processo embrionário, mas a ideia é que os recursos gerados a partir do coworking sejam revertidas para o estúdio em forma de ações de formação e de divulgação, por exemplo.


Para integrar o coworking, o tatuador deve ter um trabalho autoral e experiência na área. Quem tiver interesse em integrar o ZV Tattoo e Galeria deve enviar uma carta de apresentação e um portfólio com 10 fotos de trabalhos realizados nos últimos três meses ou o link do Instagram para o e-mail agendamentozvtattoo@gmail.com.

Conheça os tatuadores que irão participar da Convenção No Ar de Tatuagem:


  1. Lucas Faustino | www.instagram.com/laemlusca
  2. Oliveira Sang | www.instagram.com/sangaeo
  3. Paulo Victor Skaz | www.instagram.com/skazxim

Começam as oficinas do 22º Festival de Dança do Recife

O 22º Festival de Dança do Recife já movimenta a cidade. Ontem, nos três expedientes do primeiro dia de programação vivencial, foram oferecidas oficinas de dança contemporânea e dança de salão, nas duas unidades do Compaz, no Alto de Santa Terezinha e no Cordeiro. A grade de oficinas do festival deste ano é extensa e bem variada, com atividades em várias partes da cidade até o próximo dia 27 de outubro. A programação artística será oferecida entres os dias 21 e 29, com mais de 14 espetáculos de grupos e bailarinos nacionais e locais.

Fotos: Divulgação
A oficina de estreia foi de Dança de Salão e começou às 9h, no Compaz Governador Eduardo Campos, no Alto de Santa Terezinha, para alegria das habituées do equipamento. “Vivo nesse espaço. Faço ginástica, biodança, até hip hop. Adorei essa oficina nova. Vou fazer todas que chegarem por aqui”, disse a animadíssima moradora do Alto de Santa Terezinha, a “pé de valsa” Tereza Bezerra, 61 anos. 
Com a mesma disposição, Ivanilda Santana, 56 anos, nem pensou duas vezes antes de incluir a oficina em sua extensa programação diária no Compaz. "Adoro me movimentar."
Caprichando na coreografia e no sorriso, Mariza de Araújo, 45 anos, estreou na programação do Festival e do Compaz de uma só vez. "Aprendi tanta coisa nessa oficina. Adorei. Moro no Alto, mas nunca tinha vindo no Compaz. Agora vou voltar sempre!"
Mesmo não sendo recifense, até o professor André Vitar Brandão, petrolinense da Cia Qualquer um de 2, que participará da programação artística do Festival, ficou com vontade de voltar no Compaz. "Esse equipamento é maravilhoso. Estou encantado. Nunca tinha visto nada igual no Brasil", disse o bailarino, satisfeito com o resultado da oficina. "O grupo tem esse compromisso de, sempre que possível, se envolver em ações formativas e vivências. Queremos mostrar que todo mundo sabe dançar. Todos temos a consciência do movimento em nosso corpo. Nosso trabalho é promover esse encontro de cada um com o outro e com o seu corpo."
As oficinas são gratuitas e seguem até o dia 27, nos teatros Luiz Mendonça, Hermilo Borba Filho, Paço do Frevo, Escola de Frevo do Recife e nos Compaz Governador Eduardo Campos e Escritor Ariano Suassuna.
Os interessados podem fazer sua inscrição pelo e-mail: servicosdedancafccr@gmail.com, informando o nome da oficina no título da mensagem e encaminhando anexado um breve currículo. As inscrições também poderão ser feitas presencialmente, a partir de amanhã (17), no Pátio de São Pedro, Casa 10 – térreo, Bairro de São José. Mais Informações pelo telefone: 3224-3257.
No palco - No dia 21, começa a mostra de espetáculos, com atrações locais, como Bacnaré, Cia do Frevo, Stúdio de Danças, Cia Amazing, Grupo Cultural ZOE, Andréa Carvalho e André Felipe, Lili Vidal e Kelson, Ballet Simone Monteiro, Cristian Douglas, Jeferson Andrade e Munique Munir, Valdeck Farias, Cia Carol Lemos D’ançarte, Ária Social, Cia Endança, Ballet Claudia São Bento, Cláudio Sobral, Roberto Cristiano, Cia PE-Nambuco de Dança PE e Ginga Bboys e Bgirls. Além de grupos nacionais , como os mineiros Igor Kisrcka e Cia Mário Nascimento, as paulistanas Diadema Cia de Dança e São Paulo Cia de Dança, além da Cia Giro, de Goiás, da paranaense Curitiba Cia de Dança, e da petrolinense Cia Qualquer Um de 2. Os espetáculos custarão R$ 10 e R$ 5 (meia). E os ingressos estarão à venda na bilheteria de cada teatro.