Reprodução de gravura de Severino Borges |
Você, pernambucan@, sabia que em primeiro de agosto é comemorado o dia estadual do maracatu, uma das mais antigas tradições da cultura popular local? A data é reconhecida por lei, de nº11.506, instituída em 22 de dezembro de 1997. Mas não foi por acaso que a data foi escolhida, pois é em homenagem ao nascimento do Mestre Luiz de França- Patrimônio Vivo de Pernambuco -, que comandou o Maracatu Leão Coroado por 40 anos.
Para os que não são do estado e não conhecem o folguedo, o Maracatu ou cambinda (denominação inicial do maracatu), é um cortejo (dança dramática), que re-interpreta os impérios portugueses e as instituições tradicionais da Europa que coroavam anualmente seus reis, as chamadas reinages francesas, mas sempre com um quê das tradições africanas. Vem das nações do Rei do Congo, uma instituição criada na segunda metade do século 17 e que representava os atos dos congos (teatro, música e dança), e do Alto Congo. Geralmente, as representações de coroação dos maracatus, com coroações dos reis e rainhas, eram feitas às portas da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, no bairro do Recife, uma vez que os escravos não podiam entrar.
O simbolismo do maracatu é que os chefes tribais africanos trazidos para o Brasil imitavam os gestos da nobreza europoeia, mostrando que também tinham força e poder, apesar da condição de escravo. Prova disso é que a palavra maracatu era usada, até o século XIX, para designar qualquer ajuntamento de negros. Pouco a pouco passou a ser empregada para os c cortejos de reis africanos.
A dança do maracatu mantem viva uma das principais tradições da cultura popular brasileira. O ritmo que nasceu entre os escravos dos engenhos é responsável por transformar o carnaval de Pernambuco num dos mais belos e coloridos Brasil.
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