As festividades momescas já tomam conta de Olinda. Mas a contagem regressiva já está aberta para todos os outros pontos de Pernambuco. E por aqui carnaval é sinônimo de identidade, é algo que grita alto, que é mas forte do que simplesmente esbaldar-se na folia. E será difícil encontrar algum estado com uma diversidade tão intensa como temos em solo pernambucano. Olinda e Recife, nem é preciso comentar, já que são cidades que assimilam muito bem as peculiaridades da nossa cultura. Mas nosso carnaval não se resume a estas duas potências. Numa viagem, vamos encontrar na zona da mata, e força dos caboclinhos de Goiana. São diversas tribos tomando conta da cidade. Esta força já esteve muito forte em Camaragibe (grande Recife), mas o tempo, aliado ao descaso cultural ao longo dos anos, reduziu o número de agremiações do gênero na cidade, que também era rica em la ursas, bois e mascarados. Em Nazaré da Mata e Aliança, também na zona da mata, a casa é do Maracatu Rural, com a força misteriosa de personagens como o caboclo de lança. No agreste, vamos encontrar Bezerros, com a força dos seus papangus. E Pesqueira, com o curiosos caiporas. No sertão, destaque para os Caretas de Triunfo, além dos menos conhecidos, mas também muito ricos, Tabaqueiros, de Afogados da Ingazeira e a dança do Trancelim, do carnaval de Salgueiro. Ainda podemos citar a tradição do baile perfumado do carnaval de Paudalho e os blocos dos bichos, de Vitória de Santo Antão. Numa viagem breve, pudemos perceber a particularidade de várias cidades do estado, que tem frevo nas veias, mas identidades que mesmo se entrelaçando, acabam por particularizar e identificar cada uma delas. É por isso que Pernambuco é forte.
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