sexta-feira, janeiro 02, 2009

"Eu gostaria muito de entender qual a diferença entre aquela música de João do Morro, que tem como refrão "chupa que é de uva", e aqueles bregas apelativos que todo mundo critica.
Será que mais uma vez embarcamos numa modinha a mais?(...)
"Este é um trecho de um comentário de um dos internautas em relação aos rumores do momento: João do Morro no Rec-Beat. Nada contra, mas prefiro continuar acreditando que se trata de uma jogada de marketing, já que Gutie, produtor de nomes como Cordel do Fogo Encantado e Bnegão, acabou de abraçar a causa em torno de João do Morro. Como Gutie também é o produtor do Rec-Beat, a pergunta ficou no ar. E ele deixou a resposta no ar também. Outro dia, li uma reportagem sobre a "tendência" de Renato L, novo presidente da Fundação de Cultura do Recife, em direcionar um trabalho à periferia de acordo com estas "realidades" musicais de nomes como João do Morro. A realidade do Chupa que é de Uva... A realidade do "papa frango"...Pérolas pertencentes a João do Morro, que curte sons diversos, mas transmite o que nos é imposto pelo mercado. O engraçado é que alguns colegas e também produtores estão "preparando" as pessoas para esta tendência a partir de 2009.
Se for por tendências alternativas, seria bem mais interessante o apoio do poder público ao Garanhuns Jazz Festival, que apesar de premiado e bem visitado, foi esquecido pela lei de incentivo à cultura e pela fundarpe, pelo que eu soube.
- Porque na voz de outras bandas, estes sons apelativos já estão sendo chamados de FULEIRAGEM MUSIC, e com João do Morro são tratados de forma diferente?
Não é falso moralismo, mas se a inclinação for esta, estaremos dando um passo para trás. A não ser que João do Morro mude. E convenhamos, a esta altura do campeonato, é mais fácil mudarem alguns dos chamados fomentadores e produtores. Eu não vou estranhar João do Morro no Rec-Beat. Mas vou lamentar ver na programação do nosso carnaval, este tipo de música. É uma abertura gigantesca de precedentes para as "fuleiragens" reclamarem espaços na capital pernambucana, em atividades da prefeitura. É preciso muito cuidado.
Construir é complicado. Destruir é muito fácil.

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