Padastro confirma que queria matar menino com agulhas
Por Agência Estado
O ex-ajudante de pedreiro Roberto Carlos Magalhães, de 30 anos, padastro do menino de dois anos com agulhas no corpo, confessou em entrevista para o programa "Fantástico", da TV Globo, que tinha a intenção de matar a criança.
O homem ainda reafirmou a participação no crime da lavradora Angelina dos Santos e de Maria dos Anjos Nascimento, que diz fazer trabalhos religiosos, e deu detalhes de como imobilizava o enteado. "Colocava um pouquinho de vinho mais forte e água e dava ao menino. Ele bebia e desmaiava. Aí, colocava as agulhas", conta. "Fiz isso duas ou três vezes por semana, durante um mês".
Magalhães afirmou que seu objetivo era atingir a motivação para o crime foi atingir Maria Souza Santos, mãe do menino, com quem vivia havia seis meses. "Eu brigava direto com a minha mulher. Passava 15, 20 dias de mal com ela e começava a fazer essa palhaçada besta de matar o menino".
Recuperação
O Hospital Ana Neri, em Salvador, informou nesta segunda-feira que a equipe médica vai realizar uma segunda cirurgia na quarta-feira, desta vez para retirada de três agulhas localizadas no abdômen.
Neste domingo o hospital informou que a cirurgia para a retirada de quatro agulhas, localizadas no coração e no pulmão, foi bem sucedida e o menino recupera-se bem. O procedimento confirmou que os objetos retirados estavam provocando infecções no corpo do garoto, porque começavam a oxidar. Os processos infecciosos cederam e ele se encontra com um quadro estável.
O menino teve várias agulhas introduzidos em seu corpo. Uma boa parte delas está localizada na região abdominal. Segundo o médico Francisco Reis, existe uma agulha na bexiga e em algumas alças intestinais do aparelho digestivo que precisam ser removidas. O menino passará por uma terceira intervenção, na coluna, com data ainda não definida.
Ainda de acordo com o hospital, a criança respira sem a ajuda de aparelhos e se alimenta normalmente. A equipe reafirma que algumas agulhas permanecerão no corpo do menino. A preocupação no momento são apenas os objetos que podem impor riscos à vida dele.
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