Reprodução/Clayton |
O ex-senador foi julgado por ter sido flagrado em conversas com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, atualmente preso na penitenciária da Papuda, acusado de chefiar a máfia dos caça níqueis de Goiás, com a participação de agentes públicos e privados. Relatórios da Polícia Federal (PF) apontam Cachoeira como chefe de um esquema de corrupção, tráfico de influência e jogos ilegais. O esquema foi revelado pelas operações Vegas e Monte Carlo, da PF.
Demóstenes, ainda, chegou a pedir clemência durante seu discurso: "eu peço aos senhores que não lavem as mãos em relação a mim. Me deixem ser julgado pelo Poder Judiciário, pelo povo do meu Estado" Demóstenes Torres (51), também disse que não enriqueceu na política. É formado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás e é integrante concursado do Ministério Público do seu estado. Foi procurador geral do órgão antes de ocupar o cargo de secretário de segurança pública, entre 1999 a 2002, no governo de Marconi Perillo (PSDB-GO).
A sessão que cassou o mandato de Demóstenes Torres durou pouco mais de três horas.
A cassação de Demóstenes passa a ser a segunda do Senado brasileiro – antes dele, apenas Luiz Estevão (DF) foi cassado, em 2000, e perdeu os direitos políticos até 2014. Em outras quatro ocasiões, processos que tramitaram no conselho levaram à renúncia de senadores – três deles eram presidentes do Senado. A maior parte das denúncias, no entanto, foram arquivadas.
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