quarta-feira, julho 11, 2012

Demóstenes Torres está inelegível até 2027 por quebra de decoro parlamentar



Reprodução/Clayton
 Por 56 votos a favor, 19 contra e 5 abstenções, o plenário do Senado decidiu pela cassação do mandato do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO/ex líder do DEM-GO) na manhã desta quarta-feira (11), por quebra de decoro parlamentar.  
 O ex-senador foi julgado por ter sido flagrado em conversas com o contraventor  Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, atualmente preso na penitenciária da Papuda, acusado de chefiar a máfia dos caça níqueis de Goiás, com a participação de agentes públicos e privados. Relatórios da Polícia Federal (PF) apontam Cachoeira como chefe de um esquema de corrupção, tráfico de influência e jogos ilegais. O esquema foi revelado pelas operações Vegas e Monte Carlo, da PF.
 Demóstenes, ainda, chegou a pedir clemência durante seu discurso: "eu peço aos senhores que não lavem as mãos em relação a mim. Me deixem ser julgado pelo Poder Judiciário, pelo povo do meu Estado" Demóstenes Torres (51), também disse que não enriqueceu na política. É formado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás e é integrante concursado do Ministério Público do seu estado. Foi procurador geral do órgão antes de ocupar o cargo de secretário de segurança pública, entre 1999 a 2002, no governo de Marconi Perillo (PSDB-GO).  
 A sessão que cassou o mandato de Demóstenes Torres durou pouco mais de três horas. 
 A cassação de Demóstenes passa a ser a segunda do Senado brasileiro – antes dele, apenas Luiz Estevão (DF) foi cassado, em 2000, e perdeu os direitos políticos até 2014. Em outras quatro ocasiões, processos que tramitaram no conselho levaram à renúncia de senadores – três deles eram presidentes do Senado. A maior parte das denúncias, no entanto, foram arquivadas.


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