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Os moradores do estado de Pernambuco, mais precisamente da Região Metropolitana do Recife, estão com suas rotinas diárias sendo modificadas devido ao aparecimento de uma nova fruta com poderes quase milagrosos. O noni, como ela é chamada, é proveniente da árvore Morinda citrifolia e pode ser facilmente encontrado em feiras livres, mercados públicos e até em quintais.
A fruta, originária do sudeste asiático, supostamente tem propriedades terapêuticas e é utilizada por pessoas que sofrem dos mais diversos males, desde casos sérios de diabetes até simples dores de cabeça. A forma mais consumida do produto é no formato de suco ou misturado com outras frutas.
O problema, de verdade, é que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe que quaisquer produtos que sejam à base de noni, bem como a comercialização da fruta ou de seus derivados dentro do território nacional. De acordo com o órgão do governo, apesar de ainda não serem conclusivas, pesquisas com o vegetal apontaram que a fruta pode causar danos ao fígado e também aos rins.
A voz do povo...
Mesmo com a Anvisa dizendo que as promessas de cura com base no consumo da fruta sejam “falaciosas”, os pernambucanos têm as mais diferentes histórias para comprovar que o noni funciona de verdade. A nutricionista e professora da faculdade Maurício de Nassau, Ana Lígia Lins, explica que a fruta terapêutica se encaixa na categoria de “alimento funcional”, que são aqueles que trazem benefícios superiores aos meramente nutricionais.
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Assim, as pessoas que consomem o noni não se cansam de enumerar a lista de benefícios proporcionados pela fruta. Prova dessa crença é que algumas pessoas já estão cultivando o noni em seus próprios quintais, como o radialista Geraldo Clemente, que começou a tomar o suco para tentar combater um câncer na próstata. De acordo com o consumidor, a melhora foi tão significativa que ele já não toma mais as medicações receitadas pelo seu urologista.
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