quinta-feira, janeiro 14, 2010

Prévias mais quentes do Carnaval 2010

Tem festa pra todos os gostos. Se jogue!!!  


15 de Janeiro Bloco da Saudade – O Bloco da Saudade realiza acerto de marcha no Clube Náutico Capibaribe (Aflitos). Com orquestra do Maestro Lessa, Claudionor Germano e Ademir Araújo. Nos intervalos, a orquestra Getúlio Cavalcanti. A partir das 22h. Ingressos a R$ 15. Informações: 32437600.  

Bloco das Flores – O Bloco das Flores faz acerto de marchas na Praça do Arsenal. A partir das 20h. Gratuito.  

16 de Janeiro Vassourinhas – A terceira prévia do Clube Vassourinhas (Olinda) recebe João do Morro, além de Victor Camarote e sua banda Arquibancada. Nos intervalos, DJ Uirá. Ingressos a R$ 15 e (individual) e R$ 25 (casadinha) – à venda loja Avesso (Graças). 

GLS - O Clube Metrópole entra no clima de Carnaval e promove a coroação do Rei e Rainha do Carnaval GLS 2010. Para animar o agito, os DJs Alex Bloom e Chiclete, Tribemakers (David Kelner & Robby Gomez), Cavalli, Markyloire (Marcílio) e LJ Alê. A partir das 22h. Ingressos a R$ 15 (até 0h) e R$ 20 (após 0h).  

17 de janeiro Ceroula - A prévia do Ceroula será a partir das 13h, no Clube Atlântico de Olinda. As atrações incluem, nada mais nada menos, que João do Morro, Samba Clube, Som Brasileiro, DJ Nakumbia e Orquestra Maestro Oseas. Ah, e já investiguei no Myspace do João do Morro que ele deve subir no palco por volta das 16h. 

Virgens - No ano em que completam 57 anos de vida, as Virgens do Bairro Novo começam a folia mais cedo, fazendo uma grande feijoada a partir das 11 horas, na Casa da Rabeca. A entrada custa R$ 10. Na ocasião, serão apresentados Padrinho e Madrinha do bloco (só serão divulgados no dia da feijoada). As inscrições para o 57º Desfile das Virgens do Bairro Novo começam no dia 18/01/10, das 20 às 22 horas, no Hotel Costeiro (beira mar de Olinda) e custam R$ 30,00 (trinta reais). E no dia 07 de fevereiro acontece o grande desfile.  

23 de janeiro Hoje a Mangueira Entra - Começa a partir das 18h, no Centro de Cultura Luiz Freire, rua 27 de Janeiro, 181, Carmo, Olinda. Atrações: Banda Desliga a Bomba – reunião dos músicos: Fabio Trummer (Eddie), Pupillo (Nação Zumbi), Bactéria (Otto), Rodrigo Coelho (ex-Jorge Cabeleira), André Édipo(Lulina), Junio Barreto e Karina Buhr (Comadre Fulozinha). Ingressos: R$ 20. 

Eu Acho é Pouco – O baile vermelho e amarelo acontece no Mercado Eufrásio Barbosa. Atrações e valor do ingresso ainda não foram anunciadas pela organização, porém, é preciso estar atento: para adquirir um ingresso, o bloco avisa que tem que ser cadastrado no site www.euachoepouco.com.br. As camisas começam a ser vendidas na próxima segunda-feira nas lojas da Avesso.  

29 de janeiro Guaiamum Treloso - Ao completar 16 anos, o bloco presenteia os fãs com o tema Amorê & Rock’n'Roll. A estrela deste ano é a banda Titãs. Será dia 29 de janeiro, a partir das 20h, no Sítio do Zé Donino, no Poço da Panela. Também se apresentam Maria Gadú, a cantora Tereza Cristina e os pernambucanos China e Lula Queiroga. Entre uma atração e outra, o samba de Preto Velho. Os ingressos estarão à venda a partir do dia 15/01, num estande no Plaza Shopping. Custam R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia). Camarote, com capacidade para 500 pessoas sai por R$ 50. No dia 31, a festa continua com a saída do bloco. 

Fura Olho - Antes do Guaiamum, vale acompanhar o desfile do Fura Olho que acontece a partir das 19h pelas ruas de Casa Forte, ao som da bateria da Escola Gigante do Samba. Quando termina o desfile, começa a festa com Madeira Delay, Bora Bora e Big Big Samba. Tudo em espaço fechado ao lado do Hiper Center Casa Forte. 

Baile dos Artistas - O irreverente Baile dos Artistas convidou a marrom Alcione para festejar sua 32ª edição. Vai ser dia 29 de janeiro, no Clube Português. Ainda fazem show Maestro Cussy de Almeida e a Orquestra Criança Cidadã Meninos do Coque, Orquestra de frevo do maestro Ademir Araújo, Claudionor Germano, Nonô Germano, Bateria Zé Pretinho e DJ Pepe Jordão. 
 
30 de janeiro Bal Masque - Margareth Menezes, Patusco, banda Mina, Maestro Forró e Orquestra Bomba do Hemetério, além de Almir Rouche, são as atrações do 62º Bal Masqué, dia 30 de janeiro, no Clube Internacional. Este ano, é permitido entrar com qualquer traje ou fantasia na festa, que tem como tema Viva Las Vegas. Os ingressos: Pista: R$ 25 (1.000 primeiros) e R$ 30, à venda no clube e nas lojas Jurandir Pires. Mesas: R$ 200 e Camarotes: R$ 1.500 (lateral) e R$ 2.000 (frontal). Informações: 3205.3888. 

De bar em bar - O bloco De bar em bar terá a banda Araketu como grande atração. A festa rola dia 30 e reúne a turma jovem pelas ruas do Parnamirim. A concentração do bloco será às 10h em frente ao bar Fiteiro. No local, shows da Escola de Samba do Preto Velho, Frevioca e Orquestra de Frevo. No cair do sol, a escola de samba D´Breck puxa do bloco do Fiteiro até o Oitão Bar/Villa do Samba. Será lá o local do show dos baianos da Araketu, Almir Rouche, Só na Marosidade e Samba de Luxo. Ingressos custam R$ 30 (1º lote), à venda nos bares, academia HI e na Via Sports.  

5 de fevereiro I Love Cafuçu - A prévia lotou o Armazém 14, ano passado, ao propor uma divertida homenagem aos ritmos e sabores mais populares, como o brega. Este ano, a festa repete a greia no mesmo lugar, no dia 5 de fevereiro. Quem está confirmado até o momento são os DJs Sem Loção, Lala K e Felipe Machado. Uma banda de tecnobrega ainda está sendo fechada, bem como mais outro DJ. Falando em Sem Loção, já está confirmada para este ano, mais uma vez, as festas diárias Putz/SL no Francis Drinks, Recife Antigo, com entradas a R$ 10. Começa na sexta-feira, antes do sábado de Zé Pereira e vai até a Terça. 

Siri na Lata - Quando: dia 5 de fevereiro, a partir das 22h. Onde: no salão nobre do Clube Português, na Graças, Recife. Atrações: Almir Rouche e Maestro Spok (únicas atrações confirmadas até o momento). Ingressos: camarote frente- R$ 2 mil (para 10 pessoas); camarote lateral- R$ 1,8 mil (para 10 pessoas); mesa- R$ 300 (para quatro pessoas); individual- R$ 60. À venda na sede do Clube. Informações: (81) 3427 1351. 

6 de fevereiro Acorda pra Tomar Gagau – Gente, só consegui a data até agora. Sempre é de dia essa festa. Quando tiver atrações e local certinho, coloco um novo post! 

Baile Municipal – Como sempre, será no Chevrolet Hall. Só temos infomações sobre os ingressos, que estarão à venda a partir de segunda (18/01), nas lojas Tribos dos Shoppings Boa Vista, Recife, Tacaruna e Plaza, além de quiosques nos Shoppings Boa Vista e Paço Alfândega. Pistas: R$ 35. Mesas para 4 pessoas: R$ 400. Mesas serão vendidas apenas no Paço. Dia 19, vai rolar uma coletiva onde serão divulgadas as atrações. Fiquem ligad@s que iremos publicar aqui! Enquanto Isso na Sala da Justiça - Comemorando 15 anos do bloco, a prévia do Enquanto Isso… vai trazer nomes pernambucanos de peso para a festa. Eddie e Nação Zumbi (Uhu!) serão as atrações principais. Também conta com Mart’nália, Orquestra do Homem da Meia Noite e a Orquestra Popular da Bomba do Hemetério. Será dia 6 de fevereiro, no Pavilhão do Centro de Convenções. Preços - R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (1/2 entrada mediante apresentação da carteira de estudante). Os ingressos estão sendo vendidos nos Postos Petrocal e podem ser trocados por pontos do Bomclube!  

7 de fevereiro Olinda Beer - Cláudia Leitte, Chiclete Com Banana, Banda Eva, Exaltasamba, Aviões do Forró e Netinho comandam o Olinda Beer, que ainda terá shows de Psirico, Parangolé, Marreta You Planeta e Fantasmão. Vai ser na Fábrica Tacaruna, a partir das 9h. Os ingressos custam R$ 30 (pista) e R$ 70 (área vip), à venda na Nagem e nas Ópticas Diniz. Informações: 3441.9660.

7 de fevereiro T.C.M Crêea!!! - Alegria, diversão e muito frevo no pé são ingredientes fundamentais para o sucesso da Troça Carnavalesca Mista CRÊEEA!!! que a cada ano promove muita animação pelas ruas do bairro de Salgadinho em Olinda. Esse ano a troça completa quatro anos de existência e promete fazer bonito na semana que antecede a folia de Momo. O desfile contará ainda com a participação da madrinha da troça, a socialite KREIDDY BARROSO. Concentração na avenida Professor Andrade Bezerra e até a rua Bejamim Constant. As camisas custam R$10 reais e quem quiser adquirir deve solicitar através do (81) 8761-3351 ou pelo e-mail:ewersonluiz_pe@hotmail.com

Seria o guia da mulher cafajeste? 
Como agarrar um milionário, ou melhor, um otário elas-e-lucros 
 Se você que acha que a Veja, Capricho ou Caras é a pior revista do Brasil, é porque ainda não viu a Elas & Lucros. A matéria de chamada de capa é exatamente o título deste post: “Como agarrar um milionário: conheça esta e outras rotas para enriquecer”.

O título da matéria não deixa margens para dúvidas. Até onde consegui ler (o arquivo estava corrompido), a matéria tem como pano de fundo ensinar as mulheres arrumar um ricaço para enriquecer. Isto mesmo, a dar o golpe do baú, arrumando alguém para pagar as contas e ainda dar o luxo que as leitoras desta preciosa revista precisam. A idéia da matéria chega a chocar tanto que a revista resolveu colocar no meio outras dicas para ficar milionária, como ser empreendedora ou coisa do tipo, para amenizar um pouco a ideia geral. Poderia deixar de lado a vergonha e falar logo que o objetivo é sugerir dicas para as leitoras arrumar um bobalhão pagante. Ou então mudar o título de chamada, que ficou horrível. E a ideia da revista seria até interessante: trabalhar as finanças pessoais pelo lado feminino. Mas acabou mostrando a verdadeira face logo no seu primeiro ano de circulação. Pior é que se estão publicando é porque tem alguém disposto a ler esse tipo de coisa. É a falência da sociedade sendo exposta. Só não podemos reclamar que o nome não é coerente: Elas & os Lucros.

Autor: Pierre Lucena

quarta-feira, janeiro 13, 2010

BTL abre calendário internacional Bolsa de Turismo de Lisboa é estratégica para os pernambucanos 


Lisboa - A Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) marca o início das ações promocionais para Pernambuco no mercado internacional em 2010. Os portugueses são os estrangeiros que mais visitam o Estado, respondendo por aproximadamente 12% da demanda externa. A Diretora Comercial, Daniela Alecrim, e a Gestora de Marketing Internacional, Luciana Fernandes, comandam o estande de Pernambuco na capital portuguesa. Pernambuco, que está no guarda-chuva da Embratur, tem tradicionalmente um dos estandes mais procurados durante a feira. “Estamos bastante otimistas para esta temporada, pois o mercado mundial está recuperando-se da crise. Já temos algumas reuniões importantes marcadas e nossa expectativa é sair de Lisboa com uma agenda de trabalho bastante positiva”, antecipou Daniela Alecrim. Nesta quinta-feira (14) há encontros marcados com os maiores agentes e operadores lusitanos, um dos principais assuntos da pauta será a BNTM, que em 2010 será realizada em Porto de Galinhas. Eventos em Madri e Holanda mais Finlândia - onde Pernambuco é beneficiado com voos charters - completam o calendário de janeiro.

Sol é citado como vilão em liminar que autoriza câmaras de bronzeamento


A decisão liberou o procedimento apenas para filiados à ABBA (Associação Brasileira de Bronzeamento Artificial), que entrou com ação judicial contra a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Leia abaixo a decisão, na qual o juiz substituto Jurandi Borges Pinheiro, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, baseia-se em fundamentação do juiz Altair Antonio Gregório.
*
"Adoto, no exame do pedido antecipatório, a fundamentação da decisão proferida sobre o tema no Processo 2009.71.00.031832-9 pelo Juiz Federal Altair Antonio Gregório, da 6ª Vara Federal desta Subseção Judiciária, mantida pelo TRF da 4ª Região no AI 2009.04.00.042968-8 em decisão denegatória de efeito suspensivo.
'A antecipação da tutela, como medida de urgência que é, passa pela análise de requisitos cuja configuração é essencial à sua concessão. Dentre estes requisitos é fundamental que se reconheça a verossimilhança do direito alegado, a fim de que, com os elementos que constam dos autos se possa subsumir com um mínimo de convencimento a situação fática aos ditames da lei.
No presente caso, a Resolução RDC 56/09 da Anvisa, fundada em critérios desconhecidos utilizados pela Iarc [Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer] para afirmar que a exposição a raios ultravioletas possui evidências suficientes para considerá-la carcinogênica para humanos desborda do princípio da razoabilidade porque não informa o tempo de exposição necessário para o desenvolvimento da doença. Assim, da forma como foi redigida a Resolução e da forma como se pretende aplicá-la, sem que haja a especificação dos limites de tolerância, é possível imaginar que chegará o dia em que a Anvisa proibirá que os seres humanos transitem sob a luz do sol, pois esse é --deveras-- o maior elemento gerador de raios ultravioleta do meio.
Quanto às atribuições da Anvisa para regulamentar a atividade da parte autora, de fato incide, sobre o caso em tela, o ordenamento constitucional que estabelece que tal proibição somente poderia decorrer de lei em sentido estrito, da mesma forma em que ocorreu com a proibição de consumo de álcool ao volante.
Entendo, portanto, que, em sede de tutela antecipada, estão presentes a verossimilhança do direito alegado e o perigo de dano irreparável ou de difícil reparação face ao impedimento da parte autora em dar continuidade à sua atividade econômica.'
Com essas considerações, defiro o pedido de antecipação da tutela, para o fim de suspender, em relação à autora e suas filiadas, até decisão final, os efeitos da Resolução ANVISA 56/09.
[...]
Porto Alegre, 8 de janeiro de 2010.
Jurandi Borges Pinheiro
Juiz Federal Substituto"

Fonte: Folha Online

Anvisa proíbe câmaras de bronzeamento no país
Bronzeamento a jato é alternativa sem riscos
Leia a resolução da Anvisa que proíbe as câmaras

segunda-feira, janeiro 11, 2010

Férias! É hora de aprender a dançar

O Espaço Cultural João Teimoso oferece oficina de dança de salão para todas as idades; opções vão do zoulk ao frevo


Que tal aprender a dançar nestas férias? O Espaço Cultural João Teimoso, na Boa Vista, Centro do Recife, oferece oficina de danças para todas as idades. No ritmo das danças de salão,  ficaram com destaque o Zouk e a Salsa, mas quem já quiser ir se esquentando para o carnaval, a opção é a oficina de Frevo e Maracatu .

O Espaço fica n rua do Aragão, n° 27, sala 4. Para informações sobre  valores de aulas e pacotes promocionais o contato é (81) 3231.5125.

quinta-feira, janeiro 07, 2010


Como todos sabem, sou uma pessoa completamente apartidária. Meu partido é, simplesmente, o da autenticidade, o da cultura e os dos bons procedimentos. Gosto de política, mas não de políticos e muito menos de politicagem. Abomino práticas desleais!!! 




Boa oratória é para ser apreciada; refletida. e muito boa foi a do senador Pedro Simon (PMDB RS) no último 17/12. Segue transcrita abaixo. Vale a pena refletir sobre a mesma.



Forte abraço e boa apreciação.


O SR.  PEDRO SIMON (PMDB ¿ RS. Sem apanhamento taquigráfico.) ¿ Sr. Presidente, Srªs. e Srs. Senadores, um balanço de final de jornada não serve, apenas, para uma visão de passado. Da travessia percorrida. Ele é presente, porque é um momento em que nos conferimos, internamente, para saber a quantas andam os registros da contabilidade da nossa alma.

As nossas ações, as nossas omissões, os nossos caminhos e descaminhos, os alentos e desalentos, as alegrias das chegadas e as tr
Forte abraço e boa apreciação.







O SR.  PEDRO SIMON (PMDB ¿ RS. Sem apanhamento taquigráfico.) ¿ Sr. Presidente, Srªs. e Srs. Senadores, um balanço de final de jornada não serve, apenas, para uma visão de passado. Da travessia percorrida. Ele é presente, porque é um momento em que nos conferimos, internamente, para saber a quantas andam os registros da contabilidade da nossa alma.

As nossas ações, as nossas omissões, os nossos caminhos e descaminhos, os alentos e desalentos, as alegrias das chegadas istezas das partidas. A vida, enfim, com todos os nossos créditos e débitos com as pessoas que nos cercam e com o Criador que nos fez assim, tão próximos da Sua imagem, embora teimemos em permanecer cada vez mais longe da Sua semelhança.
Os balanços são, também, e principalmente, um olhar para o futuro. Tempo de correção de rumos. Eu não tenho dúvida de que avançamos, desde o último natal. No ano passado, o mundo respirava ares da crise econômica, poluído s pela sanha do lucro.
Como sempre, imaginávamos que a parte pior desta herança de contas a pagar ficaria conosco, filhos adotivos da globalização. De repente, percebemos que somos bons alunos, embora sejam discutíveis as lições e não tão confiáveis os mestres da internacionalização da economia. Eu ainda não sei se alcançamos boas notas porque aprendemos alguma lição, ou se, simplesmente, ¿colamos¿ as mesmas respostas de quem senta próximo de nós na mesa globalizada.
A resposta, o futuro dirá. É preciso, entretanto, uma reflexão muito ampla e participativa sobre o país que queremos, ainda neste limiar de novo século e de milênio. Que país queremos e, principalmente, para quem.
Será o melhor caminho a busca incessante dos primeiros lugares na economia mundial? Será que a palavra chave é crescimento?
Ou seria desenvolvimento, entendido como crescimento com distribuição de renda?
Ou, ainda, seria o tal ¿desenvolvimento sustentável¿, em um mundo tão massacrado pela saga incessante do lucro?
Até onde vamos nos contentar com medidas compensatórias para os que não conseguiram ultrapassar o muro do mercado?
Até onde distribuir renda vai continuar significando o aumento dos contingentes que recebem bolsas famílias como uma dádiva, muitas vezes agradecidas aos céu s?
Até onde o País vai ostentar cadeiras aveludadas nas reuniões do primeiro mundo, enquanto muitos dos seus ainda mal se acomodam nas últimas poltronas dentre os países de pior distribuição de renda, aquelas mesmas nações que os tais mestres da globalização já chamaram de ¿lado escuro do mundo¿?
Repito: a questão chave, hoje, neste olhar prospectivo, para o futuro, é: ¿que país queremos?¿. Tudo o que vier a seguir, será consequência. Que indústria, que agricultura, que serviços, que tecnologia, que educação, que saúde, que condições de vida terá a nossa população.
Será que é bom para o Brasil este índice galopante de urbanização que incha as cidades, principalmente as de grande e médio portes? Hoje, apenas quinze em cada cem brasileiros moram no campo. As cidades explodiram em violência, em destruição do meio ambiente, na deterioração da qualidade da existência humana, nas enchentes que ceifam vidas, sonhos e futuros.
Será, por exemplo, que a nossa indústria de excelência ainda deverá permanecer a automobilística, que abarrota as nossas ruas e polui os nossos ares, ou o país deverá optar por transportes coletivos de melhor qualidade?
Será que o agronegócio é incompatível com a pequena agricultura familiar?
Será que o que dá retorno financeiro deverá se concentrar em mãos privadas, deixando o Estado exclusivamente com a população pobre, deserdada pela loteria da vida?
Será que poderemos permanecer, ainda por muito tempo, com milhões de brasileiros sobrevivendo da dádiva?
Todas essas questões serão respondidas, quase que automaticamente, quando definirmos a nossa premissa principal que é, vou continuar repetindo, ¿que país queremos?¿
É evidente que essa é uma questão cujas respostas não surgirão a uma virada de ano. E elas não serão visíveis sem as luzes do passado. E o passado, pelo menos, nos permite um foco sobre ¿que país não queremos¿.
Infelizmente, se nos debruçarmos sobre a maioria dos nossos discursos, nesta mesma tribuna, vamos perceber que, principalmente no campo político, eles foram, na sua grande maioria em 2009, sobre um país que não queremos. Um país de corrupção, de impunidade, de crise de valores, de persistência da fome e das filas dos hospitais. Um país onde mais de oitenta por cento da população rural ainda tem sérias deficiências edu cacionais.
Um país dividido por uma nova versão, tipicamente brasileira, do muro da vergonha.
O Senado Federal, nestes últimos anos, não tem sido, também, uma boa referência para o país que queremos. As notícias sobre o nosso desempenho têm que refletir a boa política. Não é o que vem sendo registrado nos nossos balanços anuais. Por pouco, ou por benevolência dos editores, não passamos dos cadernos de política para os segmentos policiais.
Mas, essa crise, alimentada por atos secretos sob tapetes azuis, po r maior e mais deplorável, ainda não é a maior que atravessa túneis, gabinetes e plenários do Senado. A nossa crise é existencial, e se reforça pela concentração excessiva do poder nas mãos do Executivo. Por um federalismo também em crise.
Perdemos espaços legislativos para quem não foi eleito para fazer leis. Os nossos projetos foram substituídos por medidas provisórias.
Nesta mesma concentração de poder, a representação política vale um cargo. Ou a liberação de uma emenda parlamentar.
Portanto, eu acr edito que a melhor pista sobre o país que queremos está, exatamente, no seu contraponto: no país que não queremos. Aí está, portanto, a importância do conhecimento do passado, para traçarmos os nossos novos, e melhores, caminhos futuros. Não há como negar esse passado, se quisermos construir a nossa melhor travessia. O nosso verdadeiro feliz ano novo.
Mário Quintana dizia, na beleza e na sensibilidade da sua poesia: "Nós vivemos a temer o futuro, mas é o passado que nos atropela e mata". Eu diria um passad o que nos condena.
Um passado que construiu a cultura do jeitinho brasileiro, do levar vantagem, do patrimonialismo, da exclusão, da lei do Talião, do franciscanismo às avessas, que deturpa o sentido do ¿dando que se recebe¿.
Mas, um passado não só de condenação. Também de lição.
O país que queremos deverá ter uma mudança radical de paradigmas. Em primeiro lugar, um país para todos, de inclusão, onde a dádiva seja substituída pela cidadania. Neste novo caminho, o Brasil tem um mercado interno equivalente a quase cinco Argentinas. Há uma demanda enorme a ser saciada. Não pela distribuição benevolente, mas pela aquisição através do suor de todos os rostos.
Eu poderia até ser pessimista, se não tivéssemos um dos maiores potenciais de recursos naturais do mundo. O maior rio. A maior floresta. O maior manancial de água doce. Todos os microclimas. As terras mais férteis. Os recursos minerais mais estratégicos. Universidades de primeira grandeza.
Uma biodiversidade que aguça a sanha do mundo. Um potencial turíst ico de rara beleza. Um povo empreendedor e criativo.
Mas, o Brasil que não queremos é predador deste enorme potencial de recursos humanos e naturais. Como exemplo e como emblema, os rios de lágrimas pelas perdas, muitas irreparáveis, das enchentes que inundam, hoje, principalmente, o sul e o sudeste do País.
Vidas que se perderam sob águas e escombros.
Sonhos que se foram nas enxurradas do cimento das grandes cidades.
Histórias que perderam registros, levados pelos furacões e tornados que, até pouco tempo atrás, não faziam parte da nossa meteorologia, nem, consequentemente, da nossa história.
No Rio Grande do Sul, são quase duzentas cidades em estado de calamidade. No mesmo período do ano passado, eram quarenta. Quantas serão no próximo ano? E na próxima década? Ora enchentes, ora grandes períodos de estiagem, numa bipolaridade climática cada vez mais avassaladora.
O homem transformou as encostas em favelas. O arvoredo em pasto. O navio em canoa. A terra em asfalto. A brisa em inversão térmica. A nuvem em chuva ácida.
Nada mais triste que uma família que vê a sua moradia sendo soterrada ou levada pelas águas. Ainda que agradecida a Deus pela vida, ela vê serem carregadas todas as suas referências. O suor, as madrugadas, o frio, a marmita, o álbum de fotografia que não lhe apaga a história vivida, mas que desfaz a história registrada. As lembranças nas respectivas épocas. A evolução física dos descendentes e das rugas inevitáveis dos ascendentes.
Permanece o enredo, perdem-se os capítulos. Agora, só resta a história lembrada e contada. A história oral.
A natureza, portanto, nos dá elementos mais que convincentes do país que não queremos. E, consequentemente, o bom contraponto: do país que queremos.
As cidades brasileiras já deram sinais de que não suportam esse grau de urbanização. É preciso buscar elementos para manter os brasileiros remanescentes no campo e criar condições para aqueles que querem voltar à vida rural.
Para isso, é preciso incrementar a reforma agrária, mas sem excessos de ranços ideológ icos.
O Brasil tem, ainda, muita terra a ser incorporada à produção, e ela está concentrada, demasiadamente, nas mãos de poucos. O Brasil também tem uma das maiores disparidades de distribuição fundiária, em todos os continentes.
E esse é o país que não queremos. O Brasil pode por em prática a sua mística de ¿celeiro do mundo¿. E esse é o país que queremos.
A pequena produção familiar vai aumentar o cultivo de alimentos. Vai gerar excedentes. Vai criar empregos. Vai gerar renda. Vai saciar a fome de milhões de brasileiros que ainda morrem de causas decorrentes da desnutrição. Vai diminuir a necessidade da dádiva que ainda molda programas de distribuição de renda. Vai derrubar o muro da exclusão.
No Brasil que queremos, não haverá combate ao supérfluo, mas a busca pela melhor distribuição do necessário.
Para isso, é preciso que se incentive a indústria geradora de empregos. Não há que se descartar a tecnologia de ponta, mas o recurso público, por definição, tem que ser priorizado para a construção da cidadania. E o trabalho remunerado é a argamassa mais que consistente desta mesma edificação. A expressão pode ser surrada, mas mantém a sua importância e atualidade: o trabalho dignifica.
O passado mostra que a indústria que mais gera empregos é a de pequeno e médio portes. Nada mais coerente, portanto, que os recursos públicos, que são, por definição, de todos, sejam carreados para estes empreendimentos que constroem cidadania.
O passado também mostra que o bolo que cresce nem sempre é bem repartido. No Brasil que queremos serão bem-vindas as grandes corporações, desde que eventuais incentivos com recurso público gerem efeitos distributivos de emprego e de renda. Que um de seus principais produtos seja, também, a cidadania.
Mas, não há segmento onde são mais nítidos os sinais do país que não queremos, em contraponto ao país que queremos, que o da Política.
O país que queremos tem o povo nas ruas, exercitando a verdadeira cidadania. O país que não queremos tem a força bruta, sobre cascos, atropelando a demo cracia.
As cenas de Brasília, nestes últimos tempos, são do Brasil que não queremos. O Brasil que descobriu onde se oculta o dinheiro público que falta nas filas dos hospitais. Que ele se esconde nas meias verdades. Nos cestos, nos pacotes, nos envelopes. Nos bolsos de fora e de dentro. Nas roupas mais íntimas. Um Brasil que fecha a porta, enche a bolsa, não se preocupando, entretanto, com os que permanecem lá fora, na escuridão do analfabetismo.
O Brasil que queremos não ora, nem agradece a Deus, pela corrupção. Ao contrário: pede a condenação. A divina e a terrena.
No Brasil que queremos, não haverá impunidade. O dinheiro público, em todos os níveis, de todas as meias, de todos os bolsos, de todos os cestos, de todos os envelopes, de todos os pacotes, de todas as bolsas e de todas as contas numeradas terá que ser devolvido, devidamente corrigido.
Que se prenda, na forma da lei, o corrupto e o corruptor. Como em qualquer democracia do mundo.
Nos Estados Unidos, por exemplo, o responsável pela chamada pirâmide financeira que lesou milhões, até pouco tempo atrás, hoje não veste mais o seu terno bem talhado, de bolsos fundos, nem as suas meias de grife. Quem sabe nem mesmo nas audiências, quando enfrenta a justiça que, verdadeiramente, funciona.
A sua rou pa, hoje, é alaranjada, não sei se com bolsos, e ele tem, agora, como novos ¿clientes¿, os seus companheiros de penitenciária, para quem presta serviços obrigatórios de lavar talheres e pratos, nas poucas horas em que o sol lhe aparece redondo.
Não lhe faltava dinheiro, evidentemente, para pagar os melhores advogados. Prática comum no país que temos.
Em alguns países, a descoberta da falcatrua significa o suicídio. Não advogo essa atitude drástica e derradeira. Eu só lastimo que, aqui, na maioria dos casos, não ocorre, nem mesmo, o suicídio político.
Ao contrário, são muitos aqueles que se locupletam com o dinheiro público, com ele se reelegem e com ele contratam as melhores bancas, para perpetuar a impunidade.
No país que temos, as portas se fecham, para prender os mais pobres, e os Tribunais se abrem, para proteger os mais ricos.
No Brasil que queremos, não haverá, talvez, investimento público de melhor resultado financeiro que a construção de cadeias para corruptos e corruptores. Elas custariam muito menos que o que se economizará com o fim da impunidade.
Neste mesmo Brasil que queremos, essas mesmas prisões teriam prazo de validade, porque finda impunidade, haverá um tiro de morte na corrupção. No Brasil que temos, elas seriam, hoje, verdadeiros elefantes brancos, vazias não por ausência de atos lesivos à população, mas por falta de condenação. Verdadeiros monumentos à impunidade.
A corrupção custa, para o país, um número que a estatística também oculta. Que, entretanto, de tão grande, deixa aparecer alguns dos seus muitos zeros à direita. Dizem alguns, R$ 30 bilhões. São os ¿otimistas¿. Dizem outros, R$ 100 bilhões. São os ¿pessimistas¿.
Quisera Deus não precisar ser realista: a média não é, como se sabe, o melhor dos mundos, nem na própria estatística. A corrupção, no Brasil, seria, entretanto, por essa mesma média, algo como R$ 65 bilhões. Escrevi por extenso, por medo de me perder na quantidade de zeros.
Eu fico imaginando o que poderíamos fazer, no país que queremos, com tanto dinheiro. Quem sabe, então, a reforma agrária, produzir alimentos, gerar empregos no pequeno e médio empreendimento industrial, adquirir os materiais necessários, e dolorosamente em falta, nos hospitais públicos, contratar, e pagar melhor, os professores. De repente, eu percebo que a corrupção é, exatamente, a distância entre o país que temos e o país que queremos.
Eu fico imaginando, também, o que significa um dinheiro público roubado. Isso mesmo, não há expressão melhor: roubado. Uma infração ao Código Penal. Portanto, um crime. Uma infração ao sétimo mandamento da Igreja. Portanto, um pecado mortal.
Cada centavo roubado do dinheiro público poderia significar algo a menos na dor. Nunca é demais lembrar, porque para muitos ainda é esquecido, o dinheiro público é fruto da alquimia do suor e da lágrima, porque resulta do trabalho e do esforço do cidadão. Uma alquimia que já atingiu, só neste ano, mais de um trilhão de reais. Valor pago pelo trabalhador, ou descontado do seu salário. Sei não, eu desconfio que, com tanto dinheiro, e tão deficientes serviços públicos, o Brasil que temos está mais para os números pessimistas, do que para o meu realismo.
Na verdade, eu não consigo, nem mesmo, me contentar com os números otimistas, pelo menos no país que queremos. Eles continuam sendo inconcebíveis. No país de todos os nossos sonhos, não teria lugar a corrupção.
O dinheiro que, no país que temos, se escoa pelos ralos da corrupção, financiaria o projeto do país que queremos. Sem aumentar a nossa dívida financeira. Ao contrário.
Sem as emissões de moeda que geram inflação. Ao contrário. Sem recorrer a novos impostos. Ao contrário.
Este meu pronunciamento é, na verdade, um aparte que a sociedade brasileira me concedeu. Porque essa mesma sociedade agora volta a ocupar as ruas, porque sabe, melhor que ninguém, que este dinheiro da corrupção, que poderá financiar o país que todos nós queremos, somente estará disponível se acabarmos, de vez, com a impunidade. A impunidade é incubadora da corrupção.
Além das ruas, a população tem as urnas. A atitude individual mais coletiva de todas. O país que queremos a um toque. Mas, muito tem que ser mudado, também, para que esta atitude individual do eleitor, que é coletiva, não continue tendo como resultado ganhos também individuais, só que para o ele ito.
A grande maioria da população brasileira nem mesmo se lembra em quem votou, na eleição passada. Nem poderia se lembrar.
Um percentual muito pequeno dos empossados foi eleito com votos próprios. São tantos e tamanhos os artifícios eleitorais, que o eleitor vota em um e elege outro. Pior: não necessariamente com os mesmos propósitos.
Como, então, cobrar de alguém que, mesmo eleito legalmente para fazer as leis, não tem um mandato legítimo? Não teve votos!
Como cobrar de alguém, a quem se atribui, constitucionalmente, a função de fazer cumprir essas mesmas leis, se ele foi nomeado muito mais pela lealdade histórica a quem lhe indicou, do que pelo notório saber jurídico e pela reputação ilibada?
No próximo ano, teremos eleições em todos os níveis, com exceção do municipal. Assim mesmo, com rebatimentos nos municípios, porque muitos prefeitos, vice-prefeitos e vereadores concorrerão a cargos eletivos, em níveis superiores.
Haverá, portanto, uma eleição que mexerá, profundamente, no nosso quadro político .
Os eleitores já são devidamente conhecidos. As urnas são eletrônicas, o que, em princípio, diminuiu a possibilidade de fraudes, pelo menos naqueles tipos que campearam em eleições de outros tempos, ou, até mesmo, no nosso anedotário. Se bem que a fraude tecnológica também pode acontecer a um toque.
Mas, pelo menos, o país tem, hoje, um quadro bem claro do conjunto dos seus eleitores. Em alguns municípios, com identificação digital.
Mas, a recíproca não é verdadeira: o eleitor nem sempre conhece o candidato. Talvez, nem vá conhecê-lo. Ele será ¿vendido¿, como um sabonete, ou uma pasta de dentes. Pior: como um par de meias. Apelos subliminares, imagens retocadas através de fotoshops, leituras decoradas de textos.
Ganha a eleição o melhor marqueteiro, e não o melhor candidato, aquele que tem as melhores ideias para construir o país que queremos.
No país que queremos, o candidato deverá se apresentar aos eleitores ao vivo, sem máscaras, sem scripts decorados, e expor suas ideias e seus propósitos diretamente, olho no olho, ainda que seja eletronicamente. O eleitor saberá, com certeza, discernir entre o que é real e o que é teatral. O que é arte, e o que é vida.  
Dos debates de ideias, ao vivo e sem disfarces, sairá o contraditório. Ao eleitor caberá decidir por aquele que mais se aproxima das suas aspirações políticas. Da sua comunidade. Do seu país.
As eleições, assim, serão mais legítimas e, certamente, menos dispendiosas.
Hoje, não se candidata quem não tem recursos financeiros vultosos, o que retira, também, a representatividade do eleito. É quase impossível imaginar um legítimo representante das classes menos favorecidas. Então, o candidato se submete a financiadores de campanha privados. Como no ditado popular, os almoços nunca são grátis, há uma cobrança posterior, sobre o eleito, de retornos ao ¿investimento¿, para que ele priorize iniciativas de interesse do financiador da sua respectiva campanha.
Não resta dúvida, e as CPIs estão aí para comprovar, os financiamentos de campanha são a ponta do iceberg da corrupção.
Enganam-se, portanto, aqueles que advogam a tese de que os financiamentos públicos das eleições seriam um desvio a mais nos gastos públicos. Que eles se somariam aos números já grandiosos da corrupção.
É verdade, será assim, se persistir a impunidade. É por isso que o financiamento público tem que ser, necessariamente, exclusivo e, mesmo que eleito, perde o mandato quem cometer o menor deslize. Desde, obviamente, que quem deve ¿fazer cumprir as leis¿, o faça, com a celeridade necessár ia.
As eleições com financiamento público exclusivo de campanha serão, portanto, mais legítimas, porque elegerão os reais representantes da população brasileira, em todos os segmentos sociais e econômicos.
Além disso, no balanço geral, serão mais baratas, porque retira a possibilidade da versão maligna da oração de São Francisco. ¿É dando que se recebe¿ volta, portanto, ao seu significado dignificante da solidariedade e do amor ao próximo. Aliás, sentimentos tão em baixa na representação política do país que temos.
Essa mesma legitimidade também se reforçará com o voto distrital. Haverá uma simbiose maior entre o candidato, depois eleito, e o eleitor. Será muito mais fácil a população aferir a honestidade do eleito, tanto na destinação do recurso público, quanto na correlação entre as suas propostas de campanha e a realização efetiva das suas ideias.
A fidelidade partidária deverá ser um preceito irrevogável. O partido não é um par de meias que se troca, ainda que o novo tenha canos mais longos. O programa partidário é uma carta de princípios que não se permuta por conveniências.
Também o partido não pode ser uma organização de aluguel. Todos são livres para fundar um partido político, porque isso é da vida democrática, mas para se representar, ele terá que alcançar um mínimo de representatividade popular. Enfim, o partido terá, também, que ser ¿eleito¿, para ter delegação do eleitor.
Vem daí as cláusulas de barreira, na representação política do país que queremos.
Neste mesmo país que desejamos, o eleitor saberá que, mesmo antes da exposição pública do candidato, haverá mecanismos de aferição de sua idoneidade. Ele saberá que, para estar ali, o candidato terá, necessariamente, ficha limpa. Se eleito, e o poder lhe corromper, pelo menos não será reincidente .
A vontade do eleitor será respeitada. Não dormirão nas prateleiras do Parlamento mais de 1,3 milhão de assinaturas no sentido de que os seus representantes votem, imediatamente, o projeto de iniciativa popular, que impede candidatos a cargos eletivos que tenham, comprovadamente, ficha suja. Para que seja cortado o mal da corrupção pela raiz.
Para que possamos continuar sonhando com o país que queremos, é bem verdade, há que se formular, ainda, algumas leis. Poucas, em se tratando do ataque os desvios de dinheiro público. Mas, a impunidade, causa maior da corrupção, não depende somente de quem elabora leis, mas de quem as faz cumprir.
Repito: a correlação maior se dá entre a impunidade e quem deveria fazer cumprir as leis. De nada adiantará elaborar novos dispositivos legais, se eles não forem colocados em prática. O que aumentaria, ainda mais, a impunidade.
Pouco, ou nada, a reclamar, no país que temos, da Polícia Federal e do Ministério Público. Muito a mudar nos Parlamentos, na sua função de investigar, a si próprios e os outros poderes. Muito mais ainda a mudar na ação do Judiciário, pelo menos na sua função de julgar e, se comprovada a culpa, de mandar prender quem se locupleta com o dinheiro público. Mandar prender e determinar, peremptoriamente, que se devolva o dinheiro público desviado das suas nobres finalidades.
Os parlamentos sempre foram mais abertos à crítica. Um sinal da democracia. A imprensa quase sempre não necessita marcar audiências com os parlamentares. Ao contrário, também quase sempre, é ela a procurada.
No Executivo, nem tanto. Lá, os escalões inferiores também têm determinados ¿poderes de caneta¿. Exercem suas funções mais longe da imprensa, que é os olhos do povo.
No Judiciário, menos ainda. A criação do Conselho Nacional de Justiça trouxe algum controle à atuação dos magistrados, mas se trata de uma instituição criada de dentro para fora.
Somente nos últimos tempos o noticiário tem trazido a atuação do Judiciário ao conhecimento da população, seja pela criação da TV Justiça, seja pelas características mais midiáticas deste ou daquele Magistrado.
Mas, no Brasil que queremos, as estatísticas do Judiciário espelharão, com certeza, outros números. Ou, em alguns casos, pelo menos, um número positivo e, certamente, superior a zero.
Não é possível imaginar, por exemplo, que, no país que temos, com tantas e tamanhas falcatruas com dinheiro público, nenhuma autoridade tenha sido condenada pelo Supremo Tribunal Federal, o nosso ¿foro privilegiado¿, aliás, uma instituição que também deverá ser extinta no país que queremos. No país que queremos, as autoridades terão prioridade no julgamento, no primeiro indício de qualquer desvio de conduta com o patrimônio público.
Para o STF, como já disse da outra vez, pelo menos pelos números, não há, até aqui, corruptos, nem corruptores, no Brasil das autoridades públicas. O noticiário da TV não passaria, então, de meras cenas de ficção. No máximo, meias verdades. Cestos de notícias falsas. Pacotes de invenções midiáticas. Envelopes de mera busca por audiência. Bolsas e bolsos de intrigas políticas.
Na verdade, o quadro das estatísticas da corrupção, no Brasil que temos, tem como título principal a impunidade. Se mudar o título, altera o quadro. É esta, a meu ver, a nossa principal missão, na construção do Brasil que queremos: mudar o quadro. Imprimir novos paradigmas. Incluir os conterrâneos que ainda estão à margem do verdadeiro desenvolvimento, entendido como crescimento com distribuição de renda. Construir novos valores. Fazer valer a justiça. Também uma justiça igual para todos. Sem impunidade.
Como venho dizendo reiteradamente, tenho poucas esperanças de que uma mudança de paradigmas, para construir o país que queremos, possa ser uma iniciativa institucional de dentro para fora. A população de Brasília está dando sinais, primeiro de que a tolerância atingiu limites máximos. Segundo, que a indignação pode se transformar em ação.
O avanço da tropa sobre o povo serviu, apenas, para potencializar, ainda mais, essa mesma indignação. Se o objetivo era dispersar, atiraram no povo, e acertaram no próprio pé.
Não haverá mudanças a partir de quem, exatamente, tem que ser mudado.
Por exemplo, como esperar que alguém, com ¿ficha suja¿, vote a obrigatoriedade da candidatura, apenas, de quem possui ¿ficha limpa¿, se ele está, constantemente, de olho na reeleição? Seria algo assim como aproximar o diabo da cruz.
Se não mudarem as regras atuais, é forte a possibilidade de que persista o mesmo perfil do Parlamento, a partir das próximas eleições. Então, quem vai mudar essas regras, para que possamos iniciar a construção do país que queremos?
Eu não tenho dúvida da necessidade de que a população eleja uma Assembléia Nacional Constituinte exclusiva para as alterações constitucionais que o país tanto necessita.
A pr ática tem demonstrado que um parlamentar inicia a sua campanha à reeleição no momento seguinte à posse.
Inclusive no atendimento, com os olhos no passado e no futuro, aos interesses dos seus financiadores de campanha. Isso, além de todas as genuflexões a quem vai decidir sobre a liberação de suas emendas orçamentárias.
Os integrantes da Assembléia Nacional Constituinte têm que se colocar fora dessas pressões e desses comportamentos, até porque eles terão que estar isentos para mudar essas mesmas regras, sejam elas explícitas ou tácitas.
É possível, ainda, gerar condições para que a população seja consultada sobre a necessidade, ou não, desta nova Constituinte, através de um plebiscito. Afinal, a consulta popular é um ditame da nossa Constituição atual e, certamente, é um mecanismo que não poderá ser suprimido, jamais.
Eu mesmo tenho vontade política de participar desta Assembléia Constituinte, desde que, repito, seja eleito para isso, e que ela seja exclusiva para alterar a nossa Constituição naquilo que nos levará ao país que, verdadeiramente, queremos.
Como eu também advogo a ideia de que os membros da nova Assembléia Nacional Constituinte sejam impedidos de seguir, até um tempo ainda a ser definido, como parlamentares regidos por uma Constituição que eles mesmos alteraram, me proponho a renunciar ao meu atual mandato, no momento seguinte à promulgação desta Carta.   
Acho que o meu sonho de um país que queremos é, exatamente, o que eu desejo para o Brasil e o povo brasileiro, a partir do ano novo. Um sonho possível. O Brasil é uma síntese do projeto do Criador. Com todas as belezas de um verdadeiro paraíso.
Pena que, no país que temos, ainda teimemos no cultivo da árvore proibida da impunidade, na qual se entrelaça a serpente maliciosa da corrupção.
Que este sonho, portanto, se realize no ano que virá. Teremos eleições em 2010 e serão, exatamente, nove meses para gestarmos os tais novos paradigmas.
Que nasça das urnas, enfim, o país que, verdadeiramente, queremos.
Um país com uma imensa mesa de comunhão. Sem exclusão.
Um país onde não apenas se tenha justiça, mas que se faça justiça. Sem discriminação.
Daí sim, teremos um país em que os frutos do suor servirão para fortalecer a verdadeira cidadania. Sem corrupção.
Um país mais justo, mais humano, mais solidário. Aí sim, um país onde todos sejam, não só à imagem, mas também à semelhança do Criador.
Era o que eu tinha a dizer.

segunda-feira, janeiro 04, 2010


Permitam-me um desabafo... Na realidade, é um retrocesso que a nossa cidade do Recife está vivendo - mas como diz o slogan da Prefeitura, "A nossa cidade é a gente quem faz", traduzindo: a cidade é deles e eles são quem fazem a cidade.  Em outras palavras, foi completamente infeliz a ideia de quem criou tal slogan. 
Tomara que seja boato, mas soube que estão querendo promover um novo evento na capital pernambucana, no dia 31 de Janeiro. Querem fazer uma espécie apelativa e destrutiva de abertura do período de Carnaval do Recife, com um evento denominado “ABRAÇA RECIFE”. Uma espécie de retorno do Recifolia, no centro do Recife, com camarotes e trios elétricos, com aquele ritual das bandas darem uma paradinha e fazer mini-shows, como acontece na Bahia…. Entre as atrações, nem preciso falar... 

Eu não acredito que isso ocorrerá, pois seria regredir numa situação que foi bem complicada de superar. O Recife conseguiu conquistar, novamente, as atenções das pessoas através de sua arte. Nada contra o estilo baiano de se fazer festa. E já existem festas do gênero, o ano todo pela Região Metropolitana, como Requebra e o Olinda Beer, só pra citar alguns exemplos. Mas para fomentar o nosso carnaval, não precisamos perder nossa essência. Seria jogar pelo ralo todo o trabalho que foi buscar, novamente, a verdadeira identidade cultural da cidade. E mais um detalhe. Dia 31 acontecerá, na rua da Aurora, um dos mais belos movimentos culturais do estado: O AURORA DOS CARNAVAIS. Encontro dos blocos líricos. Não é possível que, paralelo ao encontro dos blocos,  a gestão aceitará tal destruição cultural acontecer. Ainda espero que seja boato. Perdoem-me o desabafo. (Fonte: http://pe360graus.globo.com/daliana/diversao/festa/2010/01/05/BLG,2678,2,443,DALIANA,1349-ALINHAVANDO.aspx
http://gostei.abril.com.br/frame/index/abraca-recife-carnaval-fora-de-epoca).


Será motivo de alerta a nova proposta recebida pela Prefeitura da Cidade do Recife?

O projeto “Abraça Recife” é do produtor cultural Antônio Bernardi, que ainda mantém em segredo as atrações da festa. Porém já circula as informações em diversos sites e blogs que o empresário vai fazer “o evento bombar”, colocando nas ruas do Recife.

A ideia é fazer uma espécie de Carnaval a la Salvador (nada contra a Bahia, mas quem quer carnaval bahiano, vai pra Bahia) com trios percorrendo as ruas e camarotes vi-ay-pis cercando o trajeto. Entre as atrações, Daniela Mercury, Carlinhos Brown, Revelação, Molejo, Forró do Muído, Almir Rouche, André Rio e ainda escolas de samba do Rio e São Paulo.

Os trios não teriam cordão de isolamento, mas em compensação, os camarotes dariam estrutura para os bem-nascidos. A ideia é que algumas atrações façam mimi-shows para camarotes privados, como acontece na Bahia.

Vamos perder novamente a nossa essência?! Vamos jogar pelo ralo todo o trabalho que foi trazer, novamente, a identidade cultural da cidade?! Será que a gestão aceitará?!













quinta-feira, dezembro 31, 2009

31/12 - o começo do fim

Os fogos anunciam a chegada de um ano novo !

É hora de refazer os sonhos ainda não realizados e acreditar na concretização.

Soltar um olhar solidário e acalantador para os amigos e bocejar para os inimigos.

Aprender com os erros do ano já ido e brindar o ano bem vindo com um sorriso.

Correr ao encontro daquele amor ainda não perdido ou surpreender mais uma vez o amor já conquistado.

A Agência de Talentos de Pernambuco e o Grupo João Teimoso desejam aos amigos e parceiros, um 2010 repleto de Fé, Luz, Amor, Saúde e Prosperidade.

Que 2010 seja DEZ!!!

Que venha 2010!!!

quarta-feira, dezembro 23, 2009



Antes de você perceber Jesus nas luzinhas que piscam pela cidade, você O encontre primeiramente em seu coração.
E, à frente de qualquer palavra que expresse seu desejo de um feliz Natal, O encontre em suas ações.

Que você O encontre não só na alegria que sente ao sair das lojas com presentes para as pessoas que você ama,
mas também na feição triste da criança abandonada nas ruas, na qual muitas vezes você esbarra apressadamente.

Que você encontre Jesus no momento em que pegar nas mãozinhas delicadas de seu filho,
lembrando-se das mãozinhas pedintes, quase sempre sujas de calçada, que só sabem o que significa rudeza.

Que você O encontre no abraço de um amigo, lembrando-se dos tantos que só têm a solidão como companheira.

Que você O encontre na feição do idoso da sua família, lembrando-se daqueles que tanto deram de si a alguém,
e hoje são esquecidos até pela sociedade.

Que você O encontre na lembrança suave e sempre viva
daquela pessoa querida que já não está mais fisicamente ao seu lado,
lembrando-se daqueles que já nem se recordam mais quem foram, enfraquecidos pelo vazio de suas vidas.

Que você encontre Jesus na bênção de sua mesa farta
e no aconchego de sua família, lembrando-se daqueles
que mal alimentam-se do pão e sequer um lar têm.

Que você O encontre não apenas no presente que troca,
mas principalmente na vida que Ele lhe deu como presente.

Que você lembre-se, então, de agradecer por ser uma pessoa privilegiada em meio a um mundo tão contraditório!

Que você também encontre Jesus à meia- noite do dia 31 e sinta o mistério grandioso da vida, que renasce junto com cada ano.
Então festeje...festeje o ano que acabou não apenas como dias que se passaram,
e sim como mais um trecho percorrido na estrada da sua vida!

Festeje a alegria que lhe extasiou e a dor que lhe fez crescer!

Festeje pelo bem que foi capaz de fazer e pelo mal que foi capaz de superar!

Festeje o prazer de cada conquista e o aprendizado de cada derrota!

Festeje por estar aqui!

Festeje a esperança no ano que se inicia, no amanhã!

Festeje a vida!

Abra os braços do coração para receber
os sonhos e expectativas do ano novo.

Rodopie...jogue fora o medo, sinta a vida!...
Sonhe, busque, espere... ame e reame!

Deixe sua alma voar alto...pegar carona com os fogos coloridos.
Mentalize seus desejos mais íntimos e acredite: eles também chegarão ao céu.
Irão se misturar às estrelas, irão penetrar no Universo e voltarão cheios de energia para tornarem-se reais.

Basta você querer de verdade, ter fé e nunca, NUNCA desistir deles!

E que seu ano seja, então, plenificado de bênçãos do Menino Jesus e realizações.

São os votos daqueles que compõem o Grupo João Teimoso e a Agência de Talentos de Pernambuco.

segunda-feira, dezembro 21, 2009

Padastro confirma que queria matar menino com agulhas


Por Agência Estado



O ex-ajudante de pedreiro Roberto Carlos Magalhães, de 30 anos, padastro do menino de dois anos com agulhas no corpo, confessou em entrevista para o programa "Fantástico", da TV Globo, que tinha a intenção de matar a criança.
O homem ainda reafirmou a participação no crime da lavradora Angelina dos Santos e de Maria dos Anjos Nascimento, que diz fazer trabalhos religiosos, e deu detalhes de como imobilizava o enteado. "Colocava um pouquinho de vinho mais forte e água e dava ao menino. Ele bebia e desmaiava. Aí, colocava as agulhas", conta. "Fiz isso duas ou três vezes por semana, durante um mês".
Magalhães afirmou que seu objetivo era atingir a motivação para o crime foi atingir Maria Souza Santos, mãe do menino, com quem vivia havia seis meses. "Eu brigava direto com a minha mulher. Passava 15, 20 dias de mal com ela e começava a fazer essa palhaçada besta de matar o menino".

Recuperação


O Hospital Ana Neri, em Salvador, informou nesta segunda-feira que a equipe médica vai realizar uma segunda cirurgia na quarta-feira, desta vez para retirada de três agulhas localizadas no abdômen.
Neste domingo o hospital informou que a cirurgia para a retirada de quatro agulhas, localizadas no coração e no pulmão, foi bem sucedida e o menino recupera-se bem. O procedimento confirmou que os objetos retirados estavam provocando infecções no corpo do garoto, porque começavam a oxidar. Os processos infecciosos cederam e ele se encontra com um quadro estável.
O menino teve várias agulhas introduzidos em seu corpo. Uma boa parte delas está localizada na região abdominal. Segundo o médico Francisco Reis, existe uma agulha na bexiga e em algumas alças intestinais do aparelho digestivo que precisam ser removidas. O menino passará por uma terceira intervenção, na coluna, com data ainda não definida.
Ainda de acordo com o hospital, a criança respira sem a ajuda de aparelhos e se alimenta normalmente. A equipe reafirma que algumas agulhas permanecerão no corpo do menino. A preocupação no momento são apenas os objetos que podem impor riscos à vida dele.

sábado, dezembro 19, 2009



"Imaginei que o Brasil não voltasse a ver censura" (FHC)
Ex-presidente afirma que censura prévia pela qual passa o 'Estado' é um resquício do regime militar
Arquivo/AE'Função da mídia é criticar e do governo é entender a função da mídia', diz FHC SÃO PAULO - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou que a liberdade de imprensa é o contrapeso "fundamental" para a democracia. "Fui presidente, ministro. A crítica sempre incomoda. Mas a função de quem está na mídia é criticar e de quem está no governo é entender a função da mídia", declarou. "Não pode, como agora, antes de qualquer coisa, dizer que você não pode entrar em tal matéria. Me parece absurdo." FHC, que combateu o regime militar de 1964, afirmou que a censura prévia pela qual passa o Estado é um resquício daquele período. "Imaginei que o Brasil não voltasse a ver esses momentos de censura prévia." Segundo o ex-presidente, a liberdade de imprensa teve papel determinante na queda do regime militar. "Ele caiu efetivamente quando foi possível enfraquecer a censura e fazer com que as notícias circulassem", disse. "Isso não existiria se não tivesse havido a liberdade de imprensa." Ele também afirmou que a Justiça é morosa e suscetível a influência política. "Uma das razões pelas quais há sensação de impunidade na questão da corrupção é porque há mecanismos protelatórios. Tudo é protelado." Questionado sobre uma eventual dicotomia entre liberdade de expressão e direito à privacidade, FHC disse: "Uma coisa é direito à privacidade, que todo mundo tem de ter. Outra é limitar o direito de expressão antes de saber se afetou qualquer direito de privacidade. Se você está metido numa falcatrua de ordem pública, aí não é privacidade." Abaixo, a entrevista: Como o sr. vê a censura ao Estado, que completou 142 dias hoje? Com espanto. Imaginei que o Brasil não voltasse a ver momentos de censura prévia. Depois que o STF acabou com a Lei de Imprensa, dava a impressão de que iríamos para outro caminho. A censura prévia foi retirada da Constituição como forma de se evitar o autoritarismo. No Brasil, há um flerte com medidas autoritárias? Isso no Brasil é permanente. Nossa raiz histórica não é democrática. As pessoas custam a aceitar o jogo da democracia, do respeito à lei. A tendência é da arbitrariedade do poder. A democracia aqui tem de ser cuidada permanentemente porque toda hora há forças, no fundo, contrárias a ela. Que forças são essas? Forças culturais. Isso vem da nossa cultura, que é formada numa visão onde a separação entre o público e o privado é confusa, onde o favoritismo, o clientelismo e o arbítrio permanecem como uma tendência. Aqui a ideia de quem pode pode, quem não pode se sacode é generalizada. A ANJ diz haver uma escalada de decisões na Justiça contra liberdade de imprensa no País. Não poderia dizer que há uma escalada, mas como isso tem uma base cultural, quando não há forças que contrapõem firmemente, isso renasce. Mesmo neste último congresso que teve sobre os meios de comunicação houve tendências controladoras. Não creio que prevaleçam. A minha aposta é que as forças mais abertas, mais democráticas, avancem no Brasil. Autor: Julia Dualib, de O Estado de S. Paulo (Extraído de: Estadão - 19 de Dezembro de 2009)

segunda-feira, dezembro 14, 2009

Cientistas da computação anunciaram o desenvolvimento do primeiro software de votação pela internet totalmente seguro e que permite que o usuário verifique se seu voto foi corretamente computado. O programa, chamado Helios, foi testado durante a eleição para reitor da Universidade Católica de Louvain, na Bélgica, onde o sistema foi desenvolvido, com a colaboração de pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Eleição de auditoria aberta "O Helios permite que qualquer participante verifique se seu voto foi capturado corretamente, e que qualquer observador verifique se todos os votos foram contados corretamente," explica Ben Adida, idealizador do programa. "Nós o chamamos de eleição de auditoria aberta porque o processo completo de auditagem agora está disponível para qualquer observador. Esse enfoque revolucionário para eleições tem sido descrito na literatura há mais de 25 anos, mas esta é a primeira eleição de auditoria aberta no mundo real," diz Adida. O sistema de votação pela internet foi disponibilizado como software livre (open-source) e pode ser baixado gratuitamente. Criptografia de chave homomórfica A chave para a segurança do sistema está em avançadas técnicas de criptografia que mantêm o sigilo do voto ao mesmo tempo que fornecem uma prova matemática de que cada voto foi contado corretamente. A técnica é chamada de criptografia de chave homomórfica, um método onde uma chave pública é usada para criptografar uma mensagem - neste caso, um voto. As mensagens podem ser combinadas sob uma camada de criptografia - neste caso, a contagem dos votos. E, finalmente, são necessárias múltiplas chaves públicas independentes para decriptar a mensagem - neste caso, a contagem final dos votos e o resultado da eleição. Funcionamento da eleição pela Internet O sistema de eleição segura pela Internet funciona da seguinte forma: 1. Primeiro, cada eleitor recebe um número de rastreamento para seu voto e o voto é criptografado com a chave pública da eleição antes de deixar o navegador do usuário; 2. de posse do número de rastreamento, o eleitor pode verificar se seu voto foi corretamente capturado pelo sistema de votação, que publica uma lista de todos os números corretamente capturados antes da totalização dos votos; 3. e, finalmente, o eleitor, ou qualquer observador, pode verificar se aqueles números de rastreamento (os votos criptografados) foram contados corretamente. O resultado da eleição contém uma prova matemática da contagem que não pode ser forjada nem mesmo com o uso de poderosos supercomputadores. fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=sistema-de-votacao-pela-internet-criptografado-seguro-verificavel&id=010150090313 * Eu particularmente acredito que ainda existe barreiras não superadas para o voto na internet, pois o mesmo pode ser vendido, mediante agora "comprovação".

domingo, dezembro 13, 2009

Comissão especial aprova PEC dos recursos para cultura
A comissão especial que analisa quatro propostas de emenda à Constituição (PECs) que vinculam recursos dos orçamentos da União, dos estados e dos municípios para a área da cultura e a preservação do patrimônio (324/01, 427/01, 150/03 e 310/04) , aprovou, por unanimidade, o substitutivo do deputado José Fernando Aparecido de Oliveira (PV-MG). O parecer destina à preservação do patrimônio cultural brasileiro 2% dos impostos federais, 1,5% dos impostos estaduais e distritais e 1% da arrecadação com impostos municipais. Segundo o presidente da comissão especial, deputado Marcelo Almeida (PMDB-PR), atualmente, o orçamento da cultura representa 0,5% das receitas federais, o que equivale a cerca de R$ 1,3 bilhão. Se esse percentual subir para 2%, a União será obrigada a destinar cerca de R$ 5,3 bilhões para o setor.
Cultura nacional
O texto aprovado incluiu uma sugestão do deputado Zezéu Ribeiro (PT-BA) para substituir na PEC o termo cultura nacional por apenas cultura. "Temos que nos prevenir dos burocratas. Depois eles poderiam falar que a PEC não serve para a promoção de concertos de música clássica porque não se trata de cultura nacional", explicou. Após a aprovação, os deputados Magela (PT-DF) e Paulo Rocha (PT-PA) prometeram trabalhar para que a PEC não fique parada no plenário por causa de pressões da área econômica do governo. Marcelo Almeida considerou a aprovação histórica. "Cultura é uma questão de soberania nacional. E hoje é um dia de grandes conquistas para a cultura do País, com a aprovação dessa PEC e do Plano Nacional de Cultura. O plano foi aprovado pela Comissão de Educação e Cultura. A deputada Maria do Rosário (PT-RS) comemorou a aprovação, comparando a importância da cultura e da educação. "Se a educação é o corpo de uma sociedade, a cultura é a alma dela. Não se pode viver sem nenhuma delas".