Recife ganha festival de música barroca

Foto: Divulgação

 A capital pernambucana passa a ser privilegiada com um festival de música barroca. O local, o mais propício possível para remeter à época, a Capela Dourada da ordem Terceira de São Francisco, construída no estilo barroco e localizada no centro do Recife (rua do Imperador, s/n. Fone: (81) 3224.0530/0994). No entanto, para apreciar a primeira edição do Festival de Música Barroca do Recife não é preciso estar vestido como lords ou ladyes, apenas apreciar a boa arte. O I Festival de Música Barroca começa nesta terça-feira (3), traz em sua grade os principais representantes do gênero em Pernambuco e é promovido pelo Departamento de Música da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O evento segue até a sexta-feira (6), com início sempre às 19h e a entrada é gratuita.

  O diretor artístico do Festival é o maestro carioca Sérgio Dias, que é regente titular da Orquestra de Câmera da UFPE e entre as atrações do evento estão os grupos Ensemble Sonoro Ofício, Ensemble Vocal Gárgula e a cravista Luciana Câmara. No repertório, obras de Antônio Vivaldi, François Couperin, Girolamo Frescobaldi e Dietrich Buxtehude, além do pernambucano Luiz Álvares Pinto, mestre da Capela da Sé de Olinda e Recife na segunda metade do XVIII.

 Como a capela só comporta 100 pessoas,  as senhas serão distribuídas a partir das 8h, nos dias de cada concerto, até cinco minutos antes do início de cada peça. A distribuição está sendo feita na entrada do Museu de Arte Sacra da Ordem Terceira de São Francisco do Recife, ao lado da Capela Dourada.

“Pensando nas artes plásticas e na literatura do Barroco,

 podemos esperar de sua música as mais ricas complexidades

 polifônicas e a expressão de uma religiosidade mística. 

Mas então os fatos nos decepcionam totalmente. 

O gênero predominante do século XVII não tem nada que ver com religiosidade mística:

 é a ópera. E em vez das complicações polifônicas, espera-nos canto do solista,

 a homofonia, a ária.” (Carpeux)