segunda-feira, setembro 02, 2013

Mamam reabre nesta próxima quarta-feira (03)

Foto: Divulgação Acervo Mamam
 O Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (Mamam) reabre as portas nesta quarta-feira, 4 de setembro, às 19h. Para a reabertura do espaço expositivo e a retomada das ações educativas do museu, serão apresentadas as mostras Recorte Mamam 2013, que exibirá obras de 25 artistas brasileiros, dando destaque às novas aquisições do Museu, e a exposição Só Lâmina, do artista plástico Nuno Ramos.

 A mostra Recorte Mamam 2013, que fica aberta para visitação durante seis meses, inaugura o salão térreo do museu como espaço para longas exposições do acervo, trazendo obras inéditas de artistas contemporâneos pernambucanos como Braz Marinho, Juliana Notari, Jeims Duarte, Márcio Almeida, Bruno Vilela, Renato Valle, Izidório Cavalcanti, Killian Glasner e Rodrigo Braga. De acordo com a diretora do Mamam, Beth da Matta, o acervo ganhará destaque com a nova dinâmica de exibições:“Anteriormente só fazíamos exposições do acervo de curta duração, a partir de agora haverá sempre uma mostra da coleção do Mamam, que será repensada a cada seis meses”.
 A mostra terá também três site específicos criados especialmente para o Museu de Arte Moderna do Recife: Panacea Phantastica, de Adriana Varejão (2003), Escalpo Pernambucano, de Dora Longo Baía (2006), e Clube Internacional do Recife, de Lúcia Koch (2006). As duas primeiras se tratam de obras instaladas diretamente na parede do museu, e a de Lúcia no espaço da clarabóia. São trabalhos que se fossem desmontados seriam destruídos - ou ao menos não se adequariam à outro espaço, e por conta dessa particularidade não ficam guardadas na reserva técnica da instituição. Quando as artistas doaram os trabalhos ao acervo do museu, foi necessário guardá-los sob uma parede falsa, que é retirada para revelá-los a cada vez que se deseja reexpor.

 Nuno Ramos– O segundo andar do Mamam receberá a exposição Só Lâmina, que congrega três trabalhos de Nuno Ramos: Só Lâmina, de desenhos, Luz Negra, vídeo-áudio, e Carolina, uma instalação. A mostra, realizada em parceria com o SESC, exemplifica uma dimensão importante e significativa da extensa obra do artista. Nuno se configura como um artista da experimentação, na qual a ausência de regras é menos um desafio às normas.
 Só Lâmina faz parte da intensa pesquisa que Nuno, desde os anos 80, vem desenvolvendo a respeito das possibilidades que existem para a superfície bidimensional da tela. Para ele, não há quase distinção entre pintura e desenho; ambos estão sujeitos a mesma dinâmica que mobiliza diferentes formas, materiais, texturas, necessariamente de qualidades e propriedades diversas e contrastantes. O seu volúvel raciocínio plástico é estimulado por oposições, confrontos, antagonismos, tudo que é heterogêneo atrai para si. Daí o aspecto tumultuado e instável de suas obras, sempre provocando e desestabilizando o olhar conformista.
 A série de onze desenhos de Só Lâmina, criada especialmente para o SESC, traz encravada a poesia de João Cabral de Melo Neto. Nuno mais uma vez, como já tinha feito com Drummond e Bandeira, reconhece a forte atração que sente pelo literário e o modo como este empolga sua imaginação plástica e aqui utiliza literalmente da faca poética de Uma Faca Só Lâmina, de João Cabral. 
 A mostra Só Lâmina fica em cartaz até 20 de outubro.

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