quarta-feira, março 31, 2010

Globo divulgou esclarecimentos sobre afirmações
feitas no Big Brother

Se por um lado não deverá indenizar por ter veiculado imagens de pessoa roncando, a maior emissora do país foi obrigada a exibir esclarecimento à população sobre as formas de contágio do vírus da Aids, definidas pelo Ministério da Saúde, durante a exibição da 10ª edição do programa Big Brother Brasil. A determinação foi do juiz Paulo Cezar Neves Junior, da 3ª Vara Civil Federal de São Paulo. A Globo cumpriu a decisão judicial durante exibição do "reality show".

O participante Marcelo Dourado disse, no dia 2 de fevereiro, que um homem portador do vírus da Aids em algum momento teve relação com outro homem. Dourado afirmou ainda que hetero não pega Aids, que obteve a informação com médicos e concluiu: Um homem transmite para outro homem, mas uma mulher não passa para o homem. As declarações foram exibidas pela Globo no dia 9 de fevereiro.
Ao conceder o pedido do MPF, o juiz decidiu que o tempo mínimo fosse o mesmo usado para veicular as informações erradas. Ele fixara multa, para o caso de descumprimento, no valor de R$ 1 milhão.
Para o magistrado, "há que se considerar, ainda, a condição de verdadeiras celebridades a que são alçados os participantes dos chamados reality shows, sendo, por isso, de grande peso suas declarações sobre boa parte da sociedade." Ademais, as declarações de Dourado "não correspondem à realidade".
Para o procurador regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo, Jefferson Aparecido Dias, ao optar pela exibição desta fala do participante, a emissora acabou prestando um desserviço para a prevenção da Aids no Brasil.
Dias questionou a Globo sobre o episódio e a emissora respondeu que o BBB não conta com um roteiro, sendo espontâneas as manifestações de seus participantes e que qualquer manifestação preconceituosa ou equivocada (…) não reflete o posicionamento da TV Globo sobre o tema".
Durante uma das transmissões do Big Brother, a emissora transmitiu os esclarecimentos reclamados pelo MPF e ordenados pelo Judiciário. Pelo que se viu - texto escrito corrido e narração rápida -, na sua própria programação normal, ao longo dos tempos, a emissora já brindou o público com informações dadas de modo muito mais didático do que as de ontem, sem que para isso tivesse sido necessária uma determinação judicial.

terça-feira, março 23, 2010


Pernambuco terá Câmara Temática de Regionalização do Turismo



Empresários, realizadores e gestores públicos vão ganhar uma nova ferramenta para discutir as ações de regionalização do turismo. Na próxima quinta-feira (25/03), às 10h, será instalada em Pernambuco a Câmara Temática de Regionalização do setor, no Centro de Treinamento do Sebrae da Ilha do Retiro. A composição da diretoria respeita os critérios das rotas 11 turísticas estaduais e por isto a mesa diretora será formada por 22 integrantes - sendo 11 de órgãos públicos e 11 da iniciativa privada. A composição deste novo fórum de debates é uma indicação do Ministério do Turismo (MTur), para que as ações de interiorização sejam articuladas nacionalmente. A primeira reunião será comandada pela Coordenadora de Regionalização do MTur, Ana Clévia Guerreiro.
A Câmara terá função consultiva, para discutir e avaliar todos os projetos de estruturação e qualificação do Estado a partir deste ano. No entanto, as ações que já estiverem em curso, ou em processo de licitação, não serão interrompidas.
“Além de fomentar os debates, democratizando a adoção das políticas públicas, com a instalação da Câmara teremos mais facilidade para dialogar com o Governo Federal. Isto é importante porque poderemos ampliar nosso leque de ações e alinhar nossas políticas públicas com o Governo Federal”, explicou a Diretora de Estruturação da Empetur, Ceci Amorim.


Serviço
Pauta: Instalação da Câmara Temática de Regionalização do Turismo
Horário: 10h
Local: Centro de Treinamento do Sebrae da Ilha do Retiro

segunda-feira, março 22, 2010


TV Pernambuco discute TV Pública com sociedade
 

O Grupo de Trabalho instituído pelo Detelpe que estuda a reformulação da TV Pernambuco convida a sociedade a debater sobre a missão de uma emissora pública de comunicação nesta terça-feira, dia 23 de março, a partir das 14h30 no auditório do Porto Digital, na Rua do Apolo, 181, no Recife Antigo. O encontro “Pra que serve uma TV Pública?” é o primeiro de uma série de três eventos preparatórios para o seminário de apresentação da proposta do GT, que será baseada nas discussões com produtores independentes, artistas e integrantes da sociedade civil.
Para nortear os debates, foram convidados o jornalista Jonas Valente, integrante do Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social – e a radialista Indira Amaral, Diretora Presidente da Fundação Aperipê, órgão gestor das emissoras Aperipê TV, além de rádios AM e FM em Sergipe. Jonas é co-autor do livro “Sistemas Públicos de Comunicação no Mundo”, enquanto Indira faz parte da diretoria da Associação Brasileira das Emissoras Públicas, Educativas e Culturais (Abepec).
O diretor-presidente do Detelpe/TV Pernambuco Roger de Renor reitera a importância da ampla participação da sociedade, mas ressalta o objetivo deste primeiro encontro. “Não é hora de sugerir novos programas. Antes disso precisamos definir juntos o que é que vai fazer com que nossa emissora seja realmente pública. O que é que faz com que ela seja diferente das outras? É pra responder essas questões que estamos convidando esse encontro”.
Após o I encontro, serão realizados outros dois. Um sobre gestão e outro sobre novas tecnologias. Todas as discussões serão sistematizadas e agregadas às propostas do Grupo de Trabalho para  reformulação da TV Pernambuco.



Vamos participar!!!

Adriano Araújo

sábado, março 20, 2010

Anatel proíbe cobrança de desbloqueio

 

A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) decidiu que o desbloqueio de celular é direito dos clientes e poderá ser feito a qualquer momento, sem cobrança de multa. A medida permite que um aparelho obtido de forma subsidiada de uma operadora seja liberado para uso com chip de outra empresa. Segundo a decisão da Anatel, o desbloqueio não caracteriza desistência do contrato. Assim, clientes de celulares pós-pagos comprados de forma subsidiada têm direito à liberação imediata, mas deverão continuar a usar os serviços da operadora por até 12 meses. (Folha de S. Paulo) 

                                                                        Fonte: Associação do Ministério Público de Minas Gerais 

sexta-feira, março 19, 2010

Prioridade da II Conferência Nacional de Cultura, Plano Nacional de Cultura é aprovado na Câmara dos Deputados

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCCJ), da Câmara dos Deputados, aprovou na tarde desta terça-feira, 16 de março, o Projeto de Lei nº 6.835/2006, que aprova o Plano Nacional de Cultura (PNC). O texto prevê diretrizes, objetivos e ações na área da Cultura para a União, os estados e os municípios, tornando a política cultural uma política de Estado. Essa é a primeira vez que o país consolida um planejamento de médio e longo prazo para esse setor. São dez anos, no total, com revisão a cada quatro. A aprovação é definitiva na Casa legislativa e a proposta vai, agora, para o Senado Federal.
Conheça as cinco diretrizes do Plano Nacional de Cultura:
1. Fortalecer a ação do estado no planejamento e na execução das políticas culturais, intensificar o planejamento de programas e ações voltadas ao campo cultural e consolidar a execução de políticas públicas para cultura;
2. Reconhecer e valorizar a diversidade e proteger e promover as artes e expressões culturais;
3. Universalizar o acesso dos brasileiros à arte e à cultura, qualificar ambientes e equipamentos culturais e permitir aos criadores o acesso às condições e meios de produção cultural;
4. Ampliar a participação da cultura no desenvolvimento socioeconômico sustentável, promover as condições necessárias para a consolidação da economia da cultura e induzir estratégias de sustentabilidade nos processos culturais; e
5. Estimular a organização de instâncias consultivas, construir mecanismos de participação da sociedade civil e ampliar o diálogo com os agentes culturais e criadores.
A aprovação do Plano Nacional de Cultura foi um das 32 prioridades da II Conferência Nacional de Cultura (II CNC), finalizada no domingo, 14 de março, em Brasília. Desde suas etapas preparatórias, o evento reuniu mais de 220 mil representantes de todo o país para elaborarem estratégias para a política cultural brasileira.
O texto do relator, deputado Emiliano José (PT-BA), passou em votação unânime da CCJC. Agora, depois do prazo regimental de cinco dias para recurso, segue para tramitação no Senado Federal, sem passar pelo plenário da Câmara dos Deputados. Se aprovado nas Comissões de Educação e Cultura e de Constituição, Justiça e Cidadania, segue direto para a sanção presidencial.
Logo após o final da sessão, o deputado Emiliano José declarou que esse é um ganho para os produtores, para os criadores, mas principalmente para o povo brasileiro. “Aqui, fazemos a política cultural ganhar corpo e financiamento efetivos”, disse.
Desdobramentos
Depois que o PNC entrar em vigor, estados e municípios poderão aderir ao Plano, comprometendo-se, assim, a elaborar seus planos locais. Para isso, contarão com apoio técnico e financeiro do Ministério da Cultura.
Maurício Dantas e deputado Emiliano José
Maurício Dantas e deputado Emiliano José
“Com isso, iniciaremos uma nova etapa na política cultural brasileira, que é a responsabilização de todos os entes federativos e a participação concreta da sociedade. Outras políticas, como saúde e mais recentemente a assistência social, têm nos mostrado que, só quando ações e metas são compartilhadas, temos bons resultados”, afirma o coordenador-geral de Acompanhamento da Política Cultural do MinC, Maurício Dantas.
Um próximo passo será a criação do Sistema Nacional de Cultura (SNC), que estabelecerá mecanismos de gestão compartilhada entre os entes federados e a sociedade civil. A Proposta de Emenda Constitucional que institui o Sistema, a PEC 416/2005, também está em tramitação na Câmara dos Deputados.
No que diz respeito a financiamento, o Fundo Nacional da Cultura (FNC) será a principal fonte de recursos. O repasse para estados deverá ser feito, preferencialmente, para os fundos estaduais.
O texto aprovado nesta terça-feira na Câmara dos Deputados é resultado de um esforço da Comissão de Educação e Cultura e do Ministério da Cultura em ouvir a população. Ao longo de 2008, foram realizados 27 seminários nos estados e no Distrito Federal, com caráter de audiência pública, para aprimoramento do texto original do deputado Gilmar Machado (PT-MG). Participaram dos encontros mais de cinco mil pessoas.
Saiba mais sobre o Plano Nacional de Cultura: blogs.cultura.gov.br/pnc.
Leia, também, a seguinte notícia: Câmara aprova Plano Nacional de Cultura (Agência Câmara).



Fonte: Ascom SPC/MinC
Fotos: Rafael de Oliveira (Comunicação Social/MinC)

quinta-feira, março 18, 2010

JCPM apresenta projeto do maior shopping do Nordeste no Recife

 
O projeto do RioMaR Shopping prevê 476 lojas, das quais 18 âncoras e sete mega lojas. Clique na imagem para ver o projeto
O projeto do RioMaR Shopping prevê 476 lojas, das quais 18 âncoras e sete mega lojas. Clique na imagem para ver o projeto
Ilustração: Divulgação
ATUALIZADA ÀS 13H20

O empresário João Carlos Paes Mendonça apresentou, na manhã desta quinta-feira (18), ao prefeito do Recife, João da Costa, e secretariado o projeto do maior centro de compras do Norte/Nordeste, que deverá ser construído no bairro do Pina, Zona Sul da cidade, na antiga Fábrica da Bacardi. O investimento no mega empreendimento, que inclui o RioMaR Shopping e três torres empresariais, é de R$ 500 milhões. O projeto já está em tramitação na Prefeitura do Recife e João da Costa afirmou que tem seu apoio, devido à importância para a cidade.
"É um projeto diferenciado e será tratado assim, mas sem atropelar as regras. Com certeza, o resultado da tramitação sai ainda este ano", garantiu o prefeito. Em contrapartida, João Carlos Paes Mendonça afirmou que, uma vez aprovada, a construção começa em um prazo de 60 dias. A previsão é de que as obras durem 24 meses, com inauguração em meados de novembro de 2012.  
CONFIRA
» Apresentação do projeto [.pdf]
» Veja a área do empreendimento [+foto]

Numa área total de 202.710 metros quadrados, o projeto do centro de compras prevê 476 lojas, das quais 18 âncoras e sete mega lojas, 11 restaurantes, além de praça de alimentação, 14 salas de cinema, teatro com cerca de 500 lugares e estacionamento com 6.050 vagas. A área total construída, com cinco pisos, terá 260 mil metros quadrados. O nome RioMar é uma referência à localização, entre o rio e o mar.

As três torres empresarais, em área privativa de 42.147 metros quadrados, contarão com 1.900 vagas de estacionamento. "O RioMaR Shopping é a realização de um grande sonho de dotar o Recife de um dos maiores e mais modernos centros de compra do País", confessou Paes Mendonça. A construção do empreendimento tem assinatura do grupo Andrade Mendonça.

Para o prefeito João da Costa, obras como a apresentada hoje mostram a importância de projetos como a Via Mangue, que tem previsão para sair do papel até 2013. "É compatível com as obras de mobilidade propostas para a Zona Sul", destacou.
A implantação da parte viária da Via Mangue compreende cerca de cinco quilômetros e será feita em três etapas. A primeira será entre a Rua Antônio Falcão, em Boa Viagem, e o Parque dos Manguezais, com dois quilômetros. A segunda será até a Ponte Paulo Guerra, no Pina. E a terceira compreende a construção de dois elevados ligando a Rua Antônio Falcão às margens dos Canais de Setúbal e Jordão, além da alça alargando o Viaduto Capitão Temudo e ligando a Ponte Paulo Guerra à futura via.

Questionado se a Zona Sul da cidade comporta mais um centro de compras, João Carlos afirmou que "mercado é como coração de mãe, sempre cabe mais um". E acrescentou: "Não somos amadores. Com profissionalismo e credibilidade, qualquer empreendimento dá certo."

SUSTENTABILIDADE -  Uma das preocupação do grupo JCPM foi com a questão ambiental, por isso o projeto terá 40 mil metros quadrados de área verde, com plantação no local de espécies nativas.

Dentro do conceito de sustentabilidade, o RioMar Shopping vai utilizar a água da chuva, que será armazenada e filtrada para o sistema de cargas de sanitários. Outra fonte de redução de consumo será o esgoto a vácuo, que reduzirá em 90% a necessidade de água para descargas e eliminará, na mesma proporção, o impacto de esgotamento sanitário da capital, com uma economia mensal de mais de 6 milhões de litros.

O RioMar terá cobertura de vidro, que permite o aproveitamento de 100% da iluminação natural. A redução de custos de energia elétrica chega a até 70%, entre as 10h e 17h.

RESPONSABILIDADE SOCIAL - Desde a construção do empresarial JCPM Trade Center (2006), também no Pina, que o grupo vem realizando projetos sociais na área de Brasília Teimosa. Com o novo empreendimento, a ideia é que essa ação seja ampliada, com uma área reservada de mil metros quadrados para o funcionamento do Instituto JCPM de Compromisso Social, que pretende alcançar dois mil estudantes. "Já trabalhamos com jovens com idades entre 16 e 24 anos, mas sabemos que há necessidade de começar mais cedo. Queremos alcançá-los a partir dos 12 anos", disse o empresário João Carlos.

O empreendimento vai gerar dois mil empregos durante a obra e sete mil diretos quando estiver em funcionamento. A previsão é de gerar, anualmente, R$ 150 milhões de impostos federais, estaduais e municipais, após a inauguração.

PARTICIPAÇÃO - O Grupo JCPM tem participação nos shoppings Recife, Tacaruna, Guararapes e Plaza, no Grande Recife; Shopping Jardins e RioMaR, em Aracaju (SE); Salvador Shopping, na Bahia; Shoppins Villa-Lobos, em São Paulo; e outros dois centros de compra em construção: Granja Vianna, na cidade de Cotia (SP), previsto para inaugurar em 2011, e o Salvador Norte Shopping, na Bahia, cuja inauguração será no segundo semestre de 2010.

Na época da inauguração do Salvador Shopping, os pernambucanos ficaram sem entender por que o Recife não foi escolhido para abrigar um empreendimento daquele porte. Hoje, durante a apresentação do seu RioMaR, o empresário disse que o troco foi dado. "Este é o shopping dos meus sonhos. Iremos construir nesta cidade o maior centro de compras do Norte e Nordeste, um dos maiores do Brasil."

Fonte: JC Online

terça-feira, março 09, 2010


Teatro propõe transformação de espaços públicos em equipamentos culturais

Terminaram nesta terça-feira, 9 de março, as atividades da Pré-Conferência Setorial de Teatro, em que foram apresentadas as cinco propostas prioritárias para votação durante a II Conferência Nacional de Cultura, a partir da próxima quinta-feira (11). Também foram eleitos os delegados que participarão da etapa nacional. As propostas contemplam diferentes demandas do setor teatral, como a ampliação de cursos de formação, a difusão de bens culturais nos equipamentos culturais, a revisão do Procultura e um mapeamento do setor. As propostas estão resumidas a seguir:
1) Criação e fortalecimento de cursos de formação na área das Artes Cênicas, em diferentes níveis, incluindo o apoio à pesquisa científica e observando as especificidades de cada região do país;
2) Transformação de espaços públicos (inclusive os ociosos) em equipamentos culturais, requalificando áreas urbanas e produzindo marcos legais nacionais para plena utilização de espaços públicos abertos;
3) Criação de políticas públicas permanentes de intercâmbio, fomento e circulação da produção teatral através de mecanismos de incentivo, como editais com critérios que valorizem aspectos identitários de cada localidade e o Programa Teatro Mais Cultura, para a disponibilização de kit básico de equipamentos;
4) Apresentação de emendas ao Projeto de Lei nº 6722/2010, que institui o Procultura, incluindo a implementação de programas setoriais de artes e garantindo que o Fundo Nacional de Cultura nunca receba menos recursos do que aqueles disponibilizados para renúncia fiscal, entre outras alterações;
5) Produção, em caráter de urgência, do mapeamento do teatro brasileiro, em toda a sua diversidade cultural e em todos os elos da sua cadeia produtiva, criando uma plataforma virtual para registro e divulgação da história da produção teatral nacional.
Também foi apresentada moção de apoio à Conferência Nacional de Comunicação, e a “Carta de Brasília”, que pede ao ministro da Cultura, Juca Ferreira, e ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que “realizem os efetivos esforços no sentido de garantir junto aos parlamentares a votação em caráter de urgência” das principais pautas da Cultura no Congresso, como a PEC 150/03 e o Vale Cultura.
Os delegados eleitos para representar o setor na II CNC foram:
TitularesMarcelo Josio Bezerra de Souza (TO) e Paulo Ricardo Silva do Nascimento (PA)
Norte
NordesteMariangela Borba (PE) e Edilson Bispo do Santos (BA)
Centro-OesteAntônio Delgado Filho (GO) e Vitor Hugo Samudio Delasierra Britez (MS)
SudesteRosa Rasuck (ES) e Thiago Reis Vasconcelos (SP)

Sul
Silvio Arlindo Borges (SC) e Marcio Silveira dos Santos (RS)
SUPLENTES

Norte
Claudio Augusto Lobo da Silva (AP)

Nordeste
Nelson Rubens Albuquerque de Araújo (CE) e Rodrigo César Souza de Macedo (RN)

Centro-Oeste
Maria Neves Garcia (DF) e Guilherme Alves Carvalho (DF)

Sudeste
Richard Riguetti (RJ) e Leonardo Lessa (MG)

Sul
Claudia Schulz (RS) e Joaquim Rodrigues da Costa (PR)

sábado, março 06, 2010

A pastoral imobiliária




É coisa de doido. Ou esperteza
Por Juracy Andrade, no JC de hoje



O último capítulo da "pastoral imobiliária" do antecessor de dom Fernando Saburido ainda vai dar muito o que falar. E a vontade da sociedade vai se impor sobre interesses miúdos e sobre consequências desastrosas de uma administração plena de rombos financeiros. É inadmissível transformar em mais uma catedral de vendas uma área tombada, o terreno onde funciona o Hospital Ulysses Pernambucano, que se estende pela Tamarineira entre as Avenidas Rosa e Silva e Norte - Miguel Arraes e é um patrimônio recifense de preservação do pouco verde que nos resta, e também da memória do grande psiquiatra que iniciou aqui o ensino da psicologia e o tratamento de psicopatas. É coisa de doido. Ou esperteza...






Já se pronunciaram contrários à alienação personalidades qualificadas. E, na última terça, neste jornal, Joca Souza Leão, que já havia alertado para a possibilidade de a Santa Casa (que casa pecadora!), cuja posse do terreno é contestada com sérios fundamentos, teimar em negociar o que não é dela, voltou com artigo bem baseado. Para ele, o negócio em foco é uma vingança de dom Cardoso contra o recifense, que adorava dom Helder e não engoliu seu substituto.






Dom Fernando Saburido herdou um ouriçado abacaxi para descascar. A arquidiocese de Olinda e Recife foi espiritualmente desmontada durante um quarto de século e seu patrimônio manipulado incompetentemente. Um dos primeiros atos daquele que é conhecido em Caruaru como dom Dedé Cabeção foi escantear, sem uma vírgula de agradecimento, uma comissão de alto nível nomeada por dom Helder para fiscalizar e controlar os atos do interventor nomeado para a Santa Casa (tantos eram os desmandos que foi preciso uma intervenção). Integravam a comissão nomes sérios e respeitados pela sociedade, como Lauro Oliveira, Pelópidas Silveira e outros.






Cerca de um ano antes de favorecer com sua ausência, dom Dedé encenou uma intervenção na Santa Casa (uma intervenção na intervenção?!), prometendo divulgar resultados logo. Cadê? Nem ele nem o interventor supostamente afastado responderão por seus atos? Dom Fernando não pode desautorizar seu antecessor, o qual está protegido pelo direito canônico e pela "infalibilidade" de quem o nomeou. Resolveu tratar o caso com a transparência possível, mas está amarrado a essa pedra.






Antes de finalizar, quero dizer ao amigo José Adalberto Ribeiro, que criticou minha "falta de independência" por não falar da morte de um prisioneiro político em Cuba, que já tem gente demais falando mal do país, geralmente gente que acompanha os Estados Unidos na bênção a qualquer estripulia "democrática e liberal". Quem sou eu para cobrar "independência" de nenhum colega? Conheço os condicionamentos da imprensa, e também não sou bedel nem juiz. O importante é que a fala ou o silêncio não sejam pagos com o ouro de Moscou (que secou) ou de Washington.






P.S. – Dia 15 deste às 19h, vai ser lançado, na igreja das Fronteiras, o livro Vivos para sempre, sobre a vida de São Vicente de Paulo e de Santa Luiza de Marrillac. *** Na próxima sexta-feira, dia 12, a partir das 19h, serenata dos Papudinhos de Casa Caiada, no Barzinho Girassol, orla pertinho do Quatro Rodas, com Humberto Barradas. O diretor-presidente do Girassol, Bejinha, está num pé e noutro. *** O Museu de Arte Contemporânea de Olinda inaugura amanhã, Dia Internacional da Mulher, às 19h, uma exposição de fotografias de Marcus Prado, Mulheres da vida, com palestras e outras atrações. O tema é a mulher na literatura brasileira e pernambucana.






» Juracy Andrade é jornalista



terça-feira, março 02, 2010

segunda-feira, março 01, 2010

   

O Espaço Cultural João Teimoso traz de volta toda a sensualidade da Dança do Ventre com aulas duas vezes por semana (terças e quintas) das 19h30 às 21h. A instrução fica ao cargo da professora e coreógrafa Mitchel Izafer e o Espaço Cultural João Teimoso tem sua sede na Rua do Aragão, 27 - sala 04 - Boa Vista (por cima da loja ELEGANCE Móveis). A mensalidade custa R$ 50,00 e o curso é destinado a todas as idades. Descubra força daa magia existente em você! 
Maiores Informações pelo telefone (81) 8897-1513 ou através do e-mail agenciadetalentosdepe@gmail.com




quinta-feira, fevereiro 25, 2010

Inflação pode levar Banco Central a antecipar
alta de juros
O mercado começa a reavaliar as expectativas de fechamento do IPCA para 2010 e é cada vez maior a chance de o Banco Central antecipar de abril para março o início de um novo ciclo de alta da taxa básica de juros. Pressões não apenas sazonais impulsionam o IPCA, que deve subir 1,8% no primeiro trimestre do ano. Nossa projeção para o indicador, ao término de 2010, está mantida para 5,2%.

O comportamento do câmbio também tem chamado a atenção, e a depreciação moderada do real deve prosseguir, entre outros motivos, por conta da continuidade de valorização do dólar no mercado global. Ainda que os mercados externos tenham apresentado alguns temores e promovido correções, a tendência é de permanência do crescimento mundial para 2010.
Inflação
O IPCA continua em elevação e deve fechar o primeiro trimestre do ano em alta de 1,8%, resultado de pressões não apenas sazonais. A projeção para encerrar 2010 em 5,2% está mantida.
Juros
Após manter a Selic em 8,75%, em janeiro, o Banco Central pode antecipar o processo de alta dos juros. Por enquanto, o cenário básico contempla a manutenção da taxa até abril, mas, se a inflação prosseguir acima das expectativas, a autoridade monetária pode atuar em março.
Câmbio
A depreciação moderada do real tende a continuar como consequência do processo global de valorização do dólar, além da piora no Brasil do deficit em conta corrente e da disposição do Tesouro em intervir no mercado cambial.

quarta-feira, fevereiro 24, 2010

Emissão de boleto bancário: cobrança de tarifa é abusiva
Bancos não podem cobrar tarifa para receber boleto bancário em suas agências



A cobrança de tarifa pela emissão de boleto bancário ou ficha de compensação é abusiva e constitui vantagem exagerada dos bancos em detrimento dos consumidores. Com esse entendimento, a Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou recurso interposto pelo ABN Amro Real S/A e o Banco do Nordeste do Brasil S/A contra acórdão do Tribunal de Justiça do Maranhão.



Acompanhando o voto do relator, ministro Luis Felipe Salomão, a Turma reiterou que, como os serviços prestados pelo banco são remunerados pela tarifa interbancária, a cobrança de tarifa dos consumidores pelo pagamento mediante boleto ou ficha de compensação constitui enriquecimento sem causa por parte das instituições financeira, pois há dupla remuneração pelo mesmo serviço, importando em vantagem exagerada dos bancos em detrimento dos consumidores, conforme dispõe os artigos 39, inciso V, e 51, parágrafo 1º, incisos I e III, do Código de Defesa do Consumidor (CDC)



No caso julgado, o Ministério Público do Maranhão ajuizou ação civil pública contra vários bancos que insistiam em cobrar indevidamente tarifa pelo recebimento de boletos e fichas de compensação em suas agências. Para o MP, a ilegalidade de tal prática já foi reconhecida pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), por conta da existência de tarifa interbancária instituída exclusivamente para remunerar o banco recebedor.



Em primeira instância, os bancos foram proibidos de realizar tal cobrança sob pena de multa diária de R$ 500,00 por cada cobrança, em favor de fundo público a ser indicado pelo Ministério Público. A sentença foi mantida pelo Tribunal de Justiça estadual.



Os bancos recorreram ao STJ sustentando, entre outros pontos, que a cobrança de tarifa sob a emissão de boleto bancário é legal, e que o Ministério Público não tem legitimidade para propor tal ação, já que os alegados direitos dos clientes não são difusos, coletivos e, tampouco, individuais homogêneos.



Em seu voto, o ministro ressaltou que cabe ao consumidor apenas o pagamento da prestação que assumiu junto ao seu credor, não sendo razoável que ele seja responsabilizado pela remuneração de serviço com o qual não se obrigou, nem tampouco contratou, mas que é imposto como condição para quitar a fatura recebida. Para ele, tal procedimento gera um desequilíbrio entre as partes, pois não é fornecido ao consumidor outro meio para o pagamento de suas obrigações.



Segundo o relator, a legitimidade do Ministério Público é indiscutível, pois a referida ação busca a proteção dos direitos individuais homogêneos e a defesa do consumidor, conforme prevêem os artigos 127 da Constituição Federal e 21 da Lei n. 7.327/85. Ao rejeitar o recurso dos bancos, a Turma manteve a multa diária pelo descumprimento da obrigação de não fazer em favor de fundo público, uma vez que não é possível determinar a quantidade de consumidores lesados pela cobrança indevida da tarifa.



Processo: REsp 794752



FONTE: STJ



Nota - Equipe Técnica ADV: Para maior esclarecimento do assunto, o credor do consumidor (fornecedor/cedente) contrata o serviço da instituição bancária (fornecedor) para que esta faça a cobrança da dívida ao consumidor (cliente/devedor).



Sendo assim, o consumidor está sendo cobrado por uma taxa que deveria ser paga pelo seu credor/cedente ao banco, que como fornecedor não pode repassar os custos e/ou riscos do negócio para o cliente, contrariando as normas inasfastáveis do CDC, que considera a prática de cobrança de taxa para emissão de boleto bancário abusiva, ilegal e imoral, ainda que esteja prevista em contrato.



A validade da cobrança ao cliente da taxa de emissão de boleto bancário não é matéria nova e tornou-se mais polêmica a partir da Resolução nº 3.693/09 do Banco Central que proibiu os bancos e as instituições financeiras de efetuarem a cobrança da taxa, sem que haja expressa disposição contratual.



Segundo entendimento do renomado jurista Ives Gandra Martins há atualmente conflito de legislações, mais precisamente entre as normas do CDC e a Resolução nº 3.693/09 do BACEN, que de certa forma, desestabiliza a solução da questão proposta.

quarta-feira, fevereiro 17, 2010

Antônio Campos

 
O Brasil experimenta o melhor momento de toda sua história quanto à estabilidade econômica e há uma feliz perspectiva de crescimento. O país não só resolveu a dívida externa, acumulada desde que era colônia de Portugal, como passou a ser credor do Fundo Monetário Internacional (FMI). Vem obtendo fechamentos cada vez mais positivos em sua balança comercial. Tem recebido fortes investimentos de companhias estrangeiras, que apostam com vigor no mercado nacional. Descobriu uma extensa camada de óleo sob suas águas (pré-sal) e até recebeu a concessão para sediar sua segunda Copa do Mundo de futebol e a primeira Olimpíada a ser realizada no continente sul-americano, que acontecerá no Rio de Janeiro.


Além disso, atravessou uma das mais violentas crises econômicas globais de todos os tempos e saiu quase ileso. Por isso mesmo, o Fórum Econômico Mundial escolheu o presidente Lula como o primeiro vencedor do recém-criado Prêmio Estadista Global, pela condução da economia brasileira durante a crise financeira mundial. Antes mesmo desse Fórum, economistas de vários países já previam que o Brasil será a quinta maior economia do planeta até 2020. Todos esses fatos são extraordinários. Contudo, as relações internacionais do Brasil precisam ser vistas não apenas sob o prisma dos entendimentos político-econômicos. É necessário se pensar e desenvolver de forma mais eficaz a nossa diplomacia cultural, o nosso diálogo com as culturas dos outros países.


A atividade mercantil e os negócios financeiros promovem o contato entre as pessoas, mas nada melhor que a cultura para fortalecer as raízes do processo de integração entre as sociedades. As desconfianças e rivalidades atenuam-se rapidamente quando há um maior nível de conhecimento das especificidades do outro. Se atentarmos para isso, veremos que a difusão da história cultural dos povos influencia positivamente na maneira de pensar as relações entre os Estados. As representações das diversas culturas constituem-se em objetos históricos legítimos, portanto um maior intercâmbio das práticas e produções culturais precisa ser sempre promovido.


Infelizmente, a cultura ainda é considerada por muitos algo supérfluo, não é valorizada nem como um instrumento de aproximação das sociedades nem como facilitadora do avanço da integração mundial ou regional. No Mercosul, por exemplo, as questões culturais são muito pouco debatidas. Os ricos patrimônios culturais dos países integrantes permanecem ignorados e não são utilizados como instrumentos para a construção de vínculos de confiança e de cooperação entre seus povos. A ausência de uma política cultural dos países que o integram deixa claro quais são as prioridades: as de natureza comercial.


O aspecto cultural nas relações internacionais brasileiras pode e deve ser melhor cultivado. Precisamos promover iniciativas integradas aos países de todos os continentes para estimular um conhecimento mútuo e divulgar os principais aspectos da cultura brasileira, instaurando, assim, uma política cultural que vise à harmonia e ao congraçamento entre os povos, antes mesmo que qualquer comercialização do produto cultural. Uma significativa ação nesse sentido seria a implementação do Instituto Machado de Assis (IMA), instituição que deverá ficar ligada ao Ministério da Cultura (Minc). O instituto foi idealizado para formular e coordenar as políticas de promoção da língua portuguesa no Brasil e no mundo, induzindo e organizando pesquisas sobre o idioma, além de ser referência para o ensino e formação de professores e promover atividades científicas e culturais visando à divulgação da língua portuguesa e da cultura lusófona.


        O Português é o idioma usado por duzentas milhões de pessoas, constituindo-se no quinto mais falado do mundo. Cabe ao governo brasileiro estruturar o projeto de criação do IMA nos moldes da declaração conjunta entre Brasil e Portugal, por ocasião da VIII Cimeira Luso-Brasileira, realizada na cidade do Porto, em 2005, na qual ambos os países asseveram a importância da promoção da língua portuguesa em nível internacional. Servirão como referência para a contextualização e o início da constituição de uma entidade adequada à realidade brasileira instituições tradicionais e experientes nesse mesmo trabalho, a exemplo do Instituto Camões, Instituto Cervantes, Instituto Dante Alighieri e do British Council. O Instituto Machado de Assis deve contribuir ainda para o efetivo desempenho das práticas sociais da escrita e da leitura para todos os cidadãos brasileiros. É imperioso que em breve seja ‘tirado do papel’, contribuindo para iniciarmos uma nova diplomacia cultural no Brasil








© Jornal do Brasil, Idéias & Livros,  fevereiro de 2010

sexta-feira, janeiro 29, 2010

 

Taxista Amigo do Turista forma quase 500 motoristas

Quase 500 motoristas de táxi da Região Metropolitana recebem nesta segunda-feira (01/02) o certificado de conclusão do Programa Taxista Amigo do Turista. O evento será realizado no Clube Internacional, a partir das 19h30.
Os profissionais do volante assistiram a 10 horas/aula, distribuídas em cinco dias. Eles foram beneficiados com palestras de inglês instrumental, atendimento ao turista e marketing pessoal.
Participaram do Taxista Amigo do Turista motoristas que atendem ao público no Aeroporto Internacional dos Guararapes/Gilberto Freyre, Porto do Recife, TIP, Shopping Tacaruna e 16 hotéis da RMR.
Em 2009 o programa ampliou sua margem de atendimento, passando de 300 taxistas para 450 profissionais. A Setur investiu R$ 700 mil no Taxista Amigo do Turista.
Programa- Lançado pela secretaria de Turismo de Pernambuco em 2008, em parceria com o Recife Convention & Visitors Bureau, o programa teve como objetivo transformar os profissionais do volante em agentes promocionais do Turismo pernambucano.
Também fez parte da ação, além da veiculação de mensagens institucionais sobre as potencialidades turísticas do Estado, a adesivagem táxis, identificando assim o taxista qualificado. Foram contemplados os profissionais que mantém contato direto com os turistas de eventos no Aeroporto Internacional Guararapes/Gilberto Freyre, Terminal Integrado de Passageiros (TIP) e nos principais hotéis do Recife e de Jaboatão dos Guararapes.
O foco aos turistas de eventos é justificado pela constante ascensão do segmento em Pernambuco (já correspondente por quase metade do fluxo turístico do Estado), sendo o 4º maior mercado de eventos do País. Segundo pesquisa realizada pelo Recife Convention & Visitors Bureau, 55,1% dos turistas de eventos em Recife utilizam os serviços de táxi, durante seis dias. O taxista torna-se dessa forma um dos principais prestadores de serviços da cadeia produtiva do turismo.

quarta-feira, janeiro 20, 2010

Para onde vai a Educação do Recife? No final de 2009, chegaram à caixa de entrada do meu endereço eletrônico, duas mensagens de pessoas diferentes, que continham conteúdos semelhantes. Uma era endereçada ao prefeito da cidade do Recife e a outra as educadores da rede municipal do Recife. Confesso que não me senti muito surpreso com relação às referidas cartas, pois os rumores do que estava se passando na rede de ensino da capital corriam em vários setores da cidade ligação às lutas pela educação pública. Ao analisar as duas mensagens quero dar um destaque para a carta do Professor Flávio Brayner, que pediu exoneração do cargo de substituto imediato do Secretário de Educação, por não suportar mais a forma como está sendo administrada aquela pasta. Quando tomei conhecimento do nome indicado para ser secretário da educação do Recife, liguei para ex-companheiras (os) do setorial de educação do PT para comentar nossa estranheza com a escolha, embora conheça Cláudio Duarte desde a fundação do PT e sempre tenha tido um diálogo aberto e franco com ele sobre nossas lutas e conflitos naquele partido. Nossa estranheza se prendia ao fato do PT ter um Setorial de Educação oriundo da antiga CAEd, Comissão de Asuntos Educacionais do PT, com larga experiência, diversas publicações sobre políticas educacionais e vários exitosos resultados sistematizados de outras administrações do partido. O problema da educação do município não é era nem nunca foi de ordem “técnica” nem de “desobediência” , sempre tendo sido um desafio de Política Educacional. Qual o Projeto de Educação que estava sendo implantado desde 2001 e para qual deveria ser mudado a partir de 2009? Com um ano de gestão perguntamos: qual é o Projeto político pedagógico das escolas e da rede de ensino? Na definição e avaliação da Política Educacional da Rede qual o papel das Conferências Municipais de Educação? Qual o papel dos Conselhos Escolares, previstos em lei de nossa autoria aprovada em 1991? O que a administração atual entende por Gestão Democrática? Qual das organizações – Fundação Roberto Marinho, Instituto Airton Senna, Fundação Alfa e Beto – decidiu suspender o processo de eleição direta nas escolas? Por que motivos a Secretaria Municipal de Educação assinou convênios com essas instituições? Que soluções tais as mesmas teriam que a própria comunidade escolar ao lado dos técnicos da Secretaria, do próprio Secretário e Gestores não poderiam construir democraticamente? Em nosso site já expusemos em artigos e matérias a monumental construção que a sociedade brasileira tem feito na defesa da escola pública de qualidade. Em especial registramos os avanços legais e as diretrizes aprovadas, pelo menos desde a Constituição Federal de 1988, para que se promova inclusão, qualidade, financiamento adequado e gestão democrática. Terá isso tudo sido esquecido? Lamentamos profundamente essa situação numa gestão que construiu avanços em outras áreas, lastreada, sobretudo, no diálogo e no processo democrático-participativo. Neste sentido prestamos nossa mais ampla solidariedade ao Professor e companheiro Flávio Brayner, que destacou na carta que segue que princípios deveriam ser observados na construção de uma gestão pública de qualidade para a educação municipal no Recife. Não é de hoje temos demonstrado e proposto várias das linhas apontadas por Brayner. O caminho que a atual administração do Recife vem seguindo não é aquele pelo qual sonharam e lutaram Paulo Freire, Florestan Fernandes, Anísio Teixeira e tantos outros. ____________________________________________________________________________________ Paulo Rubem é Deputado Federal (PDT-PE)

Segue abaixo a carta do Professor Flávio. Aos educadores da Rede Municipal de Educação É praticamente do conhecimento de todos os profissionais desta Secretaria (e mesmo fora dela) que estamos passando por um momento delicado, de desorientação e incertezas que representa, na verdade, a passagem para um novo projeto, cuja natureza, objetivos e princípios eu, pessoalmente, não estou mais disposto a participar. É, assim, na declarada intenção de não desejar mais ver meu nome ligado a este projeto que apresentei meu pedido de exoneração da Assessoria Executiva da SEEL em caráter inegociável. No entanto, penso que o momento exige algumas reflexões que não podem se resumir a acusações ou vitupérios sobre a personalidade do próprio Secretário: acusá-lo de imaturo, narcisista, inculto, autocrático ou truculento seria adentrar no domínio do “traço de personalidade” que é algo que deve ser resolvido em outra esfera -a psicanalítica, na qual não disponho de nenhuma competência. Interessa, aqui, saber a serviço de que “projeto” tais traços se revelam adequados e observar, afinal, se não há uma perfeita compatibilidade entre personalidade autoritária e projeto tecnocrático. Sou consultor e assessor desta Secretaria desde os anos 80 e, bem ou mal, ajudei a pensar e implantar idéias pedagógicas que envolvem uma certa noção de participação democrática dos educadores, de qualidade social da educação, de republicanismo escolar…, certo de que é na esfera pública da palavra argumentada que a coisa pedagógica se decide. E foi, penso, apoiada nestas idéias que esta Secretaria sempre se pautou, evitando exatamente que as questões educativas fossem tratadas como um “problema de gestão”, ciente dos enormes riscos que corríamos –e que corre a própria idéia de democracia- quando o espaço da argumentação é substituído pelo da “competência técnica”, pelo “gerencialismo”, quando o arrazoado cede lugar à planilha Excel… Um dos reflexos disto na educação apareceu, nos anos 70, aqui no Brasil, no chamado ‘tecnicismo pedagógico’: o planejamento, a planilha, a gestão, o monitoramento decididos “tecnicamente” pelos gestores substituindo as pessoas de carne e osso. O projeto voltou nos anos 80 com a onda avassaladora da “qualidade total em educação” e retorna agora em forma renovada, que tentarei esclarecer a seguir. Isto envolvia um forte conflito entre a noção de eficiência e produtividade dos serviços públicos e privados, com a difusão ao mesmo tempo falsa e massiva de que o setor privado seria mais eficiente do que o público, o que não se mostrou verdadeiro nem na pesquisa de alta tecnologia, nem no ensino superior e, para chegar mais perto, nem na qualidade da pesquisa e da formação na área educacional. Aproveitando o espaço deixado por algumas instituições internacionais de financiamento e apoio técnico à educação (Banco Mundial, por exemplo) multiplicaram-se as empresas e organizações de assessoria e consultoria às secretarias de educação, muitas delas vendendo pacotes fechados, técnicas “exitosas” de correção disto e daquilo, fórmulas de sucesso de elevação de níveis de aprendizagem que passaram, claro, a disputar o dinheiro público através das secretarias municipais. Recife inclusive (!), que assinou recentemente convênios e acordos com fundações (Roberto Marinho, Airton Senna, Alfa e Beto!!!!) sem consulta do secretário a nenhuma das instâncias pedagógicas desta rede ( quando houve, a atitude foi de ignorar o parecer do consultado) e contrariando, inclusive, uma história e uma tradição pedagógica aqui existentes. Fica-nos a impressão de estarmos, aqui no município, num supermercado educacional onde se coloca no carrinho os produtos vistosos das prateleiras, sem nenhuma reflexão mais demorada. Não preciso dizer que a idéia, aparentemente muito cara ao nosso secretário, de “inovar” é típica de um certo frenesi gestionário que imagina sempre o “novo” como algo superior ao que existe e o arsenal tecnológico como recurso para diminuir a incompetência do fator humano, confundindo o novo –apanágio do impensado e do insólito- com a “novidade” característica da sedução consumista e da imaturidade do julgamento, todas acompanhadas de medidas, ‘lançamentos’ e ‘inaugurações’ superficiais e pouco articuladas com um projeto pedagógico mais profundo e estruturador. Qual o impacto da “escola do futuro” no conjunto de uma perspectiva pedagógica universalizante? Qual o sentido de se estabelecer, em detrimento e à revelia da DIRE, uma relação direta com os gestores sem aquela intermediação pedagógica necessária e qualificada? Qual o sentido do esvaziamento da GAC –e a intenção de integrá-la com o Escola Aberta- praticamente anulando as boas iniciativas que marcaram aquela gerência? Qual a razão do esvaziamento do tema do ano letivo (Recife, cidade educadora), de tanto interesse para uma perspectiva republicana de educação? De meu lado, a tentativa de reestruturar a proposta pedagógica, a formação continuada e reorientá-la na direção do regime de Ciclos esbarrou no dilema entre “tempo político” (apresentação de “resultados” a qualquer custo e altamente midiatizados) e “tempo pedagógico”, com perda evidente para o segundo. Quanto à possibilidade de diálogo e assessoramento, junto ao secretário, desde o início ficara claro que teria imensas dificuldades de me fazer ouvir ou, ao menos, de ser consultado em decisões que reputo cruciais. Monólogo, histerismo, monocratrismo, desconfiança generalizada nas pessoas, desqualificação sistemática dos técnicos, decisões intuitivas e despreparadas, me mostraram que os tempos eram outros. E não acho que sejam “melhores”! E, pior, não me parecem honrar uma história recente desta rede, que tivera nomes como os de Edla Soares e Maria Luiza Aléssio. Ninguém é contra uma gestão adequada de recursos e meios; claro que é necessário uma reestruturação administrativa importante nesta rede, voltada para o máximo de aproveitamento dos recursos públicos; é importante o estabelecimento de metas e o racionalização dos critérios. Mas não se pode confundir os meios com os fins e, sobretudo, não aceito a substituição de um pelo outro! Sem dominar a linguagem da área, o debate educativo, a história da educação municipal; avesso a qualquer forma de discussão teórica; um profundo desconhecimento das questões pedagógicas propriamente ditas, nossa rede parece à mercê de uma orientação essencialmente administrativista, onde o próprio debate que procurei instaurar do CAP foi visto de forma desprezível ou, no mínimo, inócua pelo secretário. É surpreendente, pois, que, ali onde o debate pedagógico deveria conhecer um ritmo e uma freqüência institucional, isto tenha sido, até o insuportável, desencorajado e, sobretudo, sem jamais –digo bem, jamais! -contar com a presença do próprio secretário em tais discussões. E é aqui em que a personalidade do agente se compatibiliza com a natureza do projeto: concordemos que não se convida um democrata convicto para participar de um governo autoritário! Instaurou-se, entre nós, uma política do medo que comunica “decisões de gestão”, da ameaça e do deboche, ratificando uma relação que, na prática, todos nós conhecemos bem: a relação entre mediocridade e arrogância, especialmente entre aqueles que ocupam postos de mando. Lembremos, de resto, que a tecnocracia é uma das formas “científicas” de eliminação do mundo público! O curioso é que isto se dá no interior de uma ordem formalmente democrática e, sobretudo, com o uso abusivo de seus jargões (pactuar, transparência, participação, etc), o que já em si, indica algo de muito grave… Vendo meu espaço de atuação se reduzir, atuação inclusive contrariada pela natureza dos convênios firmados; vendo a sistemática atitude de desqualificação de nossos melhores quadros pedagógicos e, sobretudo, assistindo a uma crescente deterioração do ambiente de trabalho, decido deixar esta Secretaria esperando que não dure muito a passagem destes tempos de susto e desencanto, e que este momento de reflexão e crítica nos ajudem a recuperar e honrar uma história educacional de uma cidade que já ofereceu a este país nomes e idéias que não podem ser deixadas ao sabor do desvario tecnocrático. Recife, 23 de Dezembro de 2009 Flávio Henrique Albert Brayner

sábado, janeiro 16, 2010



O programa Sopa de Auditório volta a tomar conta da Torre Malakoff a partir de hoje(16) e agora será todos os sábados. Roger de Renor segue recebendo convidados. Nesta edição de retorno, as atrações são as bandas Etnia e Via Sat. A nova temporada da atração vai ao ar a partir das 15h30 ao vivo pela TV Universitária (Canal 11) com duas horas de duração e entrada gratuita para o público.

A banda Etnia chega aos seus 14 anos de estrada e deixa clara sua influência partindo do movimento Mangue. Dois anos mais velha, a banda Via Sat é formada por ex-integrantes do bloco afro Lamento Negro, uma das bases de inspiração de Chico Science e sua alquimia.



Ainda na programação do Sopa, o bloco Mulambo, formado em 1997 por crianças e adolescentes da comunidade de Peixinhos. O Nação Mulambo realiza, durante o ano todo, atividades de inclusão social, com a responsabilidade de aliar o social ao cultural e humano.


 Dona Zuleide de Paula também participa do programa. Ela que é militante da participação da mulher nos movimentos sociais, autora do livro Peixinhos, um rio por onde navegam um povo e suas histórias.


E mais: haverá exibição do vídeo Galo Preto, o menestrel do Coco, de Wilson Freire.


O Sopa de Auditório começa a partir das 15h30, na Torre Malakoff, que fica na Praça do Arsenal da Marinha, no bairro do Recife. A é franca e quem quiser pode fazer parte do auditório comandado por Roger de Renor.