quinta-feira, outubro 22, 2009

The Language of the Law & International Commercial Relations


Legal relations between parties belonging to different legal systems

Contractual Terminology & Legal Drafting

The legalese: legal jargon and legal adverbs (herein, thereinafter, whereupon, etc.)

International Contracts – Important clauses and frequent pitfalls

Drafting Contracts: practical aspects and boilerplate clauses

Avoiding Litigation

Coordenação:



Marina Bevilacqua de La Touloubre – Advogada formada pela PUC/SP (1994). Tradutora e intérprete com formação na Associação Alumni (SP); Coordenadora e professora dos cursos de inglês jurídico do Instituto dos Advogados – SP (IASP), da Associação dos Advogados – SP (AASP), da Associação Alumni – SP, da Escola Superior de Advocacia da OAB no Paraná (ESA/OAB-PR). Consultora na área de contratos internacionais, prestando serviços de consultoria jurídica para escritórios de advocacia e empresas.



Público-alvo:



Graduados em Direito e profissionais com formação em áreas do conhecimento que envolvam a negociação e redação de contratos e documentos em inglês, e cujo objetivo seja atuar profissionalmente no ambiente internacional como advogados, empresários ou na gestão de atividades inerentes ao comércio internacional.



Objetivos:



Levar aos profissionais da área jurídica, empresarial e do comércio internacional os conhecimentos necessários para uma eficiente e bem sucedida atuação junto aos clientes, tanto no âmbito jurídico como no comercial, tendo em vista os cuidados técnicos e estratégias a serem adotadas durante a fase de negociações e da redação de contratos e documentos em inglês.



Pré-requisito:



O aluno deverá ter conhecimentos de nível intermediário a avançado de inglês.



Carga Horária: 12 h/a

Horário: 19h às 22h

Período: de 26 a 29 de outubro de 2009 (de segunda à quinta-feira)

Investimento: R$ 580,00

Local de realização: Sede FGV – Praia de Botafogo, 190, Rio de Janeiro – RJ



Inscrições e demais informações: FGV Direito Rio




sexta-feira, outubro 16, 2009

TV Brasil é assistida por 10% dos brasileiros. Programação tem aprovação de 80%





Com menos de dois anos de existência, a TV Brasil já é conhecida por um terço da população brasileira, ou 34%, dos quais 15% já assistiram ao canal e 10% o assistem regulamente. A programação é considerada ótima por 22% dos telespectadores e boa por 58%, totalizando 80% de aprovação. Entre os que costumam assistir à TV Brasil em casa, 42% sintonizam o canal por antena parabólica. Os resultados são de pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas Datafolha a pedido da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).



Foram realizadas 5.192 entrevistas em todo o Brasil, com abordagem pessoal em pontos de fluxo populacional, distribuídas em 146 municípios em todas as regiões, entre brasileiros de todas as classes econômicas, com 16 anos ou mais. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%. A pesquisa foi realizada entre os dias 18 e 22 de agosto. Antes, portanto, do lançamento da nova programação da emissora, na segunda quinzena de setembro.



Em consulta espontânea sobre os canais mais frequentemente assistidos, a TV Brasil foi mencionada por 1% dos entrevistados, juntamente com outros canais abertos e fechados menos conhecidos. Na consulta estimulada (pesquisador menciona o nome do canal), 15% dos entrevistados disseram já ter assistido ao canal alguma vez e 10% declararam assisti-lo regularmente.



Aprovação da programação

Entre os telespectadores que costumam ver a TV Brasil, a programação foi considerada ótima por 22%, boa por 58%, regular por 20% e ruim ou péssima por 1%. A aprovação de 80% (soma de ótimo e bom) corresponde à nota 4, numa escala variável de 1 a 5.



Três programas destacaram-se na preferência desses telespectadores: Programa de Cinema (filmes), com 34%; o telejornal Repórter Brasil-Noite, com 31% e o programa Leda Nagle-Sem Censura, com 26%. São preferidos ainda os documentários (24%), Repórter Brasil-Manhã (20%), programas musicais (19%) e os programas infantis (17%). A programação infantil apresenta as maiores medidas de audiência e share da TV Brasil, segundo medida do Ibope. A pesquisa Datafolha, entretanto, ouviu brasileiros com 16 anos e mais, o que sem dúvida se reflete na avaliação dos programas infantis.



A força da Parabólica

Entre os 10% de telespectadores que disseram assistir à TV Brasil atualmente, 85% sintonizam o canal em casa. Destes, 42% recebem o sinal por intermédio de antena parabólica, 36% por intermédio da TV aberta ( antena VHF ou UHF) e 22% por intermédio de TV por assinatura. Ou seja, a maior audiência da TV Brasil está nas cidades do interior, entre os que veem TV pela chamada Banda C.



Os que não costumam assistir à TV Brasil apontaram como causa principal as dificuldades de sintonização (42%), seguida do desconhecimento (27%), do desinteresse (23%) e da falta de tempo (19%).



Perfil dos telespectadores

A maioria dos telespectadores que assistem à TV Brasil, 79%, pertence às classes econômicas B (32%) e C (47%), é do sexo masculino (57%), tem idade média de 39 anos, grau de escolaridade médio (46%), aos quais se somam 17% com nível superior. Esse telespectador, em termos de renda e escolaridade, ainda é elitizado em relação à população brasileira.



Mais da metade dos que assistem à TV Pública vive em cidades do interior (58%), onde é forte a penetração da parabólica, e 45% vivem na Região Sudeste. A Região Sul apresenta o menor índice de conhecimento sobre a existência da emissora (17%) e nela o hábito de assisti-la é indicativamente menor, de 6%, inferior à média nacional de 10%. O hábito é indicativamente maior nas Regiões Norte/Centro-Oeste, onde 12% declaram assistir à TV Brasil regularmente, e é de 11% nas Regiões Sudeste e Nordeste.



A diretoria da Empresa Brasil de Comunicação considerou os resultados altamente satisfatórios, considerando-se o fato de a criação da emissora ainda ser recente, o desconhecimento, que ainda é grande, sobre sua existência, e o fato de dispor de apenas quatro canais abertos (Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo e Maranhão), o que se agrava com o fato de o canal de São Paulo ser o 69, na banda UHF.



Fonte: EBC e FENAJ




terça-feira, outubro 13, 2009


Nesta quarta (14/10), as publicações literárias na era digital serão o
centro das atenções de uma das palestras da programação do Continuum -
Festival de Arte e Tecnologia do Recife. O debate, que acontece a
partir das 14h30, no Centro Cultural dos Correios, faz parte da
programação de seminários do festival e possui entrada aberta ao
público.

O Continuum convidou para este debate Newton Neto, atual Diretor
Executivo da Singular Digital, braço da Ediouro responsável pela
publicação de livros digitais sob demanda. A companhia Ediouro é uma
das primeiras editoras brasileiras a criar um braço exclusivo para
atender a demandas de escritores conciliando os pedidos de autores
independentes às demandas de mercado. Através da Singular Digital,
novos modelos de negócios podem ser feitos para a publicação de
conteúdos com baixo investimento em novos formato digitais de venda
como os eBooks.

O outro convidado da mesa a participar do seminário é o gerente do
projeto Google Books no Brasil, Rodrigo Paranhos Velloso, para
explicar como é possível e viável esta migração do formato de leitura
tradicional em papel para a Web. Através de uma parceria com
bibliotecas conceituadas do mundo inteiro, o Google Books possui uma
coleção digitalizada invejável que fornece de trechos de livros a
conteúdos completos. Durante o seminário, o Google Books e a Ediouro
irão anunciar uma parceria inédita na distribuição de conteúdos
digitais.

Mídias Móveis - No dia seguinte (15/10), o Continuum discute, às 19h,
no Centro Cultural dos Correios a Apropriação Artística das Mídias
Móveis. A idéia do debate é discutir como tem sido as experiências de
produção audiovisual para aparelhos de telefone celular. Como
convidado do debate, o festival está trazendo o doutor em Comunicação
e Semiótica pela PUC-SP, Rodrigo Minelli, pesquisador nas áreas de
vídeo, videoarte, mídias móveis e arte eletrônica.




CONTINUUM
I Festival de Arte e Tecnologia do Recife
Local: Centro Cultural dos Correios
Av. Marquês de Olinda - Recife Antigo
De 14 a 16 de outubro
Informações: (81) 3231-3422 | www.continuumfestival.com



A cultura do Recife teve uma importante vitória nesta terça-feira (13). É que a Câmara dos Vereadores aprovou, por 24 votos a 2 na primeira votação, e 22 votos a 2, na segunda, o Plano Municipal de Política Cultural, que foi elaborado pelo Conselho Municipal de Política Cultural ano passado. O próximo passo agora é a sanção do prefeito João da Costa, que deve acontecer nos próximos dias. O documento é de extrema importância para a Cidade e seus habitantes, pois traça a a piítica cultural para os próximos dez anos, impulcionando o que vêm sendo executado, ultrapassando o patamar de Políticas de Governo para tornarem-se Políticas de Estado.




Os Planos de Cultura Municipais, Estaduais e Nacional, são elaborados conjuntamente pelo Poder Executivo e Sociedade Civil. Esta última se faz representar por intelectuais, artistas, produtores, gestores públicos e privados. No Recife, as propostas foram elaboradas e aprovadas pelo Conselho Municipal de Politica Cultural em 2008.



Quem recebeu a notícia da aprovação com entusiasmo foi o secretário de Cultura do Recife, Renato L: “O Plano Municipal de Politica Cultural representa o principal legado que a gestão deixa para o Recife, ou seja, demos um passo muito importante na consolidação de uma política pública cultural. Com esta conquista, o Recife - como é de costume - se coloca em posição de destaque no cenário nacional”, destaca.



O Recife saiu na frente com a aprovação do seu plano, que apresenta um amplo diagnóstico e aponta os desafios a serem superados no âmbito cultural da Cidade, pensando e estruturando o desenvolvimento para os próximos dez anos. Propõe uma política de transversalidade em que a cultura atua integrada às outras áreas da gestão e interagindo com a dinâmica da Cidade e dos cidadãos.



Com este plano, o Recife segue a sua trajetória histórica de vanguarda política e cultural, sendo uma das primeiras cidades do País a ter um Plano Municipal de Cultura aprovado por sua Câmara de Vereadores. A capital pernambucana equipara-se a outras cidades do mundo, como Barcelona e Buenos Aires, que o Recife têm mantido uma estreita relação de cooperação e cujas experiências foram referenciais importantes na formulação do documento.

segunda-feira, outubro 12, 2009


ARTE E TECNOLOGIA NA CAPITAL PERNAMBUCANA

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Segue até 18 de outubro, o Continuum - I Festival de Arte e Tecnologia do Recife. Seminários, oficinas, exposições, palestras e shows compõem a programação do evento. Durante o Continuum, o público poderá interagir com convidados, que levantarão discussões sobre a interferência e/ou os benefícios da tecnologia sobre artes tradicionais como o cinema, artes visuais e música. Entre os convidados estará presente o gerente do projeto Google Books no Brasil, Rodrigo Velloso, para explicar como é possível e viável a migração do formato de leitura tradicional em papel para a Web. Os seminários vão acontecer na Torre Malakoff, Praça do Arsenal da Marinha, Recife Antigo, nos dias 10 e 17 e no Centro Cultural dos Correios, Av. Marquês de Olinda,262, Recife Antigo, dias 14, 15 e 16. Outras informações: http://www.continuumfestival.com.

quinta-feira, outubro 08, 2009


da Folha de S.Paulo

Texto estabelece as bases para o relacionamento entre a instituição e o Estado brasileiro e trata de temas como ensino religioso público
Acordo internacional entre o Planalto e o Vaticano foi assinado em novembro do ano passado, mas enfrentou resistência dos evangélicos

O Senado aprovou ontem projeto sobre o estatuto jurídico da Igreja Católica no país. A decisão é fruto de um acordo assinado entre o Brasil e a Santa Sé em novembro de 2008.
O projeto de decreto legislativo define as bases para o relacionamento entre a Igreja Católica e o Estado. Com 20 artigos, entra em vigor logo que for promulgado pelos presidentes da Câmara e do Senado. O Vaticano já fechou este tipo de acordo com mais de 170 países.
O documento levou mais de um ano para ser costurado e conta com 11 pontos principais. Na maioria dos casos, o acordo ratifica situações já existentes, como a validade do casamento religioso com efeito civil (previsto no Código Civil) e o ensino religioso nas escolas públicas (definido na Constituição).
Pelo acordo, Brasil e Santa Sé reconhecem às instituições assistenciais religiosas tratamento tributário e previdenciário igual a entidades civis. Ele define a colaboração do Estado na preservação de templos classificados como patrimônio cultural e deixa claro que não há vínculo empregatício de padres e voluntários com a Igreja -o objetivo desse ponto é impedir ações na Justiça trabalhista.
Quando tramitou na Câmara, o projeto enfrentou resistência da bancada evangélica, que nele viu privilégios à Igreja Católica. O Senado aprovou o texto em votação simbólica.
O ponto mais polêmico refere-se ao “ensino religioso”. Primeiro, o texto descreve “ensino religioso católico em instituições pública de ensino fundamental”. Depois, diz que “também assegura o ensino de outras confissões religiosas nesses estabelecimentos”.
O Ministério da Educação mostrou-se contrário à colocação do termo “católico” à frente dos demais. Em junho, a Coordenadoria de Ensino Fundamental do MEC disse que o acordo fere a legislação: a Lei de Diretrizes e Bases da Educação não menciona nenhuma fé específica e veda o proselitismo.
Relator do projeto na Comissão de Relações Exteriores, o senador Fernando Collor (PTB-AL) disse em seu parecer que o ensino é facultativo (como diz a Constituição) e estende-se a todas as religiões. “O acordo, em termos simples, apenas sela o reconhecimento de que a Igreja Católica do Brasil está sob o comando hierárquico da Santa Sé”, disse Collor.
Contrária ao acordo com o Vaticano, a bancada evangélica da Câmara propôs uma “Lei Geral das Religiões”, com termos similares ao do acordo com a Igreja. Bispo licenciado da Igreja Universal, o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) é a favor da iniciativa, mas não vê problemas no acordo com a Igreja Católica: “Não acredito que haverá privilégio. Os juristas que ouvi me disseram que o acordo é o mesmo que foi feito em mais de cem países”, disse.

quarta-feira, outubro 07, 2009


PALESTRA NO MUSEU DO ESTADO LEMBRA TRAJETÓRIA DE NILO PEREIRA

O centenário de nascimento do jornalista potiguar Nilo Pereira, será lembrado, amanhã (8), com a palestra Nilo Pereira 100 anos: Um passeio por Paris e Lisboa, que acontece às 19h30 no Museu do Estado de Pernambuco - MEPE - (Av. Rui Barbosa, 960 - Graças). A discussão será comandada pelo presidente da Academia Pernambucana de Medicina, Geraldo Pereira e irá girar em torno do livro Coisas de não esquecer, resultado da viagem a Lisboa e Paris que Nilo Pereira realizou, na década de 1960, com o intuito de conhecer e estudar as riquezas dos monumentos históricos, como as igrejas, e as peças do Museu do Louvre, em Paris. Nilo Pereira formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Recife, mas foi no jornalismo que encontrou a grande vocação. Exerceu cargos públicos importantes, sendo nomeado secretário do Governo de Pernambuco por três vezes. Também atuou como deputado estadual e líder na Assembléia Legislativa de Pernambuco entre 1951 e 1954. O legado de Nilo Pereira também permeia a literatura, com produções sobre o cotidiano político de Pernambuco e até livros sobre amigos como Gilberto Freyre e Mauro Mota. A entrada é franca. Informações pelo telefone: (81) 3184-3005

terça-feira, outubro 06, 2009


Recebi a mensagem abaixo do amigo Ally, uma pessoa bastante especial, sincera e pela qual nutro bastante apreço. Independentemente do texto ter uma linguagem religiosa, posto ele neste espaço por deixar um verdadeiro exemplo de vida: um estilo no qual todos devem se espelhar para poder viver em um mundo melhor e mais cheio de paz.

Cegos para a verdade


Jericó era uma cidade encantadora, bordada de flores e de laranjeiras que periodicamente explodiam em festa de perfume, prenunciando a frutescência. Rica em fontes e córregos, situada próxima ao rio Jordão e a Jerusalém, constituía um dos orgulhos da Judéia.

A cidade antiga, hoje reduzida a ruínas calcinadas, data de época mui recuada, a quase VII mil a. C. em pleno período neolítico. Destruída, inúmeras vezes, teve as suas muralhas sempre reconstruídas, tendo sido palco da lenda, que se tornou clássica, em torno das trombetas de Josué, que a teriam derrubado entre os anos de 1.400 a 1.260 a. C. Sempre experimentou terríveis flagelos, como ocorreu por volta do século XVII a. C., quando foi incendiada. Abandonada essa área primitiva, foi reconstruída em lugar próximo por Herodes, que a aformoseou, preservando toda a sua grandeza histórica.

Suas belas residências e mansões hospedavam pessoas ricas e cultas, que se permitiam recepções faustosas e festas retumbantes.

Era quase passagem obrigatória entre a Galiléia e Jerusalém.

Muitas vezes Jesus a visitara, quando das suas jornadas à Cidade Santa para o Seu povo. Ali mantivera contatos comovedores, havendo, oportunamente, penetrado o coração e a mente astuta de Zaqueu, o cobrador de impostos, que se tornara detestado pela cupidez e fortuna amealhada, mas que fora tocado pelas notícias que dEle ouvira, havendo subido em uma figueira, a fim de vê-lO passar, quando foi convocado a recebê-lO no seu lar...

É de uma estrada de Jerusalém, que conduzia a Jericó, que o Mestre comporá a incomparável parábola do Bom samaritano, lecionando bondade sem alarde e amor desinteressado, como recursos essenciais para entrar-se no Reino dos Céus.

Naquela cidade, portanto, famosa também pelas frutas secas e vinho capitoso, Jesus operou fenômenos incomparáveis, tocando a sensibilidade das massas que O acompanhavam, assim como de todos aqueles que ali residiam, e os presenciaram.

Pairava no ar o perfume balsâmico da Natureza em festa, e o Sol dourava os campos ornados pelas flores primaveris. Havia uma festa de sons quase inaudíveis, entoados pelo vento e pelo farfalhar das folhas dos arvoredos, enquanto a taça de luz derramava claridade por toda parte.

O pó levantava-se, denunciando o movimento dos viajantes que se acercavam das portas da cidade amuralhada ou que por elas saíam, estuante de beleza.

Formosas figueiras esparramavam suas copas vetustas projetando sombra agradável no chão coberto de gramíneas verdejantes ornadas por miosótis miúdos e azuis. Tudo formava uma bela moldura para os acontecimentos que se desenhavam em perspectiva de felicidade no momento da saída de Jesus, que estava acompanhado de grande massa de gentes de diferentes aldeias e dali mesmo por onde passara...

Ele estivera em Jericó e deixava os seus domínios.

A algaravia e ansiedade bailavam nos lábios e nos corações de todos aqueles que O acompanhavam, como se desejassem expressar os seus ditos indizíveis.

Foi nesse momento, que dois cegos mendicantes à orla do caminho, ouvindo os aranzéis e exclamações, os cânticos de gratidão e de júbilo, começaram a gritar, pedindo socorro ao Mestre. Eles não conheciam as plumas coloridas do Sol, que derramam claridade e cor na Terra, nem a face das pessoas amadas, nem o verde dos campos ou o multicolorido das flores e dos pássaros, mas eram também filhos de Deus, desejosos de participar do banquete de felicidade em que todos ali em movimento se encontravam.

Faziam tal balbúrdia, que foram repreendidos para que se calassem. Como porém, silenciar o sofrimento, perdendo a única oportunidade de libertar-se dele?!

Somente a necessidade sabe quanto é cruel a dor e quão tormentoso para o invidente constitui seguir pela noite interna, sem contato com a luz do Dia.

Aqueles que os repreendiam possuíam visão e estavam disputando-se as moedas de alegria que Ele distribuía. Era natural que também desejassem receber a mesma oferta de felicidade, e não se calaram, antes aumentaram o vozerio, suplicando a piedade do Senhor.

Jesus conhecia aqueles homens inditosos e aflitos. Era o Pastor, e se identificava com todas as ovelhas que Lhe pertenciam.

Não fazia muito, libertara paralíticos da imobilidade, surdos da ausência de sons, loucos da perturbação que os estigmatizava, por que não fazer o mesmo com aqueles infelizes? Deteve-se, então, e aproximou-se deles. Todo luz, irradiava misericórdia em cântico silencioso de amor.

Acercando-se dos requerentes de ajuda, interrogou-os: - Que quereis que vos faça?

Era uma indagação lógica e própria do Seu caráter. Nunca se impunha, jamais exigia. Sempre ouvia o problema do sofredor, antes de o ajudar a solucioná-lo. Era o poema de ternura, que nunca perde a docilidade, nem se torna exigente.

E eles responderam, imediatamente: - Que nos restituas a visão, permitindo-nos ver a claridade da luz.

Um silêncio incomum tomou conta da multidão. Jamais se cansariam aqueles indivíduos de ver a ação incomum e de ouvir a mensagem libertadora, que não souberam ou não quiseram utilizar conforme deveriam. No entanto, ali estavam, e isso é o que importava.

O Senhor se aproximou suavemente e tocou-lhes os olhos apagados. Uma onda de inexplicável energia penetrou-os, rompeu-lhes o véu da noite e a escuridão cedeu lugar à luz que os invadiu, provocando a princípio uma grande dor, logo seguida de inefável alegria... e O seguiram cantando hosanas!

A epopéia da Boa Nova, toda entretecida de lições verbais e de ações profundas de libertação, alcançava o máximo de realizações, a fim de que todos soubessem quem era o Cantor, e qual a canção que entoava, mas nem todos que O acompanhavam podiam entender e abandonar tudo que lhes constituía cárcere e retenção para O seguir depois em liberdade, embora anelassem por ela...

Jericó vira a cura do cego Bartimeu, que Lhe implorara a claridade exterior, mas não se sabe do que lhe aconteceu depois, se mergulhou no oceano das claridades espirituais ou se tombou nas sombras do prazer e da alucinação.

Zaqueu, também de Jericó, que O recebeu, quando lhe chegou a velhice e se desincumbiu dos deveres familiares, entregou-se-Lhe, tornando-se testemunha dEle, e narrando à posteridade a felicidade que lhe foi concedida ao tê-lO no lar.

Os dois cegos do caminho recuperaram a visão, mas não se tem notícia de que se houveram embriagado da luz da imortalidade, ou se volveram à treva densa da alma...

O mundo de ontem, qual ocorre com o de hoje, estava dominado pela cegueira interior para as verdades espirituais, e por isso, os homens e mulheres do passado, perdidos na sombra de si mesmos, retornaram para o grande encontro com a Verdade, que ainda postergam.

A mensagem dEle volve às Suas criaturas distraídas, que lamentavelmente não têm ouvidos nem interesse para introjetá-la, tornando-a lição de vida atuante.

Iluminados pela ciência e pela tecnologia, com arsenais de filosofias e de belezas, centenas de milhões vêem, mas são cegos para seguirem pelo caminho de libertação que Ele continua apontando-lhes, por não identificarem que o seu piso é argamassado pelo amor e as suas bordas são construídas pelo perdão e pela caridade, conduzindo à paz.

Vêem, sim, mas não enxergam. Têm olhos que brilham, mas que ainda não perceberam a luz do discernimento nem da misericórdia.

Dia virá, no entanto, que repetirá para a Humanidade, a cena da Sua saída de Jericó, e os cegos bradarão: - Senhor, tem misericórdia de nós...

E Ele abrirá os olhos da alma de todos para a renovação e a vida eterna, no mundo de hoje, que faz lembrar da Jericó de ontem.

sexta-feira, outubro 02, 2009

Abertas as inscrições para os novo curso de Dança de Salão do Espaço Cultural João Teimoso 


Ministrado pelo coreógrafo e bailarino Breno Vieira o curso tem aulas às segundas e quartas das 19h ás 20h. A proposta do curso é inserir jovens, adultos e até mesmo aqueles que já fazem parte da boa idade, no ritmo da dança de salão (salsa, forró, bolero e samba de gafieira) ou, simplesmente, aqueles que queiram, literalmente, dar um show nos clubes e salões da cidade. Mensalidade: R$ 50,00.


INFORMAÇÕES:
Espaço Cultural João Teimoso, localizado na Rua do Aragão, 27 – sala 04 no bairro da Boa Vista. Maiores informações no local ou pelos telefones (81) 3231-5125 ou 8897-1513
Site: www.joaoteimoso.com.br

quarta-feira, setembro 30, 2009

CURSO DE PRODUÇÃO DE TV, VÍDEO E CINEMA



A Refletores Produções, a Artepe – Associação dos Realizadores de Teatro de Pernambuco e o IAMAR – Instituto de Pesquisas Culturais Adriano Marcena – formam parceria para promover o Curso de produção de TV, Vídeo e Cinema aos que desejam entrar no mercado profissional de produção audiovisual. O curso será ministrado pelo experiente produtor de TV e Cinema Ari Marques e tem como proposta metodológica oferecer os fundamentos que estruturam a profissão de um produtor audiovisual. “Além dos pressupostos teóricos e dos relatos pessoais das experiências profissionais do produtor Ari Marques, a metodologia do curso dará uma atenção especial às atividades dentro dos estúdios de gravação com programas ao vivo ou gravados. Com a proliferação dos canais fechados de TV, do cinema visual e da grande oferta de editais públicos que contemplam as manifestações audiovisuais, como o Funcultura, é inevitável a expansão do mercado de produção. “O curso pretende interagir didaticamente com os que desejam se profissionalizar neste campo”, informa Adriano Marcena, coordenador pedagógico do curso. Para Feliciano Felix, produtor executivo do curso, a quantidade de vagas é “reduzida para permitir uma melhor dinâmica na aprendizagem”. Ari Marques é produtor dos programas Show de Bola, na TV Brasil e Nova Onda, no Canal 22. O curso será realizado na sede da Refletores Produções, Rua Matias de Albuquerque, nº 223, sala 309 – Santo Antônio – Recife. O Investimento é de R$ 100,00 e os contatos: (81) 9267.5817 (refletores@yahoo.com.br).






terça-feira, setembro 22, 2009

4º ATORELAMPAGO EM OLINDA

   

Na articulação do movimento teatral de Olinda a Associação de Teatro de Olinda (ATO) realizará no próximo dia 27 de setembro de 2009, mais uma edição do ATORELÂMPAGO, levando grupos de teatro e de dança para as comunidades de Olinda, esta ação tem como objetivo contribuir para o fortalecimento do fazer teatral de rua nas comunidades pereféricas de Olinda, valorizar e estimular a cultura das artes cênicas na cidade. Há muito bom tempo não se via toda a espontaneidade dos grupos culturais em fazer acontecer o teatro e a dança, levando para aquelas pessoas que por fatores culturais e sociais não tem acesso a estes bens culturais. A ação proposta pelo 4º ATORELÂMPAGO da Associação de Teatro de Olinda é de fundamental importância porque desta maneira também estamos contribuindo para a visibilidade de artistas que se encontram no campo da invisibilidade, sabe-se que existe nas comunidades olindenses iniciativas diversas para a criação e a formação de novos grupos culturais, que cumprirão o papel de preservar e resgatar nossas tradições culturais, temos convicção de que os grupos envolvidos nesta programação cultural só vem a consolidar mais ainda os seus trabalhos diante da população em geral.Nesta 4ª Edição do ATORELÂMPAGO temos participando o Grupo de Teatro de Rua Língua Firina de Peixinhos, Grupo de Teatro Popular Vem Cá Vem Vê- Casa Amarela, Cia. Acauã de Danças de Olinda e a Banda Iorubanos de Paulista, que realizarão uma grande celebração a cultura pernambucana, na Praça Maria de Lourdes, localizada na Comunidade do V9, a partir das 16h. onde a alegria e o fazer acontecer são ingredientes para o sucesso da tarde cultural.

 

segunda-feira, setembro 21, 2009



Uma charge fala mais que mil palavras!!!

domingo, setembro 20, 2009

sexta-feira, setembro 18, 2009

VOTA CULTURA!



Semana Nacional de Mobilização pela pauta da Cultura no Congresso Nacional



Pauta da abertura da Semana, a ser realizada no dia 21 de setembro:




14h. no Palácio da Cidade na Rua São Clemente, 360

Reunião da bancada federal do Rio de Janeiro, com a presença do Ministro Juca Ferreira e do Prefeito Eduardo Paes.

Na ocasião, serão realizados informes e haverá debate sobre as PECs e PLs que estão em votação no Congresso, conforme abaixo:

§ VALE CULTURA: Projeto de Lei que institui o Programa de Cultura do Trabalhador e cria o Vale Cultura (PL 5.798/2009).

O Vale Cultura é a primeira política pública governamental voltada para o consumo cultural. Os trabalhadores poderão adquirir ingressos de cinema, teatro, museu, shows, livros, CDs e DVDs, entre outros produtos culturais. O vale será similar ao conhecido tíquete-alimentação. Trata-se de um cartão magnético, com saldo de até R$ 50,00 por mês, por trabalhador, a ser utilizado no consumo de bens e serviços culturais. As empresas que declaram Imposto de Renda com base no lucro real poderão aderir ao Vale-Cultura e posteriormente deduzir até 1% do imposto devido.

Os trabalhadores que ganham até cinco salários mínimos arcarão com, no máximo, 10% do valor (R$ 5,00). Os que recebem mais de cinco salários mínimos também poderão ter o benefício, desde que garantido o atendimento à totalidade dos empregados com proventos abaixo desse patamar. Para esse contingente de salário mais elevado o desconto do trabalhador poderá variar de 20% a 90%. A estimativa do Ministério da Cultura é que



12 milhões de brasileiros poderão ser beneficiados pelo Vale-Cultura. O consumo cultural no país pode aumentar em até R$ 600 milhões/mês ou R$ 7,2 bilhões/ano.

§ Nova Lei Rouanet - A Lei 8.313, popularmente conhecida pelo nome do então ministro da Cultura Sérgio Paulo Rouanet, define as formas como o governo federal deve incentivar a produção cultural no Brasil. Um Grupo de Trabalho formado pelo Ministério da Cultura analisou as cerca de 2 mil contribuições da consulta pública à Nova Rouanet. A versão final do projeto deverá ser enviada ao Congresso Nacional ainda este mês.

§ Mais recursos para Cultura - A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 150/2003 vincula 2% do orçamento federal, 1,5% do orçamento estadual e 1% do orçamento municipal para a cultura. Foi proposta em 2003 pelo deputado Paulo Rocha (PT-PA) e outros deputados. Atualmente aguarda apresentação do relator, deputado José Fernando Aparecido, na Comissão de Cultura.

§ Cultura como Direito Social - A PEC 236/2008, de autoria do deputado José Fernando (PV-MG), que pretende acrescentar a Cultura como direito social no capítulo II, artigo 6º da Constituição. No momento a admissibilidade da PEC está sendo examinada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

§ Sistema Nacional de Cultura - A PEC 416/2005, proposta pelo Deputado Paulo Pimenta (PT-RS), institui o Sistema Nacional de Cultura e altera o artigo constitucional que trata do patrimônio cultural brasileiro. Passou pela Comissão de Constituição e Justiça e desde 22 de abril deste ano aguarda decisão da Comissão Especial.

§ Plano Nacional de Cultura - O Projeto de Lei 6.835/2006 que institui o Plano Nacional de Cultura, documento que definirá as diretrizes para as políticas públicas de Cultura para os próximos 10 anos. Aguarda votação na Comissão de Educação e Cultura.



16h. no Pavilhão de S. Cristovão, s/n.

Evento cultural no Centro Municipal Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, em comemoração do aniversário da Feira, com show de Geraldo Azevedo.



18h.
Encontro com os representantes do Funk Carioca. Local: Circo Voador.

terça-feira, setembro 15, 2009

Uma foto em um milhão ... Talvez um sorriso de Deus, quem sabe!?




segunda-feira, setembro 07, 2009

sexta-feira, setembro 04, 2009


Mercado de São José comemora 134 anos oferecendo serviços gratuitos


Programação inclui limpeza e reordenamento do espaço, além de informações sobre a nova gripe, aferição de pressão, teste de glicose e vacinação contra o tétano e escovódromo




Na próxima segunda-feira (7), o Mercado de São José completa 134 anos. Para comemorar, várias ações de limpeza e saúde vão tomar conta do mais tradicional mercado público do Recife já nesta sexta-feira (4).

As atividades vão até as 13h e incluem desobstrução de galerias, reordenamento dos espaços internos do mercado, organização do comércio ambulante, além de orientações preventivas ao público sobre a nova gripe, aferição de pressão, teste de glicose entre outros serviços.

Para a população, a Companhia de Serviços Urbanos do Recife (Csurb) montará uma estrutura com vários estandes disponibilizando serviços. Neste espaço, os frequentadores do mercado terão acesso a informações sobre consumo e controle de finanças, corte de cabelo, limpeza de pele, entre outros cuidados estéticos.

Os preparativos já começam logo na madrugada, com varrições, coleta e outros serviços de limpeza no entorno do Mercado de São José. Logo em seguida, serão promovidos lavagem com jatos de alta pressão, desinsetização, desratização, apreensão de animais, podas de árvores, capinação, manutenção do sistema de drenagem e pintura de meio-fio.

A Secretaria de Saúde também instalará, das 8h às 13h30, quiosques com orientações sobre a gripe A, leptospirose, filariose, dengue, e combate e prevenção aos cânceres de mama e de útero. Além disso, haverá a distribuição de preservativos masculinos e informações sobre Aids e outras DSTs, aferição de pressão, teste de glicose e vacinação contra o tétano.

Para o público infantil, será disponibilizado um escovódromo onde serão repassadas orientações sobre a importância da saúde bucal, com direito à distribuição de escovas e cremes dentais para as crianças. Na próxima terça-feira (8), haverá o corte do bolo em comemoração ao aniversário do mercado.

Fonte: pe360graus.com

quinta-feira, setembro 03, 2009

quarta-feira, setembro 02, 2009



Caiu no colo do deputado pernambucano Paulo Rubem Santiago (PDT) a relatoria do projeto que cria a lei do Vale-Cultura. Para quem não sabe, o governo vai abrir mão de até 1% do imposto das empresas (só as que declaram lucro real, lucro presumido não vale) para que estas deem como “benefício” 50 reais mensais para que o trabalhador consuma produtos culturais.


Esse assunto não está tão na moda como o pré-sal, mas foram enviadas três perguntinhas por email para Paulo Rubem sobre o projeto. Apesar de ainda estar “mastigando” o tema, o deputado gentilmente se dispôs a compartilhar conosco suas opiniões.


A meu ver, o vale-cultura é positivo por incentivar o consumo cultural no Brasil e injetar um bom dinheiro (o governo fala em R$ 7,2 bilhões/ano) na cadeia produtiva da economia da cultura, gerando empregos formais e renda. Por outro lado, o projeto não parece se preocupar em diferenciar setores que já são autosuficientes daqueles que ainda precisam de um maior apoio do poder público. Em bom português, será que esses 50 reais mensais não vão acabar subsidiando shows de banda de pagode e dupla sertaneja?


Há esse risco sim. Poderemos fazer uma diferenciação pelo valor dos salários pagos aos trabalhadores, para que não se subsidie quem tem salários elevados e já pode pagar pelos produtos que se pretende viabilizar o acesso. Bem, como a escolha é do trabalhador, para evitar o consumo dos produtos mais ligados à mídia, deverá haver mais incentivo à maior circulação de bens culturais oriundos dos sistemas de incentivo já existentes, para evitar que por falta de opção ( p.ex., bons filmes tem exibição curta e em poucas salas, dada a concentração de salas em poucos lugares e nas mãos de poucas exibidoras) o beneficiário do vale cultura não se restrinja aos produtos oferecidos pelos grandes.

Pelo projeto enviado pelo governo, o vale-cultura será entregue pelas empresas a seus funcionários. E como ficam os trabalhadores sem carteira assinada? Pior, como ficam os desempregados?


Esse é outro assunto sério, numa economia com mais de 50% de informalidade. Deveremos encontrar uma fórmula que possa permitir aos que trabalham “por conta própria” a aquisição de ingressos que seriam, para eles, oferecidos diretamente com subsídios. Como fazer para evitar que alguém compre esses ingressos e crie um mercado paralelo é algo a se pensar. Para os desempregados confesso que não temos ainda meios de assegurar seu acesso aos bens culturais pelo vale-cultura. Como seria? Apresentando a carteira de trabalho para comprovar a condição de desempregado?


O vale-cultura, na prática, é uma espécie de subsídio a eventos fechados. Não seria a hora também de discutir a proibição de incentivo fiscais para espetáculos com bilheteria? Tô cansado de ver shows destinado à elite econômica, com ingresso a 150 ou 200 reais, e na propaganda o carimbo “Lei de Incentivo à Cultura”… Palhaçada.

Concordo. Não dá para seguir esse caminho. Seria como o poder público subsidiar um vinho por esse preço para os consumidores de maior renda. Afinal, se poderia dizer que a gastronomia (comer bem) faz parte da qualidade de vida. Vamos reformular a Lei Rouanet. A prioridade deve ser usar dinheiro público para ampliar, regionalizar e democratizar o acesso à produção cultural. Nesse ponto há que ser direto. Um bom espetáculo não é necessariamente aquele que tem a produção mais cara. Há excelentes filmes de baixíssimo orçamento, bons shows sem grandes parafernálias de palco etc e tal. O Estado não tem que seguir os interesses das empresas, quaisquer que sejam seus ramos na produção cultural. O vale-cultura deve ser acompanhado por outros esforços do poder público, inclusive para ampliarmos o acesso, os festivais, as mostras itinerantes, o número de teatros, salas, conchas acústicas, praças etc, meios, também, de circulação cultural. Mas vamos fazer audiências e debates, presenciais e on-line. Já no dia 14 devemos ter o primeiro encontro em Recife. Vamos confirmar mais adiante. Lembro que tramitam na Câmara outros projetos, como a PEC 150, da vinculação de recursos orçamentários para a cultura, o Sistema Nacional de Cultura, o Plano Nacional de Cultura, além da revisão da Rouanet. Pra começar. Obrigado.


Fonte: Acerto de Contas

terça-feira, setembro 01, 2009



Jornalistas no STF, já!


No princípio, Deus criou o céu e a terra (...). Talvez devamos partir daí para explicar ao egrégio Supremo Tribunal Federal (STF) que o Jornalismo principia da Comunicação, a qual não cabe apenas na síntese de mera troca de mensagens entre interlocutores, mas, como bem sabemos, numa ciência.

A comunicação é fundamentada pela soma de diversas faculdades, transacionando vastos conhecimentos que se pautam nas raízes da própria história, recrudescendo pelas veias da sociologia, psicologia, antropologia, filosofia e outras valorosas ciências do conhecimento humano. Portanto, pobre daquele que vê na função do jornalismo o simples pressuposto da captação e transmissão de notícias, pois se assim fosse, então deveríamos abrir parênteses para a admissão maciça dos "amigos" psitaciformes - também conhecidos como papagaios.

A análise dos fatos, informações e interpretações das notícias soam tal quais as características e similaridades do julgamento de um processo, o qual os detentores da balança da justiça exercem com os mesmos parâmetros de formação dos bacharéis em Comunicação, porém com o competente exercício e aplicação do conhecimento jurídico adquirido nas faculdades de Direito; o que mais uma vez se equivale ao bacharel em Comunicação, habilitado em Jornalismo, detentor das técnicas e da ciência necessária ao pleno exercício da profissão. Se assim não for, há de se abrir vagas aos jornalistas que desejem postular uma cadeira no nobre STF.

Tratar o jornalismo e, por extensão, a ciência da comunicação como roupagem de prato culinário, é preconceito pela falta de conhecimento. Não há fator de igualdade, nem tampouco similaridade, para que os nobres companheiros da culinária, ou de qualquer outra valorosa profissão, possam se travestir de jornalistas, e nem bacharéis de Comunicação vistam "capas pretas" e se achem no direito ao Direito. Como diria o jurista Rui Barbosa: "A regra da igualdade não consiste senão em aquinhoar desigualmente os desiguais, na medida em que se desigualam. Tratar com desigualdade a iguais ou desiguais com igualdade seria desigualdade flagrante e não igualdade real."

O caminho da verdadeira democracia é pavimentado pelo fortalecimento de suas instituições, pelo pleno e verdadeiro exercício de liberdade de expressão.
Visto que o que passou, passou, cabe agora ao Legislativo corrigir o errôneo julgamento e devolver a prática do jornalismo a quem de direito.



FONTE: FENAJ